domingo, dezembro 31, 2006

Destaque

O melhor momento da festa
Foi qnd vc me puxou pra perguntar se eu precisava de algo.
E naquele instante eu daria tudo pra precisar mesmo,
Mas, sinceramente, nem precisava...


Snow, pelourinho, olodum e chuva.

Trechos

janeiro

"Aluguel
Médico
Carta de desligamento
Prouni
Despedidas
Salvador
.
.
.
O náufrago."


Fevereiro

"A viagem foi um grande delírio... q eu só descobri bem depois.
A viagem não existiu. O q eu via, não era real...
E ninguém mais viu."


Março

"Passei a noite estudando e faltei a aula.
Minha carona saiu mais cedo e com isso eu cheguei duas aulas depois...
Começou bem."


Abril

"Contra o Pudor

Você me disse palavras duras
E eu me abri
Você entrou, saiu, bateu a porta atrás de si
E eu fiquei ali
Jorrando lágrimas
Grávida de um novo fim."


Maio

"Eram duas não-perguntas
Para cada uma não-resposta
Um tal de deixa pra lá
por um tal de não importa

E a curiosidade morreu de velha
Enquanto o seguro
No fundo, no fundo,
Queria colo."


Junho

"Quando o semestre começar eu serei segundo semestre
Sem brincadeiras de calouros, sem fantasia de palhaço, cowboy, carnaval...
- A fantasia ficou ótima, mas não teve foto... a lembrança ficou apenas na mémoria do q não se acredita mais... -
Quando o semestre começar eu serei novamente resposável por minhas notas...
Acidente, copa, férias... q mais pode acontecer em um mês...?
Eu, não quero mais."


Julho

"Vida dolorosa.
Oceano em chamas.
Quebra-cabeças de peças faltando q nunca estará montado...
Sensação constante de quase dor."


Agosto

"Não esperava muito. Não me surpreendi com o pouco.
Algumas mudanças boas, outras nem tanto.
Tabelas a serem cumpridas."


"Aprendi desde cedo q não gostava de competição.
Então, seja qual for o jogo q eu por acaso estiver participando, vou querer perder de vez em qnd, nem q seja pra manter na mente do meu oponente a minha certeza maior: nada é absolutamente correto.

Relendo percebi q parece uma inscrição de lápide...
Rs"


Setembro

"Sete. Essa data deve/deveria/deverá significar algo muito importante para a nação... uma nação é muito grande, os significados se perdem na amplidão.
Hospital, inflamação, infecção, dor, solidão... A ban dono.
A lágrima é sintética
A dor é aguda
E orgânica."


"Sensível como... haverá palavras pra expressar a sensibilidade...?
Palvras escorrem líquidas das janelas de minha alma
As vezes palavras secas, arranham minha face
Q passe o tempo! Q passe!
E eu já não digo nada..."


Outubro

"De qnts enganos é feita uma tese...?
O passado foi ficando nas esquinas escuras
Enquanto o presente passa e qse às clara pretende se tornar futuro
Em breve, não se verá mais nem seu rastro
Q dirá construções sólidas atestando a história
O presente passa
O futuro não chega
E o passado é sem glória."


"Vi o avião taxiar
Entrar na pista de vôo
Decolar
Fazer a curva no ar
E sumir no céu te levando pro seu mundo...

E nos encontramos à noite no MSN, depois de um longo dia."


Novembro

"Devo registrar a dor?
Não. melhor q ela passe em branco
Como foram os dias de cegueira
Sem qlq certidão."


Dezembro

"Noite
Noite
Noite
Tudo é uma imensa noite escura e densa
E a fúria dos dias esmaga.
Vontade de ir pra um lugar distante e dormir por meses...
E ainda tem a noite feliz...

Adiós 2006!"




Snow, almost Flake

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Hai Cai Esverdeado

Ultimamente, como já era de se esperar,
A esperança tem morrido
De amar.


Snow, the green flake.

Iso lados

Nunca falei direito sobre o meu lado direito, talvez até pq eu mesma o tenha negligenciado involuntariamente a maior parte de minha vida ou, num outro extremo, pq não aprendi a percebê-lo por vontade própria. Mas noutro dia tive uns dois estalos sobre isso q me deu vontade de escrever.
Antes, devo esclarecer q direita e esquerda nunca esteve bem claro na minha cabeça, nunca veio no automático, nunca foi uma informação q já fazia parte de minha memória de trabalho. Bom, já me arrependi de tentar esclarecer, mas não vou limar este parágrafo, deixa estar. Os lados sempre foram algo extenso pra mim e eram, distintamente, dois: o q existe e o q não existe, imensos. O q existe e o q eu não penso. O da frente e os outros, o lado pra onde eu tô indo e qualquer outro distinto.
O contraste era grande, mas o diferencial era pouco já q vinha sempre de um elemento subjetivo q eu dominava, mas q era de domínio de vários outros elementos dos quais eu não tinha o menor controle. Parece complicado, mas é simples, veja: existe, de um lado, o lado, e do outro, os outros.
Dia desses, numa noite de verão, sozinha em uma pizzaria de cidadezinha do interior, enquanto esperava pra provar a minha mini quatro queijos tão desejada, naquele tempo entre o cozimento da massa e o vazio, fiquei olhando as árvores daquela pacata praça e, sem quê, sem pra quê, entristeci...
Acabei por lembrar q contei os centavos pra estar ali.
Acabei por reparar q aquela mesa era grande demais pra mim.
Acabei por notar q a aliança da mão esquerda do freguês solitário da mesa do lado, estava entre o olhar dele e o meu lado inteiro.
Acabei por achar q era demais q a atendente tivesse tirado dois queijos da minha minizinha pq eu não tinha o $ extra q eles cobram da embalagem... Dois queijos! Era demais...! E logo o catupiri e o provolone...!
Acabei por pensar no número de vagas pro próximo concurso, no tamanho da fila do Sistema Intermediário de Mão de obra, no tempo q demora pra um corte no dedo sarar e em como seria bom ser metalúrgico no Canadá... mas eu tenho q voltar naquele hospital na terça-feira pra pegar minha lente de contato nova q essa aqui tá tão vencida q... contato q é bom, nem tá mais rolando...
Foi aí q ela veio vindo meio sem querer, meio sem q eu me desse conta e pairou sobre os meus olhos... como quem sempre estivera ali, sabe? Na medida certa para ser chorada.
E eu tirando essa onda de durona... pra que? Pra quem?
-Tá pronta!
Era a atendente qse enfiando a pizza pelo meu lado direito, não sabendo ela q nesse caso eu demoro um tempo entre o ouvir e o ver, diferentemente da maioria das pessoas. Mas foi daí q veio primeiro estalo:
O meu lado direito, q no cérebro é controlado pelo hemisfério esquerdo, é o lado do raciocínio. E este, em meu corpo, sempre viera no automático, como se... na carona. Já o lado esquerdo do corpo, o da emoção, esse eu via, eu analisava, entendia, esse era o lado do qual eu sempre estava. E era só conduzir esse lado, pro outro acompanhá-lo.
Mas demorou pouco. Pisquei - pelo susto da altivez da voz da atendente, pra não dizer 'grito'- e... zapt! A gotinha espalhou-se no olhar sem q fosse derramada.
A lente de contato velha se viu molhada. Renovou-se, ajustou-se e sentiu-se viva, lubrificada.
E eu vi com nitidez as luzes daquela praça toda iluminada... era natal!
Senti o cheiro da minha mussarela com parmesão e pensei em comê-la ali mesmo onde estava.
Mas comer sozinha em restaurante, mesmo q com dois queijos a mais, é muito triste, sabe? - pelo menos é o q diz o meu lado esquerdo.
Foi por isso q peguei as luzinhas coloridas, a coca-cola e o meu lado direito e, como eramos mesmo quatro, e haviam quatro pedaços, tive meu segundo estalo: dava!
Fomos todos comer em casa!


Snow, embalada para viagem.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Cronometrei

O prazo de validade de um poema em minha mente é de 3,5 segundos se o tema for distal e 2,5 se o mesmo for proximal.
Depois disto ele é automaticamente digerido pela minha massa encefálica... literofágica.

Meu pensamento é canibal!

Snow, anotado em 18/05/06

Furo

Os jornais repetem as manchetes, vcs sabiam?
Mas quem tem mais tempo pros jornais hj em dia?
Nada nos incomoda, nos chama àtenção, nada nos assusta mais...
Eles repetem as notícias por saberem q não vimos na edição anterior, nem na versão do outro canal e não pra q tenhamos algo pra contar aos nossos netos.
Esta semana (pasmem!) ouvi pela terceira vez a notícia de una mulher q matou o marido à faca, cortou, desossou e ainda por cima fritou o danado no oléo! Misegável! É coisa, viu! Perderam a noção total! Três vezes a mesma reportagem! Mesmo cenário, mesma camêra, mesma tomada... não assisto mais a este noticiário!
No mais, parece q tá tudo calmo. Morreu um ex-ditador aí; os parlamentares dorbraram seus salários; a ministra presidente do Supremo foi assaltada; afundou um catamarã vindo de Morro de São Paulo; um ex-Beatle vai ser avô; o novo James é o Bond!, eleito o mais sexy pela mulherada; choveu pra caramba em Sampa; aquele jornalista foi condenado pelo assassinato da namorada... resumindo: de novo mesmo esta semana, qse nada. E nem semana passada.
"E q venha o povo" - foi a cantada mais engraçada desse mês, até eu ri! Todo mundo riu! Até o cara q falou, não agüentou tb! Não olhei, não vi o rosto mas, mas não passo por ali outra vez.
Nisso o telefone toca de madrugada, levanto feliz pra ver quem é... mas q nada! Alguém ouve minha voz e desliga. P! Não diz nada! A frustração é tanta q, tivesse uma outra linha aqui, eu mesma me telefonava!
Volto ao meu texto (este), antes q evapore minha rala e volátil inpiração.
A tv deveria ser mais útil, vcs não acham?
Puxa, tanta gente pobre no nosso país... tanta gente q não vai a cursos, não freqüenta a escola, tanta gente...
Gente q fala pobrema, Cráudia, praca...
Gente q não sabe escovar os dentes, botar preservativos, comer de garfo e faca...
Gente q não sabe q não deve botar Detefon na cabeça de criança com piolho q isso é veneno, e mata.
Gente q não sabe q não deve limpar o ouvido todo dia, nem usar grampos de cabelo, palitos de fósforos, bocais de caneta e nem é preciso cotonetes mesmo... nesse caso, é melhor usar o dedo. Tanta gente q não sabe q não se deve colocar remédios caseiros no ouvido, nem leite de peito de mãe de menino macho...
Tanta gente q não sabe o número do disque denúncia, não sabe q não se passa manteiga em queimadura nem pó de café pra estancar sangramento... tanta gente q não conhece o procedimento.
Tanta gente q não ficou sabendo das inscrições pro concurso da PM, Cefet, gente q não sabe o q é Concelho Tutelar...
Enquanto isso, a mulher frita e refrita o marido morto... pra gente pensar q ela deve ter algum problema mental, q é caso pra Igreja Universal ou sei lá q, pr'ela ter feito isto, ele deve mesmo ter merecido...
E ainda fica aquela amizade entre a Britney e a Paris Hilton...
Meu Deus do céu! Onde nós vamos parar!?
É, Zé Bin... e q venha o povo!
O Marketing justifica os meios. Contra audiência, não se discute. Eis, pelo menos, uma boa razão pra q deixem de existir provas de conhecimentos gerais nos concursos públicos, o q é pura sacanagem! Poderiam substituir por prova de História e supender as exitentes por tempo indeterminado.

Atualidades nas revista e jornais, é coisa do passado!

Snow, parabólica

Iceberg

Estava querendo escrever sobre o estado gasoso das coisas.
Sobre substâncias q, mesmo sob pressão, apresentam coesão mínima entre suas partículas...
Sobre a solubilidade e a liquidez dos dias e de todos os estados físicos...
Mas quem ainda hj se interessa em ler isto? A quem iteressar pode o meu particular caso clínico?
Ando sólida ultimamente.
Nada me permeia. Nada me comove.
Ando antitérmica.
Nada me afeta, aquece, esfria, dissolve...
Sobre o meu rosto rolam gotas irregulares em seu formato de pedras.
E vão caindo e misturando-se à terra... ásperas.
É como se meus flúidos, endurecidos, tivessem entupido os encamanentos.
Ando, mas é como se permanecesse quieta.
A dor segue seu curso orgânica.
Mas a lágrima, é sintética.


Snow, pensando em mudar de nick, já q não pode mudar de nome.

P.S. Isso tem data de início de setembro, não lembro nem o pq do título... rabisco de agenda.

Primeiro dia de aula

Aprendi,
e de uma maneira inusitada,
inteligível e clara,
o q significa a moda
na prática.
E esta foi,
de todas,
a lição mais fácil de ser assimilada,
pois, ao contrário das outras
para compreendê-la
bastou conversar
e olhar pros lados.

Snow, do primeiro dia do primeiro semestre do ano q acaba.

Lexico e nexo

Estudando concordâncias e regências, coesões e coerências, ao contrário do q daria pra supor, recentemente tive medo de escrever. As regras existem, vcs sabiam?
Pois é, eu também.
Mas vê-las excitadas assim em minha frente, confesso... deu medo!
Tive vontade de rever meus escritos, revisá-los... mas sei q acarretaria uma certa ressignificação e esta, eu não sei se quereria mesmo. Acho q não.
Além do mais, as regras, tantas e não poucas vezes insatisfatórias, não chegam a dar a segurança necessária a quem almeje a perfeição.
(Ora, logo eu q sou contra toda forma desumana de perfeição!)
Eu gostava da ignorância, sabem? Daquele não saber qse leigo q dava vontade de aventurar-me entre textos e mais textos e q agora... por onde anda?
Mas perto do q se imagina está a consciência da ignorância.
Amigos, estou em conflito.
Desejava realmente dizer-lhes q não sei o pq disto, mas sei... perfeitamente. Aliás, creio q posso dizer com toda propriedade umas das máximas q o velho Sócrates já dizia bem antes de Cristo: "Tudo q sei é q nada sei".
E qnt aos erros de redação, perdoem-me os caprichosos leitores por tudo o q lhes fiz passar... decidi q não vou revisar nada. É isto.
E vai continuar tudo do jeito q está.


Snow, q só reparou agora q o título não rima.

Bonequinhos Vermelhos

Na nova versão do MSN aparecem não só os contantos verdes e vermelhos dos on e off line, mas há também uma lista de móveis q fica amarelinha (espaço pra galera do SMS) e, algo q me deixou filosoficamente preocupada: uma lista de todas as pessoas msnizadas q vc já deletou na vida! - deve ser por isso q o nome é Live...
Engarçado q MSN é uma coisa bem recente e q, vivendo, muitas vezes nós não nos damos conta das proporções com q a gente faz/deixa fazer/deixa serem feitas algumas coisas e, foi o caso.

A seção de pessoas excluídas foi, de todas, a minha lista mais comprida.

Snow, q pode não responder pq parece estar offline.

Reflexões Fragmentadas

Com alguma freqüencia verifico q depois de ter escrito o texto inteiro, não acho q isto basta.
E algum tempo depois, percebo q o q eu queria mesmo dizer, já havia sido pensado...

Há casos em q tudo podera ser resumido... e dito em meia dúzia de paavras.


Snow, acerca do mesmo tema.

P.S. Encontrado entre escritos de fevereiro do ano passado.

domingo, dezembro 17, 2006

Prvisão dos Tempos

Quem nos olhará com olhar de descoberta?
Foi-se o tempo!
Somos previsíveis, isto é certo.
Fecho o portão e percebo q meu vizinho formula em secreto um conceito sobre a q horas eu chego, levando em consideração a roupa q visto e o penteado q uso, já q o perfume é o mesmo.
Chego cedo - tentativa vã de desapontá-lo, mas qual?
Ele me vê e sorri na alusão de q aquela coincidência podia se dar a qualquer momento.
Pego o telefone, disco um número, conto pra um amigo q eu fui mal numa prova. Ele muda de assunto, desconversa, marcamos um encontro - q não vai rolar - num convite pra uma festa...
Eu sabia q ele tb já sabia desta.
Alguns passos, algumas pessoas, alguns fatos passados e fico sabendo de um maluco da rua direta q foi linchado - tentou tirar a roupa no bairro vizinho, e a galera não tolerou a doideira dele -; de um evangélico q tomou um corno e perdeu a cabeça; de um assalto num comércio na hora de fechar; da segunda gravidez indesejada de uma amiga de longa data; de um outro nordestino querendo ir pra São Paulo trabalhar; de um engano num telefonema à cobrar;... cá pra nós, tudo isso podia rolar.
Tudo bem q, até q se prove, são apenas suspeitas, mas q é assim todo mundo sabe.
Uma mulher conta pra um conhecido na rua sobre o falecimento da mãe dela.
O ouvinte, sequer lamenta.
Mas uma entrevista de emprego/estágio/trabalho/rolo/quebra-galho.
Mas um dia q passa, mas uma noite sem dormir, mas um acordar de madrugada, mas um começo, mas uma esperança morta, mas um fim.
Queria pensar sobre este assunto até exaurir todas as suas possibilidades, até não ter mais em q pensar, até esgotar... mas quem dera!
Tá tudo tão claro.
É tudo tão raso.
Não há profundidades a explorar.
O telefone toca novamente e dessa vez não é engano... A Telemar.
Eu já esperava.
Minha sorte do dia diz q eu vou "viajar pra muito longe"...
O Orkut viaja!
Não sabendo ele q meu Salvador Card tá cancelado, pq eu tranquei o kct! lá, enfim... até o Orkut q, convenhamos, não sabe de nada, às vezes acerta.
Há quem diga q chega perto...
Por falar em piada, a entrevistadora me diz pra eu aguardar um contato dela em casa... rs.
Só não disse umas duas a ela pra não parecer mal educada. Mas vc acreditou?
Ela q espere sentada!
Podia ter dado certo aquele lance lá... bem q podia!
Mas não dava.
Um amigo me pergunta se vou fazer o novo concurso.
Digo-lhe q quero muito fazer, mas q talvez não o faça.
Ele pode não responder pq parece estar off line.
Uma amiga me chama pra visitá-la.
Digo q não sei se vou.
Ela me olha e sorri como quem prediz... "relaxe".
Alguém atravessa a rua correndo em minha direção, me abraça, diz pr'eu aparecer, q quer muito me ver, q tá com saudade...
Nisso meu buzu chega, eu entro, meio rindo, meio balançando a cabeça...
"Quer me ver, né? Tô ligada...".
Uma brother se oferece pra olhar uma informação importante pra mim pq ela tem acesso fácil.
Me diz q vai ver.
Eu, não vejo nada.
Meu sobrinho cai da escada, fura o dedo, corta o pé, quebra a cara toda ralada - não, isso ainda não aconteceu, mas é o destino de criança sapeca.
Eu não digo é nada!
Um motoqueiro passa por mim velozmente e depois olha pra trás...
Quem sabe o vento esvoaçasse a minha saia!
E ele pensa q só ele pensou isso...
Tivesse um poste na frente, eu ainda dava risada!
Continuo meu caminho e penso q existem muitas formas de uma pessoa tomar no cu nesta vida.
Conto quantas ainda falta.
Houve o tempo em q tudo era um mistério... contando, nem parece verdade.
Depois de um tempo o antigo, o moderno, o novo, o velho... tudo parece perder a graça.
A sensação de acreditar é o q nos faz viver. Acredito mais nisto à cada dia q passa.
De resto, já não creio nem desacredito.
Há muito q não se acrescenta nada.

Snow (ultra)passada

P.S. Esse texto seria verde, mas só pra tirar de tempo mesmo.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Vida noturna

3 da manhã!
Vontade de meter esse relógio nos infenos!
De quebrar a minha vida inteira junto com esse tempo
De mastigar esses ponteiros
Engolir os segundos
Comer os minutos
Digerir as horas...
Vontade de não ter q escrever
De falar
De poder calar
De...
Dormir! Preciso dormir.

Os olhos fecham, a cabeça não.
Os olhos não vêm o q gostariam de ver.
A mente acompanha o coração.

Levanto, vou ao banheiro, bebo água
Deito, ligo a televisão.

Mas meia hora
Mais uma página
A oitava desta madugada...

Meu Deus, estou sofrendo de imaginação!



Snow, da insônia ao papel.

P.S. Curiosamente, a um tempo em q não consigo postar nada, encontro isto entre tantos. Vai assim mesmo... pelo tempo contraditório e pq foi escrito faz um tempão. Afinal, alguém aqui tem q quebrar o silêncio!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Pensamento do Dia

"O mal de vc se submeter é q vai ter sempre alguém querendo sobremeter em vc."
(Anônimo)

Snow, ressalvando q a pessoa q disse isso não quis ser identificada e ainda deixou claro q não tinha mais nada a declarar.

Utopia

No meu mundo perfeito todo mundo já ganhou na loto, pelo menos uma vez na vida.
Lá não existem pessoas q lavam roupas (toda casa tem uma máquina de lavar ), e são os robôs quem fazem a faxina.
No meu mundo perfeito eu tenho um lap top q escreve com comandos de voz, e uso ele pras noites em q me vêm infinitos textos.
No meu mundo perfeito tem psicólogo q atende pelo SUS, e o SUS funciona mesmo!
E tem escola pra todo mundo até o ensino médio. Daí em diante cada um vai ser o q quiser: bailarina, artesão, confeiteira, jogador de futebol, ator pôrno...
No meu mundo perfeito as pessoas q vão embora podem voltar de vez em qnd pra nos visitar e a gente tb pode ir vê-las em qlq lugar.
E todo mundo pode ter um gato, se quiser.
No meu mundo perfeito não existem domingos, nem marços, nem invernos, e nem radicais livres.
No meu mundo perfeito eu toco violão e fumo um cigarro q não dá câncer, nem prisão - uma espécie de soma.
No meu mundo perfeito eu sou poeta, e todas as pessoas, independentemente do sexo, podem fazer xixi em pé.
No meu mundo perfeito não existe cárie, nem barata, nem bandido, nem polícia e nem arma.
No meu mundo perfeito eu tenho 23 anos, cabelos longos e sou mulher.
Saio toda sexta-feira pra passear com o meu namorado e, aos sábados, brinco com o meu sobrinho de amarelinha.
No meu mundo perfeito não existe noite fria sem cobertor, nariz entopido, desemprego...
No meu mundo perfeito eu gosto de mel.
E sou rainha.

SnowFlake

Distração, acaso e fatalidade

Eu perco coisas.
Parece que já nasci com essa peculiaridade - mais normal do que se imagina.
E quanto mais importantes as coisas são, maior a probabilidade que eu as perca. Se por acaso não eram, mas se tornam, então é certo!
Com o tempo, algumas perdas se perdem também no esquecimento. Outras, ainda vai levar um tempo até que eu as esqueça.
Perco tempo perdendo coisas.
Já perdi óculos, dinheiro contado de voltar pra casa, livros, capotes, dúzias de sombrinhas, quilos de amarradores de cabelo, ilusões, cartão telefônico, de crédito, de banco, toneladas de papéis importantes, identidades, certidões de nascimento, lugar na fila, inúmeras aulas, hora - toda hora, ônibus - todo dia, caneta, então, nem se fala!
Sabe aquele show imperdível...?
Poiseh.
A cabeça continua aqui, mas às vezes eu até duvido. Anda meio à beira da perdição.
Outro dia te perdi de vista.
Perdi teu e-mail, telefone, endereço... Pensei em procurar na lista, desisti. O nome, se não me falha a memória, ainda lembro, só esqueci onde exatamente nos conhecemos.
Sei que deveria ter perdido um papelzinho com meu número da última vez em que nos vimos naquele breve cumprimento oportuno, mas...
Oportunidade. Taí uma coisa q sempre perco.

Snow, entre perdas e danos.

Adendo

As novas regras dessa relação estão bem claras:

1. Não pode dar.

2. Não pode comer.

E pq só este aspecto foi limado... - perguntaria um curioso - no meio de tantas coisas grandes e outras tantas coisinhas...?
Seguite, isso é a única coisa concreta q pode ser concretamente barrada. Se a regra fosse: "Não pode Pensar", "Não pode Querer" , como cumpri-las? E a quem caberia julgar?
Pensando bem, até q seria melhor se assim fosse... apesar do risco de esbarrar no recurso das respostas esfarrapas do "foi sem querer", "agi sem pensar", manjadissimas.
Parece q não é normal q tudo acabe aqui e, há alguma razão em pensar assim. Acabar, acabar mesmo não acaba, mas serve pra treinar, disciplinar. Se bem q deveria...

3. Pode telefonar.

4. Pode cumprimentar.

5. Pode beij... não, não pode mais! (revogado)
E, antes q eu me arrependa:

6. Acabou a putaria!

Snow, (re)emendando-se.