Circo
Tive medo do palhaço não estar engraçado
Das piadas já serem conhecidas
E da platéia não rir.
Medo dos animais se assustarem,
Do equilibrista oscilar,
Do trapezista se ferir.
Tive medo da lona rasgar,
Do megafone quebrar,
Do picadeiro ruir.
Meu coração tremeu de medo
Da pirâmide humana errar,
Da malabarista derrubar,
Da cartola mágica falhar,
Do cospe-fogo engolir...
Tive um estranho medo de tudo dar errado,
Apesar do brilho e das cores,
Só por eu estar ali.
E somente quando o respeitável público aplaude,
É que eu percebo emocionada,
Que os meus receios e temores
De nada importavam ali.
Snow, como num espetáculo.
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