Continuo achando que os amores novos devem nascer bem longe do berço e do cemitério dos amores antigos. Se se encontram, a batalha perigosa pode ser sangrenta até para os espectadores.
Quando amores se chocam, há uma troca de energia. Um deles sempre sai mais ferido. E amor machucado é difícil de sarar. Enquanto isso, o amor opressor vai virando desamor. Amores nunca querem ser mal-amados. E amores iguais se repulsam…
Meu amores, fiquem longe de mim. E se vierem, que venham um de cada vez, espaçados por locais e datas. Por início, meio e fim.
Meus amores, sejam bem diferentes. Em nada se pareçam entre si. Não se compreendam, não tentem fingir. Não se conheçam, não se admirem, não precisem mentir.
Meus amores, sejam como eu. Sejam todos eternos e passageiros, não se apeguem assim. E se morrer o amor que nasceu, vão para longe e façam nascer outro amor que seja amor de verdade. E que em nada ele se pareça com o meu.
23.08.03
O texto tem qse 2 anos de escrito, mas relendo, parece q foi feito agora.
Só pra dar seqüencia à onda de romantismo, com a aura q ela me evoca.
Snow
2 comentários:
"Foi para o meu blog... com o devido crédito, claro!"
- André
- 17/06/2005 18:59:17
"Isso é uma coisa que ha muito me incomodava mas nunca consegui colocá-lo na linguagem... Ficou sempre no nao dito, na entrelinha... (No inconsciente lacaniano, so pra dizer q sei algo de psicologia). Excelente! P.s.: mas acho q os amores opressores que sao dificeis de sarar e os machucados viram desamor..."
- FeLiPe
- 13/06/2005 20:46:59
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