quarta-feira, outubro 18, 2006

“Mas isso é coisa tão banal perto da beleza do Planalto Central...” - (28/10/05)

“Mas isso é coisa tão banal perto da beleza do Planalto Central...”

Achei Brasília uma cidade indiferente.
Algumas expressões universais tais como “boa tarde”, “por favor”, “por gentileza”, “obrigada”, “com licensa”, essas coisas, não são muito usadas. Funciona assim: quem não te conhece, não fala. Isso me fez sentir um pouco o clima do lugar. Outra, passei boa parte do dia carregando uma mala enorme e tendo q subir escadas, ônibus, calçadas, enfim... eu tinha q carregar mesmo, era minha, eu sabia, mas... bom, me disseram q isso não é típico só de Brasília, q são assim em qlq lugar do mundo, e q aqui na Bahia é q as pessoas são diferentes dos indiferentes. Tomara q os brasilienses um dia visitem a Bahia e descubram do q to falando.
Ah, sabe aquela música “Dezesseis” do Legião, sobre os rachas e tal...? Róla. Róla demais. E toda hora, principalmente à noite. Vidas sendo levadas numa perigosa brincadeira... É um tal de cantar pneus, dar cavalo-de-pau, levantar poeira... e gente adulta. É f! É estarrecedor.
Aconteceu um lance comigo num cruzamento qnd eu esperei todos os carros pararem pra atravessar: era noite, eu tava sozinha, então um motoqueiro q vinha vindo e ficou bem em frente à faixa teve o disparate de gritar: “Ei doida, aqui né passarela não!” Eu ia lançar-lhe um de meus olhares frios, mas desisti. Uma pessoa q tem a audácia de se achar no direito de dirigir daquele jeito a palavra, em público, a um estranho, q está apenas e exercendo o seu direito de passar, sabe-se lá Deus o q não seria capaz de fazer em se sentindo contrariada. E eu ainda não tinha idéia do qnt era culturalmente tolerável esse tipo de comportamento por lá. Meu senso disse “Deixa!”. Ficou lá.
Os rapazes de lá, em geral, são bem olháveis e bastante desinibidos, à primeira vista, qnd não querem nada além daquilo. O tipo dos galanteios, porém, me chamou àtenção mais q as demais características: “sua pele é suave”, “seu cabelo é macio”, “vc é bonita”... bem contrastante com o q róla aqui em Savador: “sua bunda é massa!”, “sua barriga é um tesão”, “vc é muito gostosa”... Bom, considerando q todo mundo, no fundo, quer a mesma coisa, acho q os baianos são mais sinceros. Mas eu gostei dos de lá e a diferença, por si, já é bastante sedutora.
A bebida da moda lá é o Grami. Grami = Vodka + Q Suco. Legal. “Festa estranha com gente esquisita...” Terá sido o grami? É esse mesmo o seu nome...? Por aí.
Tem bastante gay mesmo, como dizem.
Tem nordestino q só!
Tem violência e quem mora lá tem medo.
Tem gente q discrimina nordestino e gosta de curtir com a cara dos outros do nada, por nada. E tem umas brincadeiras de mau gosto à troco de nada... puxa! Muito sem graça.
Durante o tempo q passei lá conversei com 3 pedestres aleatórios e depois descobri q 2 eram de S. Luís e o outro de Belém, q não é nordeste, mas talí do lado, na divisa, qse querendo ser. Deve ter sido o fato de não serem de lá q fez com q me dessem ousadia.
Transporte lá, pelo menos no Plano, é mais barato q aqui. Em geral $1,50, mas tem de outros preços a depender da distancia, do horário, eu acho e do lugar, sei lá.
Ah, e pra fechar, mais essa: “ Nem caga, nem sai da moita!”. Ouvi num buzu, de uma senhora atrás de mim q criticava a indecisão de um motorista, outro, o qual via da janela. Confesso nunca ter ouvido tal expressão, mas reconheci o sotaque e olhei pra conferir. Não deu outra: no braço, em vermelho, ela ostentava um característico adereço, uma fitinha do Bonfim.

Snow, q queria era falar com o presidente pra ajudar toda essa gente... mas ele tava na Espanha.

Um comentário:

Snow disse...

"lembrei de um cartao de estudante perdidoe fiquei com raiva, mas deve ser ciume"
- Bu
- 21/11/2005 00:19:12