quarta-feira, dezembro 05, 2007

Cafe Beat

Recito poemas ao vento - e alguns são lindos - e nem todos são lamentos.
Sussurro belas frases em travesseiros acompanhadas de lágrimas q não serão compreendidas
Ando por aí cortejando a grama, os insetos, bendizendo as estações, o tempo, o clima
Sorrio para o infinito ou para o fundo de pára-brisas parados aonde alguém imaginário me decifraria... através das películas
Estréio sorrisos e ensaio passos tentando acompanhar o ritmo... por demais acelerado.
Penteio e passo as mãos nos cabelos, perfumes, batons, sombras, óleos, florais, tornozeleiras, hidratantes, brochinhos, olhadas descompassadas ao espelho...
Enfeites de uma horinha a mais no salão, de uma sandalinha com strass, de vestidos, gliter, delineadores e colares.
E Sol. Para incentivar a melanina...
Enquanto bocas desfilam na música alta aonde ninguém me olha, sequer escuta.

Ninguém vê a menina
Pensando num namorado...

Lá pelas tantas, um dos q beberam demais grita um desabafo: Aqui só tem viado!

E o restante é tudo puta.


Snow, noite dessas aí.