quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Na alegria e...

Laboratório da faculdade, vim ler alguma coisa, passear... (rs), aproveitar as férias!
Tô pensando em trancar. Na verdade, tô em frente à porta e com a chave na mão...
Me disseram q a faculdade abriria portas... eu não sei o q dizer.
Vou sentir saudades, não queria q fosse um adeus pra sempre. Foi uma paixão que eu gostei de ter.
Na verdade eu queria, sabe? Queria muito que tudo desse certo, q fosse perfeito e q essa minha relação durasse... Essas coisas de ter um final feliz, uma união com frutos, q eu não tivesse q concordar tantas e tantas vezes com as teorias de Rafael q, mesmo qnd eu não concordo, parece q algumas coisas têm o dom de se impor numa urgência maior, sempre independentemente da minha aprovação.
Na realidade, se essa faculdade não exigisse de mim tanta dedicação total, exclusiva e em tempo integral, sobreumana, sobrecarregante e absurdamente exaustiva, eu acho q até suportaria essa relação, pelas partes boas...
Mas acontece q, fosse lá qual fosse a nota, ela não poderia pesar mais que os meus preciosos 5 quilos q foram embora em menos de 5 meses sem dizer se voltariam...
Não poderia ter maior valor q as minhas noites insones, atordoada, q os dias sob total tensão e cansaço, q os meus olhos tensos, o corpo trêmulo, as mãos frias...
Sei q vou sentir falta da biblioteca. Lá ficavam os livros q eu não podia ler pq não tinha tempo. Estava ocupada demais com os meus trabalhos acadêmicos.
Vou sentir falta das aulas, em especial as q eu não podia prestar atenção pq tinha uma prova no horário seguinte e logo mais, uma apresentação... Ou pq tava morrendo de sono de ter passado a noite em claro, estudando...
Sentirei falta das palestras q, não participei pra não tomar falta na aula q tava acontecendo na minha turma...
Das festas q não fui, pq eram caras.
Vou sentir muita falta do laboratório com o Orkut, o MSN e o You Tube bloqueados e mais uma série de categorias de outros sites. E o frio do caralho.
Muita falta me fará conhecer mais minha turma... q tb não se conhece.
Os filmes q eu assisti, q eu só tive acesso ali, e q eu não consegui apreciar na verdade como filme, como cinema, como uma arte, pq tinha q anotar, pq tinha resenha, pra nota.
Vou sentir falta dos experimentos q eu gostava tanto e q exigiam de mim páginas e mais páginas de relatórios.
Vou sentir falta de ter sentido tanta falta... e não sentir mais nada.
Quando tudo começou eu pensei: Tai, agora é só assistir aula e ler!
Ledo engano. Era só produzir.
Sinto q preciso dar um tempo...

Até mesmo pra descansar a máquina.


Snow, na tristeza.
P.S. Inicio do semestre passado, q eu não cursei.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

P.S. de um SMS

Escrevi uma mensagem tão bonita que deu medo de mandar. Ele acharia q não merece. E meu medo era que ele quisesse que eu também achasse.
Eu acho que as musas não mereciam os poemas clássicos. Nem as divas. E eu não me arriscaria a dizer isso na cara do Da Vinci, mas a gente sabe que... nem mesmo a Monaliza.
Com o tempo a gente aprende que a inspiração é mesmo algo particular. Publicá-la é a tentativa de homenagear alguém que talvez não esteja nem aí... Nem lá, dentro de nós, para aonde entramos para compor.
Outro dia vi meus sentimentos de perto. Olhei para eles arregalada, assustada com a sua grandeza, sua força, sua formação... Meus sentimentos sou eu, desde agora até a infância. Amalgamada de emoções que vou contendo e expectativas, regada a risos e lágrimas. Do outro, tem na realidade tão pouco, que chego a pensar que é vão declará-los. Dá vontade de dizer, como já disse “Eu te amo, mas não é bem isso. Não é por você, eu amo por mim.” Porque eu amo mesmo, e é assim.
Não sei bem se por maldição ou milagre, mas eu não sei não amar.
Não é que você não fez nada para merecer, meu amor, é que você não vai fazer. Não pode. Não lhe compete. O meu coração é meu e eu nem sei até que ponto, mas o que eu sinto está em mim, me compondo. Como a dor. Como a alegria...
Você pode até me bater ou me contar uma história engraçada, mas isso não é condição suficiente pra que eu reaja. Pra que eu sinta amor ou ódio.
Engraçado, relendo, parece óbvio. Parece também que eu controlo tudo o que eu sinto, mas acho que é bem o contrário. Nem você, objeto dos meus sentimentos, nem eu controlamos nada. E é tudo muito frágil.
Eu, no máximo, direciono. Você, no máximo, induz. Nós, no máximo, tentamos.
Eu já disse, já escrevi, já cantei tanta coisa nessa vida que hoje sei mesmo que já não faço quase nada.
Mas tudo o que você vê nos meus olhos e nos meus gestos enquanto eu fico calada é pra você...

Mesmo que não seja por sua causa.


Snowflake.