Primário
O primeiro namorando seria seu noivo e eles se casariam - dissera isso antes de haver candidato ao primeiro beijo sem saber o que poderiam significar frases como aquelas.
Quando suas forças se esgotaram por lutar sozinha, percebeu q havia demorado demais em algumas etapas.
E quantas mais viriam?
Viriam todas. Uma após a outra e, às vezes, não tão bem separadas por tempo e espaço, nem sempre delimitadas e não tão claras assim...
Mas tarde, relendo cadernos e diários, desde o tempo em que balançava suas tranças naquela infância-jardim encontrou, por acaso, um bilhete dentro de um dos cadernos em letra q já não reconhecia...
“Eu gosto de você.”
Riu como se encontrasse um bombom adivinhado numa mão fechada q de surpresa de abria... riu como se soubesse de quem eram as mãos que fechavam seus olhos no recreio antes de, sem q ela pudesse ver, fugir.
Riu do papel amarelado, do provável dono, do acaso, e de si...
Talvez algo tivesse mudado se aquele papel fosse achado antes...
Talvez não, talvez sim.
E a vida? Esta havia se tornado uma sucessão de paixões sem fim.
Snow, brincando.
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