terça-feira, outubro 31, 2006

Nonsense - (29/12/05)

Nonsense

Às vezes é preciso mudar pra continuar sendo quem nós somos.
Às vezes é preciso mudar os caminhos pra continuar chegando.

Snow

Rodovias - (29/12/05)

Rodovias

-Por favor, um bilheite pro ônibus q sai 14:00h.
-Não temos. Só tem agora pro de 15:00h.
-Como?! Mas são 13:50h!
-É q o mapa de passageiros já foi emitido e...-
-Me inclua nessa lista, por favor, senhora. Eu preciso ir nesse ônibus e...-
-Senhora, o sistema é automático. Eu não posso...-
-Por favor...!
-O sistema fecha automaticamente...
-E se eu pegar o ônibus lá fora, na estrada?
-Ele não pára, senhora...
Vinte minutos depois saiu o ônibus comercial e eu estava nele. Cheguei uma hora depois do horário q o primeiro chegou.
Passageira de muitas estradas, vim pessando no caminho q amor passageiro é como aquele ônibus executivo:
Confortável, rápido, não tem cobrador, desce na primeira estação e, principalmente, não pára.

Snow, fazendo voltas.

Pés - (29/12/05)

Pés

Ando sem tempo pra escrever, sem tempo pra postar, sem tempo pra corrigir erros de português, sem tempo pra ir te ver em outra cidade...
Saudades sim, mas o tempo tem passado ultimamnete como naquela vez em q vc me troxe pra casa pensando q era a última vez... como na última vez q vc me levou na rodoviária...
O tempo tem passado em alta velocidade.

Snow

Inutilitários - (28/12/05)

Inutilitários


Fiz uma busca no Orkut essa semana naquela parte de preferências.
Procurei entre amigos de amigos aqueles q marcaram, por algum motivo, no quesito “o q me atrai”, o quadradinho ‘nadar pelado’.
Nesse tipo de busca, se um amigo seu é amigo de outro amigo, então ele poderá aparecer entre os listados e, curiosamente, apareceu na lista algumas pessoas q eu conheço...
Gente q não nada nada. Nem sequer dois metros rasos.
Snow, q optou por não responder.

Descrição de Amante Imaginário - (28/12/05)

Descrição de Amante Imaginário


Esperança foi o sobrenome q dei pra aquele par de olhos negros e lágrimas cor de florestas.
O nome dele era Vontade. E veio por causa do riso, que tinha a cor de colares refletindo fogos de artifício em noite de festa.

Snow




Autos e baixos de Natal - (28/12/05)

Autos e baixos de Natal


Tudo começou qnd eu comprei um pinheiro qse do tamanho dele...

-Titia, quem trouxe essa árvore?
-Foi... foi o Papai Noel.
-E ele veio pela chaminé, foi?
(Meu Deus do céu, e agora?)
-... Não. Veio pela porta!
-E o cadeado?
-Tava aberto.
-A porta também tava aberta?
(Meu Deus, não me desampare, por favor!)
-Tava!
-Ah...
(Ufa!)
-Eu queria tar aqui pra ver.
-Ver o q?
-O Papai Noel.
-Ah, sim, claro. E pq?
-Pra falar com ele! Mas na noite de Natal eu vou dormir aqui, lá na sala, de olho aberto, só pra ver.
-(Rs)... E, vc vai falar o q com ele...?
-Que eu quero um ônibus q anda sozinho, ou um carrinho de controle remoto, ou um helicóptero que faz assim ó * esfrega as mãos *, e ele voa!
-Ahhhh.... Não vai dar.
-Pq, titia?
-Pq isso é muito caro e Papai Noel tá desempregado.
-!?

***


-Titia, Papai Noel não traz duas árvores não, né?
-Hummm... às vezes. Pq?
-Pq lá em casa não tem árvore.
-Eu acho q, nesse caso, ele não traz não. Mas amanhã eu vou lá com vc na sua casa levar umas bolinhas pra colocar na planta.
-Mas lá em casa tem um monte de planta, titia!
-!?

Confesso q senti vontade de dar o pinheiro pra ele, mas essa é a primeira vez q tenho um e... todas as noites eu ligo o pisca-pisca e troco a posição dos enfeites.

Snow
* Que presenciou esse diálogo entre duas crianças. A primeira com cinco anos e a segunda com seis vezes a idade da primeira menos três.*

Ilha - (27/12/05)

A vida é um monte de paixões cercada de eternidades por qse todos os lados.

(Deve ser por isso q a gente às vezes nada, outras, naufraga.)

A vida é uma sucessão de paixões eternas.

E o que passa disto, não é vida.



Snow

Presente pra Snow!! - (22/12/05)


Presente pra Snow!!








































Se ficar de perto muito tempo,não dá pra perceber onde começa o floco e onde termina você!
FELIZ NATAL



G-lo N3gr0





Comentário - (15/12/05)

Do meu lado você preenche o meio mais vazio em mim.
Do seu lado, eu fico cheia de mim.


* Comentário pra um texto de Gutemberg*
http://www.andarilhoerrante.blogger.com.br

Snow

Francamente - (09/12/05)

Francamente


Olha, mesmo que ache que estou sendo dura com vc,
Preciso dizer que eu não estou interessada em seu corpo.
Mas se vc continuar sendo duro comigo
Há alguma probabilidade que eu me interesse,
Assim como quem não quer nada,
Por algo que me valha a pena...

Ou por alguma pequenez de alma.

Snow

Mão Dupla - (07/11/05)

Mão Dupla


"Na compra do lubrificante
A troca de oléo é grátis!"


(Propaganda de Posto de Gasolina em Picos)


Snow


Rascunho para mensagem de celular - (07/12/05)

Rascunho para mensagem de celular


Queria poder te dar mais q um bj de boa noite...
E bem mais q um abraço costumeiro.
Estou um pouco cansada das coisas soltas,
Queria dar um abraço de corpo inteiro...
Aceita!
Mesmo q não seja de carne e osso,
É verdadeiro.

Snow
*Vez em qnd acho coisas em cdernos antigos e, não lembro ao certo se mndei, se disse,se aconteceu... esse aqui,por exemplo, era pra alguém no tempo, nem sei se vc recebeu...*

Aviso - (06/12/05)

Aviso
(Angélica - jucunditas)


Avisa pra sua namorada
que ontem à noite
você gozou bonito
[porque transou comigo].
Avisa que te dá tesão
quando eu mordo os lábios
e me contorço toda de prazer.
Avisa que você se arrepia todo
quando eu sussurro seu nome
entre gemidos no seu ouvido.
Avisa que você deixou
uma marca no meu pescoço
e a saliva na minha coxa.
Avisa que hoje de manhã
eu encontrei um pêlo seu
na minha calcinha.
E que você só deixa
essa barba no rosto
pra arranhar o meu corpo.

Avisa pra sua namorada
que a noite comigo
foi das boas.
Mas, que você quer continuar com ela,
porque já pegou gosto.

***


Quando é mesmo q vc vai entender
Que já passou da hora de avisar
Pra mim,
Que é a mim q vc namora...?

Demora não, tá?
Já tá na hora.

Snow

Rainha - (03/12/05)

Rainha


Uma abelhinha gasta 0,3mg de mel pra voar 1m.
Com 1l demel ele pode fazer 3000km.
Pra ir e voltar de Salvador são 1682km.
Ontem eu comprei um litro de mel
E devo tomar todinho.
Não dá pra fazer tudo o que eu quero
Mas eu chego perto
Bm pertinho...

Snow

DDD - (03/12/05)

DDD


O número chamado não responde
É a mensagem fria do operador
Vou processá-lo depois
Por algum motivo maior
Mas, antes,
Responde!
Por favor...

Snow

Pontuação - (29/11/05)

Pontuação


Lembro com alguma emoção
De como me tornei exclamativa ao teu lado.
Eu, q sempre fora reticente,
De repente,
Vi mudarem a posição dos pontos,
E os is,
Virarem tantos,
Q não havia mais caras ou bocas pra exprimir,
Além daqueles pontos
Tantos (tontos)
Q vc tocava
E q eu correspondia
Com interjeições de alegria
Ah, dia!
Foi ali,
Com todas as interrogações q eu tinha
E q de sinuosas foram se tornando linhas,
Apontando para um só ponto...
Q a curva da minha vida
Ganhou outra silhueta escrita.

Foi entre onomatopéias de gozo
Q o seu jeito impetuoso
Interjeitou-se em mim.

Snow

Ponta - (29/11/05)

Ponta


- Eu fumo.
- Como?!
- Não, fumo mesmo.
- Você?! Mas isso tá errado! É nós! Verbo. Nós fumo, nós lafiquemo, nós vortemo...
- Ah, é? Puxa, quer dizer q não existe eu fumo separado, só no plural, né?
- Aham.
- Então eu fumo tudo junto!
- (rs) Mas junto com quem?
- Com ela, ora. Nada melhor q um escorpiano pra iniciar a gente em coisas erradas.
- E quem é essa dona?
- Dona?!
- Sim, a dona da boca.
- (rs)

***


Msn, domingo, duas pessoas civilizadas.
Partes desde diálogo foram cortadas pq comprometiam as partes envolvidas.
E palavras foram cortadas tb pq os participantes falam muito p! e f! e outros indecoros.
Na verdade esse post todo ia ser cortado, mas deixei pra provar q existem várias formas de se perder 5 minutos de vida.

Snow, encurtando a vida longe de casa há mais de uma semana.

Epílogo - (29/11/05)

Epílogo


E quando o último dos diferentes
Igualou-se aos outros mortais
Eu morri um pouco.
Não nego q fora prazeroso,
Mas doeu...
Demais.

Snow

Caracóis - (29/11/05)

Caracóis


Esse jeito de falar dos caracóis
Q algumas, só algumas, pessoas têm,
Me faz ter vontade de soltar os meus
Em cachos, tal qual frutas
Mas geralmente aliso tudo
Fio por fio...
Foi esse o jeito q encontrei
De não perder tempo
Esperando poesias.

E comer feijão com arroz sonhando com improváveis uvas

.

***


Escrevi isso na Jucunditas. Escrevi e postei rápido.
Um texto simples, sem qlq atributo ou chamativo, beirando a mediocridade (pela minha classificação atual das coisas minhas), mas escrevi pra comentar um poema de Cláudio num lugar onde as regras acho q conheço.
Fictício, como qse tudo. De verdade mesmo, nem uma palavra, um ou outro indicio. Mas o q me chamou atenção e o q me fez trazê-lo aqui foi a estranha timidez q senti ao escrever.
Um pudor esquisito, uma vergonha casta, não bem aceita em poesia.
Postei aqui pq, quem sabe, relendo muitas vezes, possa entender esse pq, um dia.

Snow

Ponto - (29/11/05)

Identifiquei duas fases críticas na vida de quem compõe:
A primeira qnd não se consegue terminar nada.
E a segunda, qnd não se consegue começar nada.

Snow

Coisinhas - (29/11/05)

Coisinhas

-Tá vendo aquela baratinha, amor?
- ! (Olhos arregalados, apreensão)
- Olhe, olhe bem pra ela, meu amor.
- !! (Angústia, coração acelerando)
- Sorria, meu amor, sorria pra ela um riso de desdém e diga pra ela q a vida dela não vale nada.
- !!! ( Qse desespero, suor frio)
- Porque se ela tentar, se ela quiser, se ela simplesmente sonhar chegar perto de vc, meu amor... ah, mas eu mato ela!
- !!!!
- ( Rs)
- (Laugh)
- - (Paz)
...

Snow

Anagrama - (29/11/05)

Anagrama


Uni as letras dos nossos nomes ontem...
Será algum indício.
A palavra saiu sem sentido, mais uma!
Sempre faço isso.
É assim q começo a perder a noção das coisas...

Acaba dando nisso.

FlakeSnow

Semiaridez - (25/11/05)

Semiaridez


Qnd começo a postar letra de música é q tem algo alterado, no mínimo com meus hormônios mas, tem dias q uma música diz tudo. Tem dias q nada diz mais q uma música.
Essadaí eu já gosto! Canto em estilo linkingparkiano no chuveiro, e é quente, pense!
Nessas minhas idas e vindas sertanejas, devo ter sofrido algumas mutações na estutura geo(grafica)métrica...

SnowFlake. Mas pode chamar de Flor de Milho, Macaxeira, Paçoca, Carne Seca... eita!

From United States of Piauí - (25/11/05)

From United States of Piauí
(Luíz Gonzaga )


Unite States of...
Unite States of...
Unite States of...
... of Piauí
A minha prima lá do Piauí
Deixou de fazer renda só pra ver novela
A minha prima lá do Piauí
Não bebe mais garapa: vai de coca-cola
Luz de Candeeiro não se usa mais
Luz artificial substitui o gás
Calça de couro, alvorada e brim
Deram o seu lugar pra uma tal calça lee
A minha prima escreveu pra mim
E não fala "venha cá", só fala "come here"
Vou mandar minha resposta breve
Para United States of Piauí

Amarelou? - (25/11/05)

Amarelou?



P.S. Tentativa frustrada de mudar o template...
:/

MSG - (25/11/05)

Msg

"Acho q levou algo meu por engano... a minha cabeça está aí?”.
Pq eu só consigo pensar em vc. E nas noites quentes do Piauí...”

Como é mesmo q responde isso?
Logo eu q tenho a estranha mania de escrever cartas muito longas q ninguém consegue ler até o final...
Um dia, quem sabe, publicarão nossas cartas num baralho. Nossas damas, nossos reis e curingas sorrindo... e nossos ases q às vezes são asas, outras ais...

“ As noites quentes do Piauí são frias sem vc...”

Snow

Casulo - (25/11/05)

Casulo


Pronto, agora moro no centro.
Na verdade, num canto do centro, um cantinho.
A casa é bem modesta. Fica numa rua descalça, mal iluminada aliás, modesta é muito pra ela no auge dos seus 30 metros cúbicos de onde boa parte eu ocupo... eu, e minha mochila.
Ela, como as suas antecessoras, passa o dia vazia e à noite eu faço deste vazio ‘um habitat quase q ideal’ . Durmo de costas e acordo qse em decúbito dorsal, normal.
Não é só mais uma, dessa vez, espero q seja a última. A sétima e última. Cabalística. Sabática.
Penso assim antes de sair de manhã pra trabalhar. Tranco, digo um discreto bye-bye e saio sem olhar pra traz.
É um pequeno forno o lugar onde guardo as asas dessa vida-lagarta. Asas pintadas, tinta fresca.
Um dia sairei voando rumo à primavera. Serei, então, borboleta.
Enquanto isso, minha nova morada fica na Avenida Beira Rio, n° 2, Centro. Bonito, né? Endereço pra cartas, fax, cartões, telegramas e similares. Ultimamente to recebendo tb comunicados em mensagens telepáticas, mas em outro endereço... e esse só forneço pra fantasmas... e eventuais aparições mágicas.

SnowFlake

Vazio - (22/11/05)

Vazio


Monte de mim cercada de falta de você por todos os lados.


Snow

Reparação - (18/11/05)

Reparação


A esperança é verde
A paz, branca
E eu queria a paz negra
E a esperança castanha…


Snow
*Nem sei se isso é meu. Me parece tão cotidiano q... acho q alguém, em uma outra época, já tb o escreveu.*

Necessidade - (17/11/05)

Necessidade


Tô com uma saudade de você
Salgada como sede
A boca seca segue
Sugando aos poucos
Seu ar, seu corpo
Sorvendo sua essência
Como uma mucosa absorve
A água…
Estou com uma saudade de você
Intensa como mágoa
Que não sai
Apesar do curativo
Saudade como vontade
De aperitivo
Depois de um gole
E ela quase me devora
Me engole, me morde
É uma saudade meio mole…
Estou com uma saudade-sede-fome
Algo assim que me consome
E só você alimenta
Sacia…
Acho que preciso me tratar
Estou com uma saudade de você…

Uma saudade doentia.

Snow, num sol de quase dezembro

Ode a uma poeta ou Sobre corpos, sacrifícios e palavras...

Ode a uma poeta ou
Sobre corpos, sacrifícios e palavras...


Qual o melhor presente a oferecer a uma poeta?
Pergunta óbvia...
Um poema, alguém exclamaria!
“E seja meu corpo oferecido como um sacrifício a ti, oh musa de minhas paixões!”
É o melhor que tenho a oferecer...
Principalmente quando os limites estão bem colocados
Então,
Sejam minhas palavras como um culto a beleza que emana de sua boca, mãos e corpo!

Mas sobre o que falar?
Qual o tema a proferir?
Talvez seja isto: não há sobre o que falar!

O que falar para alguém cuja boca degusta palavras?
E se faltar tempero nas minhas?
Um pouquinho mais de cebola, por favor!
Não!!!
Quero minhas palavras como o jambo!!!!
Jambo?!?!?!?!
Sim, como o jambo!

Aquela fruta pequena, vermelha, doce...
Há uma definição que cabe aqui.
Comer jambo...
Seria como mastigar pedrinhas doces que dissolvem na boca...
Ah, que vontade!
Talvez compreenda agora esta louca paixão.
Me refiro aos jambos e as palavras...

Pois então,
Depois desta descrição erótico-gastronomica, dá para perceber o problema em que me envolvi...
Queria apenas dadivar algo especial a alguém que muito me deu
Que muito me ensinou
Não está perdido, meu bem!
Não foram como palavras ao vento.
Mas nada do que eu diga compensará
Então vou deixar assim,
Esta pretensão irracional já cumpriu seu propósito

Mas antes queria só lembrar algo:
Eu não subestimo a minha poeta!
Mas no meu mundo de sonhos
No meu fantasioso mundo perfeito,
Não pode admitir que exista tanta injustiça a alguém cujo bem não deveria ser negado!
Então para aliviar minha angústia e sofrimento,
Sem ter que destruir meu ilusório mundo prefeito,
Para continuar a acreditar que um dia tudo vai dar certo,
Tudo vai acabar bem,
Eu procuro achar nos personagens algo que justifique as coisas serem do jeito que são!
Talvez o problema esteja no em mim,
No meu delírio,
E no meu alucinado mundo perfeito...

É só...
E que o mundo te conheça...
;-)


Issaqui foi um presente de aniversário q recebi...
E resolvi compartilhar com vcs.
Snow, feliz da vida.

Anomalia - (16/11/05)

Anomalia

E eu q gosto tanto de solidão qnt de esperança
Ao mesmo tempo q não gosto de ambas...?


Snow

Sem Estrelas - (14/11/05)

Sem Estrelas


Senti frio ao teu lado
Como nunca...
Meu nariz frio encostado
Aos seus lábios quentes
Respirando o ar-condicionado
Daquela espelunca
Meu corpo todo encrespado
Encostado à sua pele úmida
Tremia temendo o gelado
E vendo-o todo suado
Latejante, fervente, ardente
Chocando-se termicamente
Enquanto adormecia abraçado...
E o lençol fino, cobertor improvisado,
Causou-me um risinho morno
Satisfeita, feliz, como nunca

Como jamais houvera imaginado.

Snow

Receita do Coração - (13/11/05)

Receita de coração
(Thaís Jardim)


Esquece o caldo de abacaxi, o leite de mamão verde,
o suco de limão, vinagre ou vinho.
Abre a terceira porta do armário, pega a tábua e coloca sobre o balcão.
Na segunda gaveta, pega o batedor e aquele facão mais afiado.
Agora corta meu peito bem aqui, no lado esquerdo.
Ta vendo esse músculo velho e cansado?
É meu coração, carne dura e indigesta.
Pode pegar. Arranca ele daí.
Não precisa nem ter cuidado, ele já está acostumado com teus maus tratos.
Coloca o coração sobre a tábua, pega o batedor e bate.
Bate forte. Bate com vontade. Bate sem piedade.
Se esse procedimento não der certo
e meu coração continuar duro,
sugiro fazer um refogado.
Pega a panela antiaderente na primeira porta do armário
e o óleo, que está no balcão de cima.
Põe apenas um fio de óleo na panela,
atira o coração dentro dela e tampa.
Deixa cozinhando em fogo alto por uns dez minutos.
Agora destampa. Viu como ele aumentou de tamanho?
Mas se ainda assim
meu coração não aceitar tuas desculpas,
não há outra saída.
Te livra dele, joga no lixo.
Meu coração não presta.
Meu coração não é bom,
meu coração não serve pra ti.

(Achei isso agora. Navegando. Por este blog aqui:
http://www.thaisjardim.blogger.com.br/)

Ponderação - (13/11/05)

Ponderação


Pensei duas vezes antes de dizer q não costumava falar de mim pra desconhecidos.
Mas disse.
Disse q não costumava.
Disse q não costumava falar de mim pra desconhecidos.
Mas fiz questão de tornar público isso aqui.
Assim, fica o dito pelo não dito.

Snow

Ponderação - (13/11/05)

Ponderação


Pensei duas vezes antes de dizer q não costumava falar de mim pra desconhecidos.
Mas disse.
Disse q não costumava.
Disse q não costumava falar de mim pra desconhecidos.
Mas fiz questão de tornar público isso aqui.
Assim, fica o dito pelo não dito.

Snow

Valores - (13/11/05)

Valores


“- Por que vc não processou ele, Maria? Podia ter processado! Vc ia ficar rica, já imaginou? Pedia logo era três salário!
- Eita q eu ia comprá logo era uma casa!”

Ouvi esse dialogo hj, ponto de ônibus, vindo pra cá... me senti envergonhada.
Não sei se vcs tão sabendo, mas os fiscais federais agropecuários no Brasil tão em greve por melhores salários. Tão pedindo um reajuste de 19,5%, vcs têm idéia do qnt seja isso? Eu tb não q meu contrato é temporário.
Mas aí, o lance é q, junta a aftosa com a gripe e o resultado é a crise. E da crise vem isso, aquelas duas lá, do diálogo do inicio q não têm idéia do qnt estão falando.
Assim, se a galera q ganha pouco nesse país, soubesse o quão pouco é esse pouco, alguma coisa poderia mudar ainda.
Eu não tenho interesse q aumentem os salários dos meus superiores por uma questão umbilical bem simples: É lei, qnt mais meu chefe ganhar, mas ele vai achar q eu tenho q fazer pra q ele não precise fazer nada. Infelizmente, pra ele, eu to do meu lado.
Mas na hora q ouvi aquelas duas desconhecidas conversando me deu uma vontade de fazer greve... não faço pq não acredito tanto assim na minha coragem. Mas me deu vontade de fazer greve de fome.
Não de não comer q, como vcs sabem, sou magrinha, mas greve pra não ter q ter mais fome.
19,5% eu não qnt q dá do salário deles mesmo não, mas três salários hj, no Brasil, descontados os impostos... dá menos de mil e com isso não dá pra comprar uma casa.

Snow, entristecida.

Jogos de Amor - (13/11/05)

Jogos de Amor


Sabe aqueles casais q, sempre q quer trepar, primeiro brigam?
Pois é. Eu fico f! com isso.
E o pior é q rola uma galera com esse feitiche.
E o pior é q, a ver mesmo, eu não tenho não, mas ‘a ouvir’, porra, brother...
O meu vizinho, cara, e a mulher dele lá, saca? E aí, pah! Sempre sempre tem essa putaria. Já to virada no cão!
E o pior é q ninguém dorme nessa. Nem no primeiro, nem no segundo tempo.
Eu, por exemplo, só consigo dormir no intervalo... e depois da prorrogação.

SnowFlake

Sentença - (13/11/05)

Sentença


Acareação não é a atividade da carie nos seus dentes.
Acareação é uma parada cara q ocorre, geralmente, no final das Cpis e o q o governo patrocina, acho q no fundo mesmo, pra fazer a gente rir.
Acareação é o lugar onde o elemento q chama o outro de cara de pau primeiro tá na vantagem. E se este demorar muito, é o outro meliante quem citará a tal frase.
Acareação é qnd os envolvidos ficam com cara de injustiçados diante da justiça e nada do eles dizem se ajusta. Essa confusão toda é pq um sabe q o outro tá mentindo justamente pq ele tá mentindo tb e aí, no cara a cara, eles ficam todos com cara de estarrecidos.
Pra quem tá de fora, acareação é um negócio divertido.
O pior é q qnd tá obscuro demais q começa, de repente, a clarear, aí a porra da Cpi fica com data marcada pra acabar e todo mundo fica sabendo q, por falta de provas ou de tempo, não vai mesmo dar em nada mesmo.

Bom, o cara q inventou esse negócio de a acareação deveria ser, na verdade, um bom sacana. Um cara carente, mal resolvido sexualmente, e q, como tava cansado de decidir quem era o culpado no cara ou coroa, resolveu partir pro cara a cara pq era mais sádico e assim ele podia f! com a porra da pátria amada.

SnowFlake
*estudando psicologia do processo investigativo qnd não há fatos à serem apurados à luz de Freud*

Porém - (13/11/05)

Porém


É lógico q eu sei de algumas coisas q vc não sabe.
E, se eu fosse vc, me preocupava menos com o q vc acha q eu preciso saber.
Ah, anota aí essa frase: NINGUÉM PODE TER TODAS AS SENHAS O TEMPO TODO.
Será nosso código agora depois daquele seu ultimo ponto sem nó lá, ta lembrando...? pois é. Vc sabe.

Snow, dando a letra.

P.s. versão traduzida das linhas acima: Fique na sua, valeu? É idéia.

Cultura - (13/11/05)

Cultura


Meu relógio quebrou.
E, vez em qnd eu sinto falta do canal 2, a TV Educadora q pelo menos de madrugada, entre músicas selecionadas e tela colorida, listrada, exibia num canto as horas.
E coincidiu q, sem telefone e sem celular eu nem pude entrar numa daquelas comunidades lá tipo: EU OLHO AS HORAS PELO CELULAR. Rs. Q onda né?
O Orkut é uma viagem. De repente, um sujeito resolve criar a comunidade EU TENHO CELULAR VERMELHO e aí, boooom! É um tal de EU DÔ TOQUE NO CELULAR; EU DESLIGO O CELULAR; EU ODEIO CAIXA POSTAL DE CELULAR; EU PENDURO O CELULAR NUMA CORDINHA AZUL COM O PATO DONALDS NA PONTA; EU DURMO DE CELULAR; SOU VASCULHADOR DE CELULAR ALHEIO; JÁ TIVE CELULAR DE BRINQUEDO; EU AMO CAMERA DE CELULAR; CELULAR DÁ CELULITE; O EDSON CELULARI É UM GATINHO; enfim, quem günta?! É tanta comunidade q me aparece q, sinceramente, não tem como não olhar e dar risada.
Eu acho q o Orkut veio pra marcar mesmo a humanidade. No sentido anti-horário. Futuramente isso deve ser estudado, até, quem sabe, em alguma tese de mestrado.
Por enqnt, o Big Ban, o horário de Brasília e até o relógio de São Pedro lá na Bahia estão concordando: não importa qual seja a comunidade, tudo o q se post sai sempre com o horário errado.
( E o pior de tudo é q eu to sem relógio, sem celular, sem TVE... sem noção.)

Snow
*que biologicamente prefere acordar às dez, almoçar às quatorze e dormir às três.. ou depois de duas*

Quentíssima - (13/11/05)

Quentíssima


Na próxima terça-feira, feriado, nosso ilustríssimo presidente estará aqui.
Não, gente, eu não to falando do presidente da associação de moradores do bairro Junco não, é do Presidente do país, o seu presidente tb.
Anteontem ele iria pra Bahia mas não foi por causa de um disse me disse aí na cpi, porém no dia 15 deve vir mesmo pra Picos, aqui, inaugurar um lance aí de Mel. Na verdade, tudo isso q eu disse, é o q dizem à boca pequena por aqui.
Eu, claro, como boa abelhinha, realizarei meu doce trabalho.
Estarei lá, mão no peito, pés juntinhos, de pé, entoando, emocionada, o hino da pátria amada... Cumprindo minha função cívica em pleno meu aniversário.

Snow, aos 48 graus...
*Chegou a 49 semana passada*

Caixa de menagens - (13/11/05)

Caixa de Mensagens


Sabe o cabo, a câmera e aquela coisa toda lá? Bem, eu odeio bordões, mas isso não me pertence mais. Contento-me em saber q está em boas mãos.
O outro, o q veio de U. K. taqui. Mas tb resolveu q não quer mais recarregar. E não dá pra concertar pq, como ele é tirado a importado, as peças q têm por aqui são incompatíveis com os q vêm de lá, mesmo sendo do mesmo fabricante, dá pra acreditar?
Pois é. O chip ta comigo e, vez em qnd, qnd eu acho um aparelho emprestado ou “sobrando”, coloco ele um pouco pra testar.
O número continua o mesmo e, como já pôde perceber, mesmo n sendo em tempo real, eu continuo recebendo suas Msgs, SMSs e Torpedos.
Vou ter um outro aí depois. Qualquer coisa, aviso.
Enquanto isso, pode rolar uns sinais de fumaça e, te mandei umas mensagens, agora, telepáticas... sentiu? Massa. Era bem lá.

O telefone é só mais uma forma q a humanidade arranjou de, de repente, tocar.

Snow, polifônica.

Esperançar - (13/11/05)

Esperançar


Ouvi essa palavrinha ontem.
É verbo. É um verbo aqui.
Não sei ainda se tem no Aurélio, mas receio q não tenha. Imagino q Aurélio nunca tenha vindo ao interior do Piauí.
Esperançar é um verbo usado, normalmente, onde se usaria o verbo esperar, no sentido de imaginar.
“Eu nunca esperancei te ver outra vez aqui!”
É lindo.
Uma garotinha com quem tinha feito amizade por aqui me disse e, emocionou-me.
Curioso q essa mesma menina falava Pioí. Esse verbete eu tomei a liberdade de corrigir. Ficava parecendo palavra derivada de “pior”, sabe? E, um lugar onde se conjuga o verbo esperançar, francamente, não pode ser tão pior assim.
E eu, como sempre, fiquei pensando em coisas inesperançáveis...
Assim como naquele dia quando voltava pra casa e, sem q esperançasse, você estava lá... me esperando.
E eu fui o mais feliz dos insetos verdes, nos teus braços experientes... pulando.

Snow, cor de mar

Sobre coisas q acontecem... mas q a gente nunca imaginou como.

Sobre coisas q acontencem...
Mas a gente nunca imaginou como.


Prova do Toque
Verifique seu profile agora, por favor.
Se vc encontrou nele alguma comunidade desse gênero: EU ADORO ANIMAISINHOS; EU TENHO UM PORQUINHO DE PELÚCIA; EU NÃO AUMOCEI AINDA; EU AMO MAR DE ROSAS; ou se identificou com alguma delas agora, por favor, passe ao próximo post.
Não custa nada e esse aqui, contém cenas fortes.


Pedrinhas

É o nome do atual bairro onde eu moro aqui. Bucólico, diria André, e tem lá seu ar de pastoril mesmo em alguns aspectos. No mais, é como, deixa ver... pessoal de Salvador, pense aí: Liberdade. Se ligou? O centro da Liberdade, aquele encontro da Guaribas com a Peixe, ali, onde seguindo, vc vai parar lá na Rua do Céu (isso se conseguir seguir alguma coisa), pronto. Pessoal de Feira: Queimadinha. Sentiu? Rio de Janeiro: Vigário Geral ou Rocinha. Galera de Brasília: Ceilândia. Pronto. Agora q vcs já têm aí suas imagens, por favor, guardem as devidas proporções.
Pedrinhas é um bairro da periferia de Picos. E é sob este cenário q eu escrevi este post q agora digito. Mas isso não é problema pra mim q, como diria Hilton, tb “já vi a miséria ter olhos e faces piores q esta” mas, o lance mesmo é q, tenho q admitir, tenho coração mole. Vamo lá.
Moro ao lado de um brother q cria porco. Na verdade, o matadouro fica ao lado da minha casa, colado, e todo sábado, decorre-se as atividades normais da matança sobre as quais a gente não pensa quando come (quem aprecia sabe do q eu to falando), uma das mais saborosas carnes q existe.
Bom, depois da longa temporada em território baiano, esse foi o primeiro sábado q passei aqui e... cara, eu não vi o bicho, sacou? Mas nem precisava...
Não sei tb se o instrumento usado na hora é maciço ou de corte mas a pancada sim, é bastante forte. E o animal morre uns 20, 25 minutos depois da primeira e, o último grito, o último suspiro, não é nem um pouco baixo, da mesma forma q o primeiro.
E não adianta tapar os ouvidos com os dedos até qse furar os tímpanos, não adianta sair, tentar ir pra longe, não adianta nada, dá pra qse ver só de ouvir.
E dizem q os animais não tem espírito... mas quanto aos porcos, dizem coisas demais.
Já somam-se 6 o número de casas q morei desde q cheguei ao Piauí mas, em breve, esse número deve aumentar pra 7.
A última, provavelmente, se tudo der certo (a essa altura já não sei bem o q significa tudo dar certo) e, segunda-feira, no máximo, eu mudo de casa.
E não tem nada a ver com aftosa, vaca-louca, com a periculosidade dos elementos locais, nada. Mas, pelos urros q ouvi ecoarem sem dó hj, aqui, brother... se porco tiver espírito, essa casa ta mal assombrada.

Snow
*traumatizada*

Confissões de Adolescente - (13/11/05)

Confissões de Adolescente


Quantos anos vc acha q tem o amor de sua vida agora?
Não. Não os do passado nem essa pessoa específica aí q vc sabe até a cor do bordado da última peça q sai antes do banho mas, o amor q, digamos, um dia vai aparecer e ... vc vai saber e pronto. Quantos anos?
Pensou.
Pois é. Eu acho q o meu tem 23 anos.
E pode ter até 22, 24, mas eu acho q o verdadeiro amor de minha vida nunca vai fazer 25 anos. Não é engraçado?
É baby, dê uma olhada na sua data de fabricação.
Eu acredito q o verdadeiro amor da minha vida perde a validade todo ano.

SnowFlake

Acabo de comprar o cabo - (11/11/05)

Acabo de comprar o cabo


Conectivity Adapter Cable
Camelô. Quarenta conto.


SnowFlake
Porque a vida é agora

.

Depois de alguns Partidos - (11/11/05)

Depois de alguns Partidos


Protestos contra o Bush, escândalos no PT, ACMzinho querendo bater no presidente... peraê! Tem alguma coisa muito grave acontecendo com a vergonha na cara das pessoas.
É aftosa, é gripe, é o fim do caminho.
Há tempos não me posiciono politicamente aqui, até porque, se vc se posiciona, vem sempre alguém por trás e... enfim.
Se antes eu já não sabia o q é esquerda/direita, o q é bombordo/estibordo, leste/oeste, noivado/casamento, agora f! de vez.
É Lula... ser presidente do Brasil não foi a melhor coisa q vc fez.
E olha q eu acredito na sua “inocência”. Só ando perdendo a fé na reeleição.

SnowFlake
*q em algum lugar da gaveta ainda guarda uma estrela com letras em branco, vermelha... sangrando*

Júnior e Zeca - (11/11/05)

Júnior e Zeca


Eu gostei.
Coisa de novela, claro, mas as cenas, o fazer parecer verdade... valeu.
No final, o autor poupa-lhes o beijo q ficou no imaginário (imagino q seja uma coisa muito f! vc ser hétero e ter q fazer cena de beijo homo, aliás, qlq trabalho envolvendo sexo deve ser f! até por Não ser f!), estão de parabéns.
Em uma das poucas vezes q a televisão brasileira mostrou o homossexualismo masculino, sem marginalizá-lo, mesmo numa cena tímida, merece ser louvada. Nada é sem efeito.
E enquanto estapeiam-se a ciência, a religião e a política, eu vos digo, amigos, o mal do século, ainda é o preconceito.

Snow, ainda sobre o final da novela q eu só assisti ao final.

América - (11/11/05)

América


Não assisto tv desde Vamp (informação desnecessária, posto q alguns de vcs aqui nem haviam nascido àquela época). Limito-me a um ou outro programa do Jô – sim, tenho ido pra cama sem ele -, um filme por ano, comerciais em rodoviárias, dvds de bar... Mas se tem uma coisa q eu gosto nos últimos capítulos é a explosão demográfica.
Nossa, é tanto bebê q me aparece sabe lá Deus de que bastidores e é tanta risadaria, tanto chororó... ah, mas eu adoro!
E tem neném pra tudo q é gosto, morenos, loirinhos, pretos (bem, essa acho q não teve), rosinhas... é uma gurizada enorme. Fora as mamães q terminam grávidas num contentamento só! Parece q são os pequeninos o motivo da graça.
Gente, eu to grávida!
Calma, galera, é gravidez psicológica. Garanto pra vcs q passa. (Num hospital psicológico, mas... enfim.)
(rs)
(Daria tudo pra ver sua cara agora.
E todas essas rugas...
Relaxa.)
Quem gosta de novelas diz q o gostoso mesmo é ir acompanhando todos os capítulos e ir sofrendo aos pouquinhos, a cada vez q, de repente... acaba! No melhor do gosto.
Eu acho tudo isso muito engraçado.
E eu, logo eu q, a tudo quanto é final eu... sempre... – contra regras, por favor, um lenço!
Ah...
Novelas, ah teus finais...!

Snow

Periodicidade - (11/11/05)

Periodicidade
(André Chalon)


Uma vez por mês pelo menos é lua cheia. E uma vez por mês pelo menos eu escrevo sobre a lua. Ah, se eu pudesse ver em tudo essa periodicidade! Se eu pudesse saber que vou te encontrar, uma vez por mês pelo menos! Não preciso de mais nada...
Pelo menos, eu sei que eu posso escrever sobre você uma vez por mês, pelo menos...


Sobre coisas q não mudam - (10/11/05)

Sobre coisas q não mudam


Ainda não acordei
Daquele nosso acordo


Snow, a mesma.

Sobre coisas que mudam - (10/11/05)

Sobre coisas q mudam


O texto abaixo foi escrito há alguns dias atrás, pouco menos de uma semana.
Estou de volta presse Picos agora... teria postado ele ontem, mas tudo mudou depois de um telefonema.
E agora, com sorte, nos veremos dentro de alguns finais de semana.

Snow, quilômetros à frente.

Períodos - (10/11/05)

Períodos


Olha que bonitinho q ouvi no rádio hj:

Quanto Tempo Dura Um Mês


Biquini Cavadão
Composição: Álvaro, Bruno, Miguel, Coelho, Gian fabra


Acordei com o seu gosto
E a lembrança do seu rosto
Porque você se fez tão linda

Mas agora você vai embora
Quanto tempo será que demora
Um mês pra passar

A vida inteira de um inseto
Um embrião pra virar feto
A folha do calendário
O trabalho pra ganhar um salário

Mas daqui a um mês
quando você voltar
A lua vai estar cheia
E no mesmo lugar

Se eu pudesse escolher
Outra forma de ser
Eu seria você

E a saudade em mim agora
Quanto tempo será que demora
Um mês pra passar

Ser campeão da copa do mundo
Um dia em Saturno
Pra criança que não sabe contar vai levar um tempão

daqui a um mês
quando você voltar
A lua vai estar cheia
E no mesmo lugar

Fez-me lembrar aquela vez em q fui e prometi q voltava todo mês... e voltei antes, pra dizer q não voltaria mais... tanto.
Já to aqui novamente, já fez um mês. E daqui a pouquinho to indo de novo, pra mais longe... é a vida.
To aqui até sair a tal pu, digo, portaria no diário oficial. Dessa data em diante, terei um mês... e eu sei q pra alguns de vcs parecerá um desengano de vida (e, no meio de tantos enganos, um desengano nem é tão mal assim) mas não será. Dessa vez eu vou de caso pensado.
Vou escrever-lhes posts sobre o “céu de Brasília, traço do arquiteto” sem a dor de estar me sentindo injustiçada.
Deverão rolara algumas lágrimas secas, é verdade, mas só pra lubrificar um pouco esses meus olhos de dendê com coco. Nada muito, só um pouco.
Depois de um tempo mostro pra vcs meu sotaque brasiliense q é superfácil, tipo, é só colocar o artigo antes: O Fulano de Tal, A Sicraninha, e já é suficiente pra eu tar falando como uma cidadã da capital.
Qnd eu ficar cansada de tentar achar resposta, compro uma passagem e vou direto a Salvador, como no intuito inicial de Santo Cristo q, não me sai da cabeça. E no fim do ano vou me embora de Brasília pra ver o mar, como na outra musiquinha lá do beija-flor q trouxe meu amor...
Musicas não faltam, tem uma assim: “Se teu amor foi hipocrisia, adeus Brasília, vou pra outra cidade...” Essa será a última.
Por hora tou aqui... pertinho. Em Salvador, no Brasil, plena Bahia.
Deveria ter ido pro micareta de Alagoinhas, mas tinha uma missão ao lado de um amigo no Unifest. Deveria ter ido ao circo esse final de semana, deveria ter esclarecido aquele porém da semana passada, mas deixei lá. Algo me disse q não seria preciso agora. Mas talvez, pelas minhas contas, daqui a um mês...

Snow

quarta-feira, outubro 18, 2006

Stella Mares - (07/11/05)

Stella Mares


Cancele tudo.
Resolva, remarque, desligue o celular.
Desculpas, atestados... sem rastros.
Troque de placa e de alcunha. Mude, se preciso, o avatar.
Sábado. 10:00h.

Reservei uma mesa na sombra pra nós.

Snow
(Pnsei em resistir mas foi mais forte... isso merecia um post.)

Futuro do País - (07/11/05)

Futuro do País

-Titia, vc vai pra onde?
-Vou sair.
-Vai pegar o ônibus, é?
-Vou.
-Mas vai pra onnnde?
-Vou pra longe.
-Vai pra Feira de Santana, é?
-Não.
-Então vai pra Brasília?
-Não.
-Vai pro Piauí?
-Não.
-Titia, vc vai pra Londres?
-!

Eu tava indo pra São Caetano, fronteira com a Mata Escura, mas se eu digo isso ele ia perguntar mais e ia talvez acabar achando q eu fui fazer coisas q não se faz na vista dos outros, coisas obscuras, sabe como é q é criança, né?

-Vou comprar pão.
-Ah.

Se ele passar em alguns concursos, deve virar detetive ( o pirralho tem vocação), mas daqui até lá ainda vai apanhar muito.

Snow
(Psicóloga de casa não faz terapia)

Niver - (07/11/05)

Niver


Daqui a 7 dias farei aniversário.
Daqui a mais 3 aniversários serão 30, dá pra acreditar? Eu, nem sempre creio.
Olho no espelho e vejo os mesmos 23 de 4 anos atrás. Às vezes, com um canto de olho, os q vejo são 18, 20 com muito esforço... onde estarão os outros? E já se vão 20 e tantos...
Os anos passaram num pulo. Parece q foi ontem q fiz 22.
Virou passado o q chamei futuro.
E eu ia me dar um presente dessa vez... mas vai ficar pra depois.

Snow, como diria Hilton, jovem demais pra morrer e velha demais pro rock’n roll.

Mural da Amizade - (07/11/05)

Mural da Amizade


Comer cachorro-quente sem salsicha é a mesma coisa q fazer sexo virtual. Vc até goza mas, sinceramente....

(Um amigo, sobre meu peculiar gosto culinário)

Snow

USB Cable - (07/11/05)

USB Cable


Comprei um aparelho de telefone com câmera! Bem, faz um mês já.
Nossa, é tão legal! Tirei mais de mil fotos e tal (algumas q alguns de vcs aqui gostariam de ver)... só q pra saírem as fotos de lá tem q ter um tal dum cabo o qual eu descobri recentemente q custa $223,00 (DUZENTOS E VINTE E TRÊS) reais... ou seja, sabe aquela minha foto de lingerie... acho q terá q vir aqui, baby.

SnowFlake

Andar de Cima - (07/11/05)

Andar de Cima


Eu e o meu vizinho de cima temos insônia, e às vezes coincidem as nossas crises...
Conheço seus passos sem nunca tê-lo visto, nem sei quem é.
Eu, folheio papéis até altas horas da madrugada. Uma vez na vida assisto a um filme depois do Jô, vez em quando leio, qse sempre escrevo, vez em qnd me distraio cruzando palavras.
Ele, arrasta móveis, calça e descalça sandálias, mexe no som, fuma um cigarro, tosse, liga e desliga o interruptor, abre a janela, muda o canal, fecha a porta, ajeita o ventilador...

Por enqnt não atravessa paredes ou puxa meus pés e nem sequer correntes arrasta, mas uma coisa é certa: o meu vizinho de cima é o mais real dos meus fantasmas.

Snow

BELMÔNTICO I - (06/11/05)

BELMÔNTICO I

Os 15.000 soldadinhos que lutavam pelo nosso amor
Morreram.
A causa?
Overdose de incentivo.
Então decidi que você vai embora
Mas só amanhã
Porque hoje tem pizza
E me vem uma idéia fixa
De esperar que você perca a fome,
Tire a roupa, me beije e fique,
Se aplique em me amar sem a ação de forças externas
Por entre as pernas,
Entre os abraços dados em meio a garrafas de cachaça
Me ame até sair fumaça
E respaldado pelo torpor da cana,
Do jeito mais sacana, me lambuze,
Me gaste, me estrague, me abuse
Mas jamais confunda meu nome
(Que isso pra mim é defeito)
Quero saber que quem me come
Me trata com respeito
Aí trato feito
Vai rolar de dia ou a noite inteira
Como queira
E farei contigo tudo que você curte
Iogurte.

(R. Fontana)

Bom, foi feito pra uma certa (?) S. Belmonte.
Onde se lê Iogurte, por favor, q se tome Sorvete, eu prefiro. Além disso, tem coisas q não rimam assim, tão facil(mente).

Snow, amiga pessoal dos citados.

Emotions - (04/11/05)

Emotions

Deletei seu bonequinho
(Aquele verde/vermelho do MSN)
Assim não te vejo mais ficar on-line
E nos falamos apenas quando vc deseja iniciar uma conversa.

Foi a maneira que encontrei de fechar os olhos
...À cada vez q vc entra.

SnowFlake


Panos de Fundo - (04/11/05)

Panos de Fundo


"Engraçado como a gente sempre procura um pano de fundo pras nossas
histórias..."
Essa frase não é minha, mas ouvi de alguém q a disse assim, como quem não quer receber os créditos e , na verdade mesmo, acredita essa frase precede a fase dos direitos autorais.
Fiquei pensado sobre isso dias, meses... Cheguei a pensar q essa célebre, deveria figurar, no mínimo, num livro de citações e, não fosse isso um paradoxo, talvez até funcionasse. Estou dando a ela um espaço em minhas Inquietações, mais por não saber o q fazer q para proteger sua integridade.
Não, definitivamente, ela não poderia constar em um livro de citações. Ela precede isso, é mais primitiva até do q o princípio dos livros e isso, desde os canônicos aos muitos, provavelmente sagrados, q foram queimados junto com as bruxas do século passado... É tão primitiva q precederia as histórias de amor, antes mesmo de serem escritas e, talvez, a muitas, tirasse-lhes o caráter de sagradas...
Essa frase, na verdade, depois de ser dita, de ser lida, enfim, entendida, torna-nos, muitas vezes, patéticos,diante do arsenal de argumentações com as quais nos armamos pra "justificar" nossos atos, consolidar nossas histórias.
Torna supérfluo a nossas atribuições aos deuses, às conjunções astrais, ao destino, ao sobrenatural, e até à natureza ao que, no fundo mesmo, nunca passou da nossa vontade, humana, por assim dizer.
E ganhamos terreno nessa de fantasiar nossas vantagens, somos verdadeiros propagandistas dos nossos atos. Não basta dar, as mãos têm q saber. Não basta sofrer, é preciso gritar, não basta amar e, esse último verbo, também não basta...
Não basta gostarmos de um artista, é preciso estender-lhes faixas, não basta gostar de um time, é preciso vestir a camisa, no sentido mais figurado da palavra, não basta não gostarmos de Miojo, é preciso fazer cara de nojo qnd vemos os outros comerem, é preciso dizer, todo momento, à qlq oportunidade, escrever na mensagem pessoal do MSN, entrar numa comunidade...
Mas nós vamos mais longe, queremos estar embasados, justificados, cobertos... Encobertos por nossos panos de fundo... O desejo de q tudo seja mesmo obra alheia... Assim, teríamos sido "direcionados" e não direcionadores das nossas atitudes e, se elas, por algum motivo, não correrem conforme imaginamos, estaremos também isentos da culpa... absolvidos pela nossa "consciência" já, previamente, embebidas do antídoto das nossas justificativas e se, a nossa consciência for pouco, faremos uso dos nossos aliados, torcedores do mesmo time, tripulantes do mesmo barco...
Tenho por essa "premissa" uma afeição de mandamento. Uma afeição para a qual, paradoxalmente não posso buscar respostas, até porque, apenas o falar sobre ela, já tem ares de contradição e, mais ainda, por crer que o simples conhecimento de sua existência, não torna alguém superior ou não sujeito aos seus efeitos, no caso, causas.
Acho que entre mim e ela, há sobretudo um respeito, mutuo, posso dizer, para a frase q, eu posso ter o direito de não escrever e, que tem o poder de invalidar todos os meus posts...
Tenho pensado muito na Sublimação. Não na passagem do sólido para o gasoso, mas no conceito de Freud...
E devo escrever sobre isso em outro post.

Snow, sob uma colcha de retalhos

Hilux - (04/11/05)

Hilux


Uma esperança estacionou hoje em frente à minha janela
Tinha 4 portas, tração nas 4 rodas e era amarela.
E eu q sempre acreditei q todas as esperanças fossem verdes... não
conseguia conceber aquela.
Acho q ela percebeu
Pois, logo em seguida, ligou o motor, transformou a luz e saiu.
A esperança q antes vinha a cavalo, agora está assim.
Tem câmbio automático, air bag, injeção eletrônica...

A esperança emergiu.

Snow
*pros fãs desses insetos*

Seres da Noite - (04/11/05)

Seres da Noite


No mesmo espelho
Um reflexo sozinho ainda sorri
O outro, sem sombras,
Deve caminhar perto ali,
Em algum outro tempo,
Algum outro mundo,
Alimentaram-se.
Ambos, pelo mesmo desejo...

E a quem importa se foi amor ou não...?
Houve o encontro, o sangue...
E o beijo.

Snow, inspirada numa poesia de Hilton
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=639926&tid=2428427109623372427&start=1

( Fragmentos do scrap de Rodrido Lodi...) - (04/11/05)

( Fragmentos do scrap de Rodrido Lodi...)

Vendo
Verbos, cantigas de ninar, neurônios perdidos, porta copos, maquiagens, água fria, assobios, manteiga de cacau, tosses, sandálias de dedo, cepacol, terapias de microondas. Ao entrar, desligue o ar condicionado. Guardanapos à sua esquerda.
Rodrigo Lodi


Snow: E nesse empório eu queria vender versos... Mas quem compraria versos livres?
Prefiro alugar suspiros. E dar o troco em notas musicais.
Bjs


(... publiquei aqui antes que um vento leve, leve.)

Deja vù - (04/11/05)

Deja vù

Ele passou por ela
através de uma discreta fenda
na esfera das coisas acontecidas

Ele e ela se encontraram apenas uma vez
e só por um instante atemporal
nessa pequena brecha

Ele pertence ao mundo das coisas que não existem
ela, pertence a um mundo outro, que não este

E quando se despedem o portal se fecha.

Snow, SnowFlake

Break, qrebou - (28/10/05)

Break, qrebou!


Galera, olha, parece q issaquí tá quebrado mesmo, ok?
Se vc não tiver conseguindo ler nem isso é pq piorou.
Eu tenho q postar tudo qnd ele deixa e bem rápido e não tá rolando de corrigir erros de português.
Vou reclamar com eles agora, assim q abrir o link pra reclamações.
Enq isso, os q gostam de dar pitacos ( os quais eu adoro ler), tenham um pouco de paciência, q vai rolar.
Não sei não mas, parece q de manhã funciona melhor.
Bjs, amores... Os posts tavam acumulados e tem mais um monte na fila. Alguns, nesse meio termo, receio q perderão a validade, mas a gente vê depois.

Snow

Sentimentalismo Exacerbado - (28/10/05)

Sentimentalismo Exacerbado


Algumas gotinhas vieram visitar meus olhos hj.
Dessas q não dizem pq vieram e, embora seja até fácil atribuir-lhes a alguma feita, preferem manter a decência do vazio.
Aí, pronto, tudo é motivo!
O clima de fim de ano.
Clima de finais de novela.
Cenas de final de filme.
Esse clima de despedida...
Soltas, as gotinhas tais, têm caído ultimamente até em comerciais de margarina. É dengo! Só pode.
Tudo bem q ser mulher não ajuda muito. Dizem q tem a ver com um lance hormonal aí, periódico e tal, enfim, conheço isso desde q comecei a ficar mocinha.
O pior é qnd eu to na sala q minha vó vem vindo e eu tenho q sair correndo pro quarto, tranco, prendo a respiração... depois fico rindo.
Bobagem. Passa.
(Depois volta de novo. É a lua.)
Na teoria, é o q seria na prática, algum surto de poesia. Mas na prática, a teoria é outra. Vã filosofia, certamente.
Sensibilidade é um estado de espírito... um certo (certo?) jeito de olhar a vida de olhos fechados, de ver o tempo marejar por lembrar de (um) algo, é um não-sei-quê de peito aberto... e deve ser o de repente se sentir o mais romântico dos seres.
E ser.

Snow, the little flake
*coraçãozinho*

Blefe - (28/10/05)

Blefe


E se eu precisasse de sua cumplicidade... já pensou nisso?
E se eu te convidasse... viria comigo?
Engraçado pq, se a pergunta vc “quer?”, vc responderia “sim!”, mas, feita assim, fica esse load aí pra pensar e é perigoso pq vc não diz nada... nenhum tempo basta.
Parece q está diante de uma pergunta complicada e pensa em coisas pras quais não tem subsidio...
Por exemplo, lembra aquele filme, q te chamei pra ver comigo... e vc recusou? Puro instinto.
Preferiu um outro mais “menos assim”. Preferiria qlq outra coisa a pensar q precisaria conter uma emoção perto de mim... E dias depois viu o filme, sozinho. Eu, até hj não o assisti.
E se eu precisasse de um pouco da sua coragem...?
E se eu quisesse pagar pra ver o q tem em suas mãos...?
Ou será q desistiria mesmo tendo um Four de ases...?
E eu q só queria um par... longe de ser um Royal Street Flash.
Nisso, do outro lado da mesa uma voz pergunta:
“Mais fichas, cavalheiro? Ainda quer jogar?”
Amor, meu amor, perder, ganhar... acontece.

Snow

Sombra de Dúvida - (28/10/05)

Sombra de Dúvida


Com o passar dos dias algumas certezas deveriam ficar mais sólidas mas, pq será q não fica...?
Tudo oscila.
E eu, q demorei tanto tempo pra me manifestar, acabei por dizer demais nas últimas frases e uma ou outra palavra me deixou sem roupa, se pudores, sem sentindo.
Não deve haver quem entenda nada do q estou falando agora, imagino. Acho q, ultimamente, só eu mesma sei o qnt de mim tenho traído.
Ele, mais um q não percebeu. Nem sequer minhas entrelinhas leu. E deve ter achado q falei por falar, pq sou assim sempre.
E eu fiquei querendo dizer q não sou sempre assim, embora bem q gostaria...
Mas viver é ir aprendendo a não dizer tudo, ir aprendendo a fazer truques. Ir aprendendo a não perder o senso, os sensos...
Na verdade, somos todos loucos. Os q conseguem conter suas vontades em público continuam do lado dos normais. Os q não conseguem ou não preferem assim, passam desta fase. E a linha entre uma e outra esfera é tão tênue q, discretamente, naquele diálogo, me vi atravessar.
Assim, com algumas palavras eu havia cruzado a fronteira do real e mergulhado numa ilusão qse delíro... meu coração estava cheio de falta de razão.
Era pr’eu ter dito q aquelas coisas eram desejos, q nao precisavam ser fatos acontecidos, palavras q não precisavam ter sido ditas. Era pr’eu ter dito... era pr’eu não ter dito nada daquilo.
Bom, conforta-me sabe q, em quaisquer dos casos, ninguém entenderia uma palavra sequer.

Snow, como num refrão de um bolero

Pra Relaxar - (28/10/05)

Pra Relaxar

Quando eu te encontrar...
Te levarei para a cama.
Sem pedir licença, tocarei teu corpo inteiro, e sadicamente te
possuirei....
Te deixarei com uma enorme sensação de cansaço...
Entregue! Lentamente...
Te farei sentir arrepios, febril, te farei suar... profundamente.
Irás gemer...
Te deixarei ofegante, te tirarei o ar, a tua cabeça latejará.
Da cama você não conseguirá sair...
Quando terminar, irei embora, na certeza que teu corpo se entregará,
arfando e gemendo...
Outra vez! Até à próxima. ..

Assinado:
A Gripe !



* O título é do post e não do texto.
Não sei o autor, vi por aí na net. Legal né?
Assim q souber eu atualizo aqui.
Dá pra pensar um monte de coisa, né?

Check-in - (28/10/05)

Check-in


Voar é massa! Avião não balança qse nada e dá pra andar dentro sim, não é onda dos filmes. E dá pra ver qse tudo o q tem lá em baixo, à depender da altura, e o avião voa acima das nuvens mesmo! (Pensei q só ia ter q contar isso pra minha família, mas foi tanta gente q me perguntou q achei por bem escrever.)
Lá em cima, a coisa assustadora mesmo é o mar. O mar é uma imensidão verde e qnd a comissária fala “ senhores passageiros, os assentos da suas poltronas são flutuantes. Em casa de pouso na água, retire-o e leve-o para fora da cabine.” Vc pensa “pagaria mais caro pra não ter q ouvir isso.” Mas voar é muito mais legal q passar 23 horas num buzão daqui pra lá.
O ruim mesmo, é só descer. Nossa, dá medo. Dá um frio no coração, falta ar, dá aftosa, puxa! Mas aí, qnd pára... o pouso foi perfeito. Na verdade, se não tiver muita diferença de pressão o temperatura, nuvem, sei lá, um lance desses aí, não dá nada do descrito acima e o pouso tb é massa. Tanto q na volta foi bem tranqüilo ( e olha q na volta eu já tinha visto como foi a ida, tava com um medo do caralho!), foi muito massa.
Na volta rolou q em Brasília era horário de verão e aqui não então eu vooe qse duas horas e cheguei aqui em qse uma.
“Em Salvador a temperatura está 27°, ta bem quente lá.” – informações de bordo. Eu, claro, ri. Onde já se viu 27° ser bem quente. Bota mais uns 20 nissaí e pousa em Picos pra c ver o q é quente! Mas os brasilienses têm reclamado do calor mesmo. Inocentes...
“Salvador é uma grande favela!” – o passageiro do meu lado, um senhor claro, aparentando uns setenta e tantos – “ Vc vai ver qnd a gente passar em cima.”
Não consegui dizer nada, no susto, nem balancei a cabeça. Eu? Logo eu q moro em Mata Escura! Rs. Mas o tom em q ele falou não foi legal, sabe? E o pior, é q, segundo ele, é filho da terra. Teria estado em Brasília por 20 dias, passando férias com o filho q mora lá. É. Esse voltou com algum rei na barriga de lá. Não dei-lhe o prazer de ouvir meu pronunciamento.
Ah, as aeromoças parecem anjinhos... linda! E os aeromoçinhos tb, uma graça! (Aeromoça usa saia e aeromoço usa calça. E nisso não dá pra ver até onde vai minha curiosidade, mas enfim. Gostei.)
O melhor momento mesmo é qnd vai decolar. A sensação é muito boa. Tal qual um passarinho...
Pronto, agora só volto a falar de coisas assim qnd fizer viagens internacionais ou em eventuais turbulências.

Snow, surfando no céu azul de nuvens doidas

Hoje - (28/10/05)

Hoje


Cacei algumas palavras
Cruzei outras
Desencriptei muitas numa lógica aleatória
E foi assim o dia.
Passei a limpo algumas páginas de uma antiga agenda telefônica...
Números de nomes q não lembro mais.
Vez em quando ligo pra uma letra inteira
E bem poucos são os mesmos,
Poucos não são engano e muitos,
Não existem mais.
As pessoas vão mudando...
De número, de endereço, de sobrenome...
E algumas novidades envelhecem depois do primeiro alô.
Muitos anos se passaram já desde o primeiro choro...
Muitos meses, depois da última paixão,
Muitos dias desde aquela vez...
A cidade tem algum cheiro de mofo agora,
-E eu gosto.
Em casa, revendo papéis,
Relendo bilhetes,
Escrevo páginas no ritmo do meu corpo
Enquanto algo ainda me diz q o tempo será pouco.

Hoje, na contracapa de uma revista de enigmas,
Encontrei um número sem nome,
Mas pelo pré-fixo, pela tinta, pela letra,
Há uma grande chance...
Vou discar à noite. Sem caixa, ok?
Quando ouvir chamar, por favor,

Atende o telefone.

SnowFlake

“Mas isso é coisa tão banal perto da beleza do Planalto Central...” - (28/10/05)

“Mas isso é coisa tão banal perto da beleza do Planalto Central...”

Achei Brasília uma cidade indiferente.
Algumas expressões universais tais como “boa tarde”, “por favor”, “por gentileza”, “obrigada”, “com licensa”, essas coisas, não são muito usadas. Funciona assim: quem não te conhece, não fala. Isso me fez sentir um pouco o clima do lugar. Outra, passei boa parte do dia carregando uma mala enorme e tendo q subir escadas, ônibus, calçadas, enfim... eu tinha q carregar mesmo, era minha, eu sabia, mas... bom, me disseram q isso não é típico só de Brasília, q são assim em qlq lugar do mundo, e q aqui na Bahia é q as pessoas são diferentes dos indiferentes. Tomara q os brasilienses um dia visitem a Bahia e descubram do q to falando.
Ah, sabe aquela música “Dezesseis” do Legião, sobre os rachas e tal...? Róla. Róla demais. E toda hora, principalmente à noite. Vidas sendo levadas numa perigosa brincadeira... É um tal de cantar pneus, dar cavalo-de-pau, levantar poeira... e gente adulta. É f! É estarrecedor.
Aconteceu um lance comigo num cruzamento qnd eu esperei todos os carros pararem pra atravessar: era noite, eu tava sozinha, então um motoqueiro q vinha vindo e ficou bem em frente à faixa teve o disparate de gritar: “Ei doida, aqui né passarela não!” Eu ia lançar-lhe um de meus olhares frios, mas desisti. Uma pessoa q tem a audácia de se achar no direito de dirigir daquele jeito a palavra, em público, a um estranho, q está apenas e exercendo o seu direito de passar, sabe-se lá Deus o q não seria capaz de fazer em se sentindo contrariada. E eu ainda não tinha idéia do qnt era culturalmente tolerável esse tipo de comportamento por lá. Meu senso disse “Deixa!”. Ficou lá.
Os rapazes de lá, em geral, são bem olháveis e bastante desinibidos, à primeira vista, qnd não querem nada além daquilo. O tipo dos galanteios, porém, me chamou àtenção mais q as demais características: “sua pele é suave”, “seu cabelo é macio”, “vc é bonita”... bem contrastante com o q róla aqui em Savador: “sua bunda é massa!”, “sua barriga é um tesão”, “vc é muito gostosa”... Bom, considerando q todo mundo, no fundo, quer a mesma coisa, acho q os baianos são mais sinceros. Mas eu gostei dos de lá e a diferença, por si, já é bastante sedutora.
A bebida da moda lá é o Grami. Grami = Vodka + Q Suco. Legal. “Festa estranha com gente esquisita...” Terá sido o grami? É esse mesmo o seu nome...? Por aí.
Tem bastante gay mesmo, como dizem.
Tem nordestino q só!
Tem violência e quem mora lá tem medo.
Tem gente q discrimina nordestino e gosta de curtir com a cara dos outros do nada, por nada. E tem umas brincadeiras de mau gosto à troco de nada... puxa! Muito sem graça.
Durante o tempo q passei lá conversei com 3 pedestres aleatórios e depois descobri q 2 eram de S. Luís e o outro de Belém, q não é nordeste, mas talí do lado, na divisa, qse querendo ser. Deve ter sido o fato de não serem de lá q fez com q me dessem ousadia.
Transporte lá, pelo menos no Plano, é mais barato q aqui. Em geral $1,50, mas tem de outros preços a depender da distancia, do horário, eu acho e do lugar, sei lá.
Ah, e pra fechar, mais essa: “ Nem caga, nem sai da moita!”. Ouvi num buzu, de uma senhora atrás de mim q criticava a indecisão de um motorista, outro, o qual via da janela. Confesso nunca ter ouvido tal expressão, mas reconheci o sotaque e olhei pra conferir. Não deu outra: no braço, em vermelho, ela ostentava um característico adereço, uma fitinha do Bonfim.

Snow, q queria era falar com o presidente pra ajudar toda essa gente... mas ele tava na Espanha.

Em Brasília, dez é nove (horas) - (28/10/05)

Em Brasília, dez é nove (horas)


Quero, primeiramente, agradecer aqui a participação do companheiro D2 q deu a sua colaboração contribuindo com a piadinha infame do título.
Mas q é massa a gente ir ver ao vivo as coisas q a gente viu um dia na tv, isso é. “Cara, aquela catedral lá é grande, velho, gigantona! E as cuias então, porra! C nem imagina o tamanho!” Na verdade há pouca gente interessada nessas descobertas, mas vou arriscar contar algumas, Lá vai.
Primeiro q o ar é seco mesmo. F! minha boca inteira, feriu tudo e sangrou bastante meu nariz. É um lance estranho pq vc respira (claro) mas parece q não tá respirando e o nariz fica muito seco e depois sangra e o sangue tb fica seco, é estranhíssimo! Indescritível.
O cabelo tb se lenha nessa, principalmente se for artificial assim q nem o meu, meu Deus! A pele tem q ser bem hidratada e ainda assim, depois, fica toda craquelada. Mas não é tipo jacaré como chegaram a me assustar, não. É um pouco menos.
Lá róla um tal de turismo administrativo e foi assim q eu fiquei sabendo q aquelas 2 torres lá, q são chamadas de torre norte e torre sul, pra variar, são a câmara e o senado – nunca tive interesse por isso, sabe? Não foi muito cívica essa minha vidinha. – ou seja, de um lado fica ACM e do outro, o neto dele, logo, um avião-bomba, apenas, não resolveria os problemas da humanidade. Tirei umas fotos por lá. Legislando... rs.
Logo qnd vc entra na cidade não há palavras nem interjeições pra o espanto diante da grandiosidade de algumas coisas e só indo lá pra entender o quão bestificado deve ter ficado o tal João de Santo Cristo. Passado o choque eu tive aquela velha certeza: “é aqui q vai meu dinheiro $”
Tem umas coisas lá q achei massa: os ministérios, por exemplo. Todos juntinhos, um atrás do outro, numa rua cheia de ministérios de um lado e de outro, todos iguaisinhos, do mesmo tamanho, verdinhos, lindos! Aqui não é assim (aliás, acho q em nenhum outro lugar do Brasil é assim já q, nem Teresina, q é outra cidade projetada, não é.), aqui é uma bagnça desgraçada.
Mas lá tem q ter carro. O transporte até q existe, mas o trânsito não é dos melhores e é tudo muito longe. Fica um lago lá, no meio da cidade e os caminhos são ao redor e tem um q vai, outro q volta, não entendi. Só sei q tudo demora, e as pessoas acham normal demorar.
“Qnt tempo esse ônibus leva pra chegar ao aeroporto?”
“É rápido.”
“Quanto?”
“Uns 20 minutos.”
Cinqüenta minutos depois eu desci do buzu...e o tal passageiro a quem perguntei, manteve-se entretido ao jornal.
O custo de vida, porém, não me pareceu o mais alto do país. Lá róla um tal de x-tudo com suco de 300ml por apenas $1,00! (Em Picos seria 3. Seco!) Mas moradia é mesmo muito caro.
Algobom é q lá não tem Telemar. Lá é Telecon, 014. E, pelo menos os cartões são mais baratos.
Curiosamente róla por lá daquelas rádios piratas q eu achava q só tinha por aqui e a galera (pasmem) não precisa ouvir a voz do Brasil impreterivelmente.
Saí de lá achando algo q ninguém me tira da cabeça: Niemeyer só deu um mole nessa vida: não ter construído Brasília na Bahia. Mas bem q podia ser em João Pessoa, na Paraíba, ou no Ceará, em Fortaleza.

Snow, bestificada com a cidade
(pausa pra caber no post)

Doidera - (15/10/05)

Doidera


Recentemente, como já devem saber, precisei de um laudo psiquiátrico. Isso mesmo, psiquiátrico e, eis que descobri o quanto isso é um assunto reticente...
Logo de cara eu não sabia onde encontras tais profissionais e saí perguntando em tudo que é clínica de psicanálise, psicoterapia e neurologia e essa infinidade de coisas da mente que via pela frente, ais alguns flashs de lucidez:

Uma delas, fechada, ficava ao lado de um centro esotérico e eu cometi a sandice de ir lá pedir informações.
-Boa tarde, por favor...
-Que deseja, senhora?
-Bom, eu queria um psiquiatra...-
-?
-Não é nada disso que você está pensando, é que eu preciso de um laudo pra... deixa. Essa clínica aí ao lado está fechada ou ta fora do horário de funcionamento?
-Bom senhora, aqui nós dispomos de orientadores espirituais e se senhora preferir... a consulta custa $50,00.
(eu ia interrompê-lo antes do final da frase, mas não passei nos teste de surpresa)
- O quê? Ce tá louco! Muito obrigada, boa tarde.
Tentativa sem sucesso.

- Boa tarde, eu gostaria de uma consulta com um psiquiatra.
-!
-Um médico psiquiatra, pode ser?
- É que aqui... é um consultório de psicoterapia... mas você tem algum problema...?
Uma senhora na faixa dos quarenta e poucos, psicóloga, certamente. Esse pessoal tem a estranha mania de achar que a gente tem algum problema.
-Não. É que eu preciso de um laudo...-
- Quem é seu psiquiatra?
-(Rs) O laudo é pra trabalho, eu não tenho psiquiatra.
-Hã... – e ela se aproxima da grade da porta com uma cautela visível – olhe bem:
- (E eu pensando: se ela vier com negócio de Freud pra cá eu mando se fuder, mando e mando. Eu mando!)
-Olha, você precisa marcar uma consulta com um psiquiatra pra conseguir esse documento.
-Rs. (Essa filha da puta vai botar a cabeça no travesseiro hoje e dormir acreditando q resolveu o meu problema, tomar no dela viu!) - Muito obrigada, senhora, tenha uma boa tarde.
Pura diplomacia dessa vez.

Num ato de quase desespero, vou ao hospital publico de saúde principal da cidade e... finalmente encontro o CRM que preciso, mas...
-Por favor, eu queria marcar uma consulta.
-Pois não. E pra quem é...?
-Pra mim.
-?
-É que... laudo... trabalho...-
- Senhora, no momento, só estamos atendendo emergência.
-Mas é uma emergência! Eu tenho prazo e...
-Lamento, senhora, mas realmente só atendemos emergência clinica e o seu problema...
-EU SEI! Desculpe. É que eu não sou louca e preciso de um documento...-
-Quem é o seu acompanhante?
-?
Foi nessa hora que percebi que podia estar em apuros.
-Senhora, os médicos daqui não fornecem esse tipo de documento. Eles podem estar aplicando algum medicamento... em caso de emergência. Mas consultas só estamos marcando lá pra o mês que vem. Mas há médicos particulares na cidade e...
-Instintivamente olhei ao redor à procura de tomadas à fim de imaginar a voltagem local.
-Muito obrigada, volto quando estiver marcando então.
Saí de lá meio sem noção.

Só agora compreendo o quando é mais difícil não ser mesmo, de fato, louca.

Snow, just a flake.

Testamento - (15/10/05)

Testamento
(Ou pelo menos um rascunho)


A cada uma das pessoas que conheci, deixo uma fitinha do Bonfim, ou algo assim, conforme a crença de cada um e, na cor que se preferir.
Pros meus dois sobrinhos pequeninos deixo meus dois ursinhos de pelúcia, que na verdade não são ursos e sim uma coelhinha e um porquinho. Lembro que antes não havia dado, primeiro pelo fato de serem tais bichinhos cor-de-rosa e, meus sobrinhos, ambos machos, e depois, por considerar que “havia dado” é uma construção que poderia ofender as pessoas que ofertaram tais mimos.
Infelizmente, devo deixar algumas dívidas aos meus credores e, é provável que estes estejam realmente tristes.
Pros autores das letras que li e gostei, deixo o meu mais sincero amor. E isso se estende desde Machado de Assis aos atuais bilhetes de SMS ou MSN.
Pros meus amigos deixo aquela saudade eterna que não passa desde a última vez que nos vimos.
Pros familiares deixo as senhas dos bancos, pros amores, as dos e-mails.
Devo ter deixado algumas letras por alguns cadernos em momentos, muitas vezes, incertos.
Pro meu professor de musica deixo uma canção incompleta. Pros falsos amores, deixo os meus poemas e pros verdadeiros, algumas canetas secas.
Deixo a alguns um pote de ouro, a outros um arco-íris... e devo ter deixado chuvas por onde andei... Devo ter deixado pegadas, mesmo em terras áridas.
A todos, queria ter deixado risadas, pois nesta vida, quase sempre errada, foi sem dúvida a coisa que mais gostei de fazer.
Talvez, eu não sinta falta de vocês, todos, mas o q eu vivi nunca vou esquecer.
Snow

*Frizando que isso não é um indicio de comportamento suicida e, talvez seja só medo de avião.
Há, eu pretendo um dia ter bens com valores mais monetários, só por pretender mesmo...*

Plano Piloto - (15/10/05)

Plano Piloto


De repente te mandam um e-mail – nem um telefonema ou um telegrama, mas um e-mail – e te dizem “ a senhora está convidada a comparecer no endereço abaixo pra realizar exames médicos pré adiminsionais”.
De repente, você recebe o chamado e repara que, só tem sete dias pra providenciar 25 exames e 4 laudos... entre eles, um psiquiátrico. Uma semana pra se desvincular do seu antigo trabalho, sete dias pra sair da Bahia ou do Piauí, de onde quer que você esteja (e daí?) e ir pra o Distrito Federal, a muitos quilômetros de Salvador.
De repente, todo o colorido da minha terra vai se transfigurando em angústia e dor... pelas causas e conseqüências desta viagem breve, agora com ares de definitiva.
Vou de avião, apesar do medo de voar de verdade, não terei tempo pra comparecer menos que de repente e, já dividi em prestações de quantas vezes sem juros deu - devo pagar isso até o ano que vem - se tudo continuar assim, no ano novo eu começo a trabalhar, a morar em Taguatinga ou Paranoá... Ceilândia, sei lá...
E eu que esperava um convocação lá pra dezembro, janeiro, recebo um aviso assim, de repente... acho que eles pensam que todo mundo que passou nesse concurso mora lá e pode se apresentar, pagar exames médicos, consultas, voar... não! Acho que eles não tão nem aí. Mas tudo bem, será um teste. Vou conhecer o clima seco e frio, seco e quente, seco e seco do lugar que tem sido palco das decisões nacionais, das cpis, das acariações (eu acho que é por lá)...
Devo ir e voltar em breve e minha ida em definitivo deve estender-se ao tempo máximo que a legislação permitir. Vai depender também de como vão andar algumas coisas por aqui, de como serão esses meus dias próximos por cá, enquanto vão saindo as portarias... ah, portas, como eu te queria portais!
Ah, minha terra adorada, entre outras mil, eu queria tanto poder garantir que vou desistir de ir pra longe novamente, ainda que na última hora...! Mas pelo que me conheço de situações semelhantes, há, pelo menos, 51% de chance de que, mesmo com toda essa experiência de “exílio” que minha mochila e eu já vivemos nos últimos 7, 8 meses, eu sofra mais uma vez e saia da minha terra e da minha parentela... e vá. E há de ser assim, como se começa e termina de ler um post: de repente.

SnowFlake

Da incrível arte de fazer escolhas - (15/10/05)

Da incrível arte de fazer escolhas


Existem duais respostas digitais: sim e não, zero e um, passa tensão e não passa, alto e baixo... e uma infinidade de palavras análogas pra exemplificar essa coisas tão digitais.
Quem pelo menos já passou perto de mim de alguma maneira, deve ter percebido que eu tenho alguma dificuldade nesse quesito e, quem me conhece sabe o quanto é profundo tudo isso e o quanto eu me perco em topos e vales, o quanto me angustiam as estações, o quanto me desnorteiam os valores exatos... e o quanto eu tenho admiração por ladeiras.
Os caminhos do descer e do subir me excitam na mais figurada das linguagens, na prática mesmo, eu morro de medo de velocidade.
Gosto de analisar situações, de ir formulando hipóteses, mudando a direção, construindo um gráfico mais próximo do real, levando em consideração as variantes... mas sim e não é diferente: não cabe discussão.

Snow, tendo que pensar bem.

"Ao som do mar e à luz do céu profundo" - (15/10/05)

"Ao som do mar e à luz do céu profundo"
(Issaqui agora tá parecendo diário de bordo... textos atrasados, enfim, com o tempo algumas coisas se explicam.)

Faz já uma semana que aqui cheguei e já algum tempo que não escrevo uma linha sequer... algumas linhas ficaram na memória, outras o tempo levou e algumas vão ficando aqui e ali, ora na testa, ora no cantos dos olhos, ora no horizonte...ora, ora... as coisas por aqui são as vezes tão surreais quanto os relógios derretidos de Dali.
Havia esquecido que por aqui não rola net em abundancia, mas também não tenho sentido muita falta dela. Na verdade, parece que alguma coisa me anestesia e não sinto falta de quase nada aqui. E olha que nem fui ainda à praia! Mas basta saber que ela está lá, de dia ou de noite, imponente e majestosa como era pra ser.
Pra dizer mais, nem telefonei ainda pra todos os meus amigos. Falei com poucos dos mais chegados e alguns dos poucos que foram chegando aos muitos... fica essa sensação que “basta” sabe? E não basta, sei lá, deve ter algo a ver com a baianidade.
Falta uma semana preu voltar pro solzão lá de longe... e uma decisão me separa de não ter mais que voltar. O lance não é voltar, que com o tempo eu até criei alguma afinidade pelo mel do Piauí, mas ir... é também deixar.

Snow, iluminada ao sol do novo mundo.

Aqui jazz - (15/10/05)

Aqui jazz


Na verdade blues.
E tava tudo muito azul mesmo neste sábado no ICBA onde encontrei muitos dos ex-smorfs, lendários habitantes da quase extinta terra de Cefetiba...
Música para a minha alma é poder rever amigos, conhecidos, colegas e estar em casa, pisar o solo da minha terra.
Salvador está, como normalmente esteve, em festa por todos os quatro cantos, e eu quero fazer coisas que eu nunca fiz, tipo, ir a um pagodão. Mas tem que ser bem pagodaço mesmo, pra pelo menos eu ter o que contar quando tiver fora da minha cidade, contar como é a baixaria, rs.
Aqui ferve aos 27°... e eu com quase 27 por conta desse destino, nesse momento um tango argentino, talvez me viesse bem melhor que o blues...
Mas eu tava com saudade do clima litorâneo desta cidade mar.

Snow, 24 de setembro, no Corredor da Vitória.

domingo, outubro 08, 2006

Página em Construção - (02/10/05)

Página em Construção


Há algum tempo venho cuidando deste blog religiosamente, quase como quem alimenta um tamagochi... mas basta uma semana em Salvador preu esquecer completamente que tenho vida virtual.

Snow

Alma gêmea - (24/09/05)

Alma Gêmea


Faz já um tempo que um amigo meu me fala de um amigo dele, o qual ele acha que combina comigo.
Achei legal a história e até peguei o telefone do indivíduo, embora tenha resolvido depois, fazer algumas perguntinhas, tipo gosto musical, altura, idade, coisas de praxe da curiosidade feminina, e tudo foi indo bem até que eu perguntei se ele ria e... obtive a seguinte resposta:
"Ri, mas com toda seriedade do mundo."
Eu ri da resposta, porém deletei o número do cara.
(Sinceramente, um sugeito que pode ser descrito dessa forma por um amigo, tem toda probabilidade de não ser bom de cama.)

Snow, na rodoviária de Petrolina, lembrando casos aleatórios

"É primavera... te amo!" - (23/09/05)

"É primavera... te amo!"

E eis que no primeiro dia de primavera, o termômetro chegou a 44°C! No dia anterior, ultimo dia de inverno, foi 43C. Pensam que seguiu a ordem? Hum namm... ontem , bateu 47°C! É o Saara!
Eu entrei no clima e peguei um atestado médico pra ir me tratar na Bahia. Quente, lógico, quentíssimo!
Vou hj a noite... meus 841km irão se tornar aos poucos em alguns centímetros, quando eu finalmente pousar na rodoviária da Cidade da Bahia... e assim começo a minha contagem progressiva.
Galera, se eu achar nesses dias um estaginho mequetrefe que seja, eu não penso duas vezes antes de trocar toda esta minha federalidade por um pouco de mar... até chegar o dia de ir morar na Capital da Corrupção no meu novo emprego efetivo, cenas do próximo post.

Snow, zarpando

Dieta para emagrecer - (19/09/05)

Dieta para Emagrecer


1°. + Academia
2°. Alimentação adequada
3°. - Cerveja

4°. E doses homeopaticas de amor nas segundas, terças, quartas, quintas e sextas.


Obs: Há quem substitua o quarto item por doses cavalares aos finais de semana, o que também funciona. Em ambos os casos, é bom ver antes como anda o coração.

Snow, trainner

Memória fotográfica - (19/09/050

Memória Fotográfica


Revelei faz pouco tempo fotos de um filme antigo... e não é que achei fotos de você sorrindo!
E eu já nem me lembrava mais daquele meu vestido colorido e do quanto gostávamos de passear no parque a tardinha...
Deveríamos ter tirado mais fotos. Aquele dia na Ribeira, um outro na Marina, um dia no ônibus quando você me abraçou... a gente no Comércio, jogando milho pros pombos no centro de Salvador... em Cachoeira na roda de samba, no cinema em Feira de Santana... fotos na rede, em sua casa, na varanda... E o dia que passamos em Simões Filho, comendo cerejas no quintal... nossos dias em Saúbara, Bom Jesus dos Pobres, Barra Grande, Berlinque... Nesse último a câmera enguiçou, lembra? Acontece nos melhores momentos. A gente na Ilha de Itaparica, pleno carnaval... As fotos no Abaeté, entre dunas e águas negras... as da Diamantina onde nos prometemos ir um dia, as daqui, onde nem precisa de flash, ao Sol do Piauí...
Tirei recentemente outras fotos num lugar longe...
Perdi recentemente mais um filme inteiro de um lugar onde não vou voltar...
Foi lá que encontrei novamente mais um você com outros olhos, outro corpo, outros cabelos...
Guardei na mente os negativos. Quem sabe daqui a algum tempo eu me lembre, e te revele porque já estivemos em tantos lugares... mas só na minha mente.

Snow
Sabe aqueles quadros que se montam de pedaços? Pois é...

Interfaces - (19/09/050

Interfaces


A conexão poderia ter caído naquela hora, já que tantas outras vezes aconteceu mas, naquele dia, não caiu.
Poderia ter faltado energia, o micro não tinha no brak então era só faltar que brakava mesmo.
O Trojam que tantas outras vezes havia desligado a máquina, ali tímido, não ousou se manifestar.
O IP poderia ter sido cancelado, o acesso restringido, o link bloqueado, a página expirado, o site saído do ar... mas nada. Tudo continuou lá.
O bonequinho bem que poderia ter ficado vermelho subitamente, mas ninguém clicou em bloquear.
Ninguém parou a exibição, ninguém fechou a janela, ninguém desligou o computador com segurança...
Ninguém apertou o botão, ninguém chutou o estabilizador, ninguém puxou os fios da tomada... Quase ninguém chorou.
Hardware e software codificando pessoas em palavras, reduzindo sentimentos a bytes, poeira eletrônica deletando arquivos on line...
E foi estranhamente assim que, naquela noite, a conversa durou até o fim.

Snow, sobre a dimensão onde ficam armazenados os arquivos deletados


Citação - (13/09/05)

"A vida seria foda se não tivesse certas coisas foda."


(Leo Bob Man, sóbrio, filosofando.)

E pra não dizer que não falei... - (13/09/05)

E pra não dizer que não falei...


Amores, eu estou fazendo um curso de flores!
É uma técnica chinesa de flores emborrachadas feitas em papel jornal (na verdade, pra mim, já passou o tempo em que eu gostava da diversão do artesanato e ainda não chegou o tempo em que vou gostar do lucro do artesanato) mais a arte é uma forma de... terapia ocupacional.
Não se preocupem que ensino pra mamãe, pra titia e pra sobrinha quando for aí.
Com isso preencho as noites dessa semana... e no final de semana volto pra vida de bar em bar... Ultimamente tenho descoberto que Montilla com Coca-cola e limão é mesmo muito bom.
Ao fim do curso, eu tiro uma foto do meu arranjo e prometo que mostro a primavera daqui. A primavera que dá pra ter com você daí, eu daqui...

Snow, flower

Propaganda de Motel em Teresina - (10/09/05)

Propaganda de Motel em Teresina:


Nova suíte Espanhola.
Digna de um Picasso.


***

Um amigo de Infância - (10/09/05)

Um amigo de Infância
Humberto de Campos


"Aos treze anos da minha idade, e três da sua, separamo-nos, o meu cajueiro e eu. Embarco para o Maranhão, e ele fica. Na hora, porém, de deixar a casa, vou levar-lhe o meu adeus. Abraçando-me ao seu tronco, aperto-o de encontro ao meu peito. A resina transparente e cheirosa corre-lhe do caule ferido. Na ponta dos ramos mais altos abotoam os primeiros cachos de flores miúdas e arroxeadas como pequeninas unhas de crianças com frio.
- Adeus, meu cajueiro! Até à volta!
Ele não diz nada, e eu me vou embora.
Da esquina da rua, olho ainda, por cima da cerca, a sua folha mais alta, pequenino lenço verde agitado em despedida. E estou em S. Luís, homem-menino, lutando pela vida, erijando o corpo no trabalho bruto e fortalecendo a alma no sofrimento, quando recebo uma comprida lata de folha acompanhando uma carta de minha mãe: "Receberás com esta uma pequena lata de doce de caju, em calda. São os primeiros cajus do teu cajueiro. São deliciosos, e ele te manda lembranças..."
Há, se bem me lembro, uns versos de Kipling, em que o Oceano, o Vento e a Floresta palestram e blasfemam. E o mais desgraçado dos três é a Floresta, porque, enquanto as ondas e as rajadas percorrem terras e costas, ela, agrilhoada ao solo com as raízes das árvores, braceja, grita, esgrime com os galhos furiosos, e não pode fugir, nem viajar... Recebendo a carta de minha mãe, choro, sozinho. Choro, pela delicadeza da sua idéia. E choro, sobretudo, com inveja do meu cajueiro. Por que não tivera eu, também, raízes como ele, para me não afastar nunca, jamais, da terra em que eu, ignorando que o era, havia sido feliz?"

Trecho de uma crônica que pensei em colocar inteira por sua beleza e ternura, mas escolhi esta parte, por algumas frases... quem quiser conhecê-la inteira:
http://www.riototal.com.br/coojornal/imortais28.htm , maranhense, do nosso nordeste, do nosso Brasil.

Carne de Sol - (08/09/05)

Carne de Sol


E assim tô eu lá no ponto de ônibus, em frente ao balão, em plenas duas da tarde - com sensação térmica que, só quem já passou por aqui tem noção -, não dava pra sentar pra esperar o buzu (aliás, acho que foi aqui que surgiu aquela musiquinha infantil “Chicotinho Queimado”), normal, mas de repente, ouço um barulho de alto-falante vindo não sei de onde e procuro ao redor até que me deparo com a cena, no mínimo curiosa:
Eis que surge, de trás da igrejinha, um maluco de roupa colorida, boné colorido, pneus coloridos, vários logotipos por todo o banquinho, guidom e quadro e dois absurdos alto-falantes na frente seguidos de duas consideráveis caixas-de-som onde deveria ser o banco do carona. Um inusitado meio-de-transporte meio meio-de-comunicação nunca dantes imaginado por mim: uma bicicleta-de-som!
E eu que já vi muita Kombi-de-som, Brasília-de-som, fusca-de-som, trio elétrico, sei que esse multi-funcional veículo merecia a frase “só na Bahia!”.
Em pé em cima do banco, buscando a sombra ao menos na cabeça já que, o abrigo de concreto, não é suficiente, observava ele, pedalando vagarosamente, cara de quem conhece essa rotina.
O termômetro desumano que olhamos ao mesmo tempo, marcava 42° quando o buzu chegou e ele me deu tchau.
Rimos um do outro.
Apostaria a merecida macaxeira que me esperarava no Bode Assado, de que pensamos, naquele momento, a mesma coisa:
“Que dinheirinho suado!”

Snow, quando oiou a terra ardeno

A lata - (08/09/05)

A lata


E eu tentando entender essa ressaca
Não menos que filha-da-puta...
Veio dela, uma lata apenas
Que nem muito custa
Sorvida aos goles, como um prazer
Adquirido numa esquina qualquer
Que agora escapa aos poucos, em gotas
Molhando a face, despedindo-se na boca...
E eu gosto dela assim mesmo
- uma só -
Pra ter a ilusão de que a mantendo única,
Será só minha...
Tudo vem à tona quando acordo e vejo
Me escapando pelos olhos, aos rios
Como uma vadia, sorrateira
Que não vale um centavo do que custa!
Doce e meio amarga ilusão que em nada me assusta,
Ao menos ela, tal qual mestra
Sabe exatamente o q fazer com o meu batom...

Acessório típico de festa.

Snow,


Viraram versos. perdoem-me os antigos leitores, pela vida se repetir as vezes, como "um musel de grandes novidades..."

Fumaças - (06/09/05)

Fumaças


Ah, se eu soubesse tragar...
Mas tossi tudo.
Tossi teu descaso
Tua falta
Teu abandono
Tossi teu rastro
E tossi tua indiferença

E essa foi, de todas, a mais intragável.

Snow

Cores - (05/09/05)

Cores

Quando a chuva chega no sertão, tudo q é marrom, cinza, vermelho, branco, preto, cor de barro rachado, tudo que está amarelado fica verde...

É bem nessas hora que os óio da gente fica tudo imbaçado.

Snow


(Paralelo sobre um certo template, verde que dói...
... e o começo do B-R-O = BRO no Piauí.
Os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro... o período de termperaturas mais elevadas do ano, e vale lembrar q ainda é inverno.)

Litoral - (05/09/05)

Litoral

No Piauí, usa-se muito a rede para dormir, para assistir TV, para estar na varanda... E eu que nunca pesquei nada, mas já tive um peixinho um dia, me vejo as vezes balançando pelas culturas daqui... como se tivera sido capturada.

Snow





Desconfiança - (05/09/05)

Desconfiança


Você tinha outra
Eu percebi logo de cara
Porque vi um pacotinho lilás no porta-luva e...
Tudo indica que era de uva.
E se você tinha mesmo outra, cara, não justifica
Não dá pra entender, não entra em minha cabeça, não entra...
Se você tinha de uva,

Naquela noite não precisava ter usado menta!

Snow


P.S. Mais uma cor brotada no jardim Jucunditas. Às vezes, faço de lá meu blog e daqui minha comunidade.

Bronze - (05/09/05)

Bronze


Comprei um biquíni verde-esperança
Quem sabe, no próximo verão ele saia do armário
Direto pros teus braços assim como veio ao mundo...

Cor de pele.


Snow

"...Meu escritório é na praia..." - (05/09/05)

"...Meu escritório é na praia..."


No último final de semana estive em Parnaíba e Luís Correia, cidades do litoral piauiense, norte do Brasil em pleno nordeste pro XII Seminário Piaiuense de Apicultura sobre o qual, depois eu conto mais, a quem interessar possa.
Em águas salgadas, discutindo o mel, me senti em casa apesar de nunca ter estado tão longe...

Snowzinha, beira-mar
*cabe aqui uma lágrima*

Sol de Primavera - (05/09/05)

Sol de Primavera
Beto Guedes

Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
a canção nós sabemos de cór
só nos resta aprender...

"E tomar banho de Sol, banho de Sol, banho de Sol..." - (30/08/05)

"E tomar banho de Sol, banho de Sol, banho de Sol..."


Levantei a mão, quase em desespero, na tentativa de encontrar o botão que regula a temperatura do chuveiro, pra em seguida descobrir, atordoada, que não há botão porque o chuveiro não é elétrico... é essa agora, às duas da tarde, é a temperatura da água.
O calor, mudou de substantivo pra verbo, em modo imperativo.
A única coisa que dá pra fezer é tomar água bem gelada. E isso só resolve por um tempo, pouco tempo...

E eu nunca gostei de água gelada.

Snow

Indesejada - (29/08/05)

Indesejada


Ela me ligou ontem.
Pediu que eu NÃO ligasse mais pra vc, disse que era sua noiva e que tá grávida de 6 (seis) meses! Você sabia disso?!
Na boa, como é que você pode não usar preservativo com uma pessoa desse tipo...! Não entendo.
Na hora, me deu vontade de te ligar e dizer um monte de coisa pra você entender que não deve deixar isso acontecer novamente comigo. É uma questão de respeito, no mínimo!
(Só não liguei porque não tenho seu número.
Aliás, você também não tem o meu. Eu não te dei, lembra?)
Mas fiquei chocada. Meu Deus do céu, você vai ser pai! Essa criatura vai ter um filho!
E eu nem te conheço! Nunca te vi, nunca conversamos...
De uma vez por todas eu não tenho nada a ver com isso!

Snow

Observação - (25/08/05)

Observação

Por que vc manda os comentários pelo telefone...? Eu não gosto.
Prefiro lê-los aqui mesmo.
E de preferecia assinados, com seu nome.

Snow

Observação - (25/08/05)

Observação

Por que vc manda os comentários pelo telefone...? Eu não gosto.
Prefiro lê-los aqui mesmo.
E de preferecia assinados, com seu nome.

Snow

Algo mais - (25/08/05)

Algo Mais


Foi massa você ter aceitado
O convite que te fiz para a cerveja.
Só queria te dizer que eu também aceitei
A maioria dos convites que você me fez
Quase sem falar...
Naquele bar,
Naquela mesa.

Snow

Legenda - (25/08/05)

Legenga


Uma coisa que pode ajudar a entender meus posts é a colocação dos pronomes. Exemplos:


a) Raramente digo "eles". Eles raramente me enteresam.
b) Quando digo "eu", sou eu mesma. E é quase sempre uam coisa que acho q não pode ser questionada senão por mim. Eu, na maioria das vezes, só cabe a mim, no máximo a nós.
c) Qundo me refiro a "você", porém há algumas variantes e, pode ser que eu não esteja falando da mesma pessoa que vc conhece:
c.1) Você as vezes é um ser imaginário - só existe pra mim.
c.2) Você pode ser um ser hipotético - não existe, nem pra mim.
c.3) Você é um ser real - existe pra mais gente além de mim, mesmo q não exita pra vc.
c.4) Você, é vc mesmo - existe pra nós.

Pronto. Agora q já conhece as personagens, passemos ao enredo:


Amigão, olha, qse tudo que eu escrevo aqui poderia mesmo ter acontecido na realidade. Em números, digamos que represente 100% esse qse tudo. E... o que passa disso é verdade.

Snow, numa breve nota de rodapé.

Pequena lista de coisas que vc não gosta - (25/08/05)

Pequena lista de coisas que vc não gosta


1.Tudo
2.Nada
3.Qualquer excessão aos 2 primeiros itens

Apêndice


Quando eu digo q vc não gosta de nada vc vira a p! Será mais uma coisa q não gosta ou o tudo e o nada são meras questões filosóficas às quais vc tb não gosta...?

Snow, atendendo a um pedido.

SMS - (23/08/05)

SMS


Vez em quando meu telefone toca.
E eh vc m dnd tks.
E eu estou me acostumando a esses sons
E me pego ouvindo pela pele
Como se fossem toques...


Snow

Irrelevantes - (23/08/05)

Irrelevantes

As palavras que escrevo ou leio
-aqui-
Ficam, quase sempre, por aqui mesmo
Sem nunca terem sido pronunciadas.
(Não tenho o hábito de ler em voz alta.)
E, por falar nisso, tô até aprendendo braile
Pra sentir
-quem sabe-
No relevo das palavras
Algumas das suas alfinetadas.

Snow

Meia luz - (23/08/05)

Meia luz


Depois de algum tempo
A pupila se acostuma
As mãos se acostumam
Os corpos se acomodam...
Depois de um tempo fica tudo tão claro

Que os olhos abertos incomodam.

Snow

Mensagem de Guardanapo - (23/08/06)

Mensagem de Guardanapo

No vão das coisas abertas,
Mais uma:
Quero te convidar pra uma cerveja
No final do expediente.
Esse convite é válido dessa segunda até a próxima sexta
E, se não tiver fazendo nada,
Em algum desses dias úteis,
Assim como quem não quer nada...
Aceita!

Snow

Diagnóstico Neurológico - (23/05/06)

Diagnóstico Neurológico


O lado direito do meu cérebro controla a emoção.

O lado esquerdo dele, controla a razão.

O lado direito do meu cérebro controla o lado esquerdo do meu corpo.


O lado esquerdo do mesmo, controla o lado oposto.

Estou confusa!

Às vezes é como se tivesse na cabeça dois lados direitos.
E, no corpo, um lado só.
O esquerdo.

Snow
*precisando de tarjas pretas*

Cheiros - (23/08/05)

Cheiros


Sempre tive predileção por frutas verdes:
Peras, maçãs, kwis, mangas, uvas...
Mas amoras, gostaria de prová-las, um dia...
Maduras.

Snow

Ensaios - (23/08/06)

Ensaios


Demorou...
Demorou o tempo suficiente
Pra dor passar...
Quase despercebida.

A primeira vez indica que depois
Tudo será melhor ainda.

Acho que me perdi
Entre a última vez com o primeiro
E a primeira vez com o último.

Perdi pedaços em leçóis
E achei sonhos em travesseiros.


Snow

Sonho de Valsa - (23/08/05)

Sonho de Valsa


Ha, em uma agenda antiga, uma página escrita a lápis, com apenas uma frase:

"Hoje, ele me deu um chocolate."


Houve todo um dia, sabe? Vinte e quatro horas se passaram num contexto, que já nem lembro mais.
E ele não me deu poesia, nem amor... não me deu nada de mais.

Me deu esperaças doces embrulhadas num papel lilás.

Snow