quarta-feira, setembro 27, 2006

atravessar - (28/04/05)

Atravessar


Aqui, a maioria das ruas são de mão dupla.
(Há um cruzamento de 3 paralelas com uma perpendicular, sem semáforo ou passarela q, nunca tinha visto nada parecido antes- o Aquidabã é fichinha.)
E tenho sempre q transpô-las.
Eu, que sempre fora um pouco desatenta em ruas, tenho receios.
Aqui em frente, num trecho de 300m há pouco mais q 20 cruzes. Sinal de q há muitos católicos nessa cidade.
E eu nem queria ter ido tão longe.
Tenho olhado pela janela e visto bem mais do q a vista alcança... e ela sempre estivera fechada.
Atrás, um buraco negro. Na frente, um túnel de luz. E eles têm tal eqüidade de forças q, apenas a minha vontade determina a direção.
(Nesse caso tb, qlq não-movimento mantém a inércia.)
Volto à janela e constato q ela é muito baixa... Porção limite dos meus vôos.
Onde está o Norte...?
A última agulha bambeia à procura de um eixo.
Não há sinal no GSM nem no MSN.
E a porta, agora tb, está fechada.
Restou-me a busca além dos limites e ver entre as frestas, elas, as pequenas farpas de esperança q , vez por outra, me ferem o olhar.
Deve haver algo lá, do outro lado.
E vai passar.

Snow, desimantada.

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