sexta-feira, novembro 03, 2006

O meu cachorro imaginário - (1°/07/06)

O meu cachorro imaginário


O meu cachorro imaginário sabe a hora em eu chego em casa, mesmo nos dias em que eu não volto.
Gosta de gatos e se dá muito bem com eles, desde que não arranhem. (E os meus gatos imaginários nem pra arranhar prestam!)
Meu cachorro imaginário é psicológico, não patológico nem assintomático.
E é até de raça. Uma raça aí misturada com outra raça que não admite pedigree, mas o meu cachorro imaginário pouco se importa.
Ele ri, brinca de fingir de morto, deita e róla pra os problemas... todos.
Não admite coleira, não serve para cão de guarda.
Não morde, tão pouco ladra.
Às vezes ele até pensa que tem raiva, mas sabe, de alguma maneira, que já foi vacinado.
Ele é sociável, se dá bem com os vizinhos, adora crianças, morre de amores por carteiros...
Dorme no sofá, põe as patas na mesa, abana o rabo quando gosta e se não gosta levanta as orelhas.
Tem faro aguçado, o meu cachorro imaginário e, vez em quando escava coisas que ele mesmo havia enterrado.
Gosta de tomar banho de mar (ao contrário da dona, sabe nadar) e não tem problemas com pulgas (exceto as que ficam atrás da orelha da mesma).
E ele até late imaginariamente quando pressente perigo.
Vez em qnd ele tb some, se esconde, eu não o encontro em parte alguma...
O meu cachorro imaginário é como eu:
Instintivo.

Snow

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