Receita para cuidar de mim
Seja você.
Expresse suas emoções, sorria, chore, tenha qualidades e defeitos e, vez em quando, erre, para que eu possa te ajudar. Ou pra que eu possa rir, ou pra que eu possa chorar.
Se for forte, uma vez na vida, me carregue. Senão, procure um cantinho no seu colo, onde possa me ninar.
Toque os meu cabelos, ainda que assanhe, mesmo que eu brigue se bagunçar.
Aceite um convite meu pra andar na areia da praia, sem a pretensão de fazer outra coisas. Lembre-se que isso não custa nada.
Me deixe comer a parte de dentro do coco verde, me faça rir, me segure quando eu chorar.
Entenda que eu sou muitas, e densas, e complexas, e que é preciso paciência pra ir aprendendo a conquistar.
Me espere voltar de viagem, me ouça sem ar de inquérito, entenda que eu posso errar.
Telefone. De manhã, à noite, de madrugada, na hora que puder ou lembrar.
Leia as cartas que eu escrever, receba os cartões, os bichinhos, atenda meus telefonemas, ouça a caixa de mensagem, e leia os recadinhos, que são meus pequenos poemas.
Tire uma flor pra mim, do capim, não diga que odeia crianças, traga um ursinho pra me dar.
Goste de rir, me abrace,me deixe te abraçar.
Goste de música, me deixe cantar.
Não tenha horror a gatos, goste de beijos, me deixe fazer carinhos, queira aprender a amar.
Mate todas as baratinhas, deixe que eu extermino as aranhas e lagartixas, segure minhas mãos, me abrace depois de amar.
Goste de dormir abraçado.
Não cumpra todos os itens e descubra novas regras, invente parágrafos, converse, faça planos, não tenha medo de fazer promessas e, o mais importante de tudo, não tenha um conjunto de regras, como essas, porque eu nunca repito nada, nem consigo decorar.
Snowzinha, um poço de dengo.
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