sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Corpo do Texto

Pautas em branco aguardando um sinal e eu não me pronuncio, se quer, começo.
Tento. Evito. E as linhas vão seguindo neste ciclo improdutivo... Sem ao menos um título.
Ele merecia uma carta, eu sei disto, mas... Uma carta de amor? Não. Acho q não é bem isso.
E esse endereço, meu Deus, e esse endereço...!
(Eu e essa minha ideologia! - Se ao menos nos déssemos bem... Mas sei q apenas a respeito. E é ela quem me orienta... Como pode viver o ser humano sem freios? Sem contrapesos...? Eu os tenho.
Não q considere mais q isto, não os ostento. Apenas os vejo, nítidos, imperiosos, imponentes... incisivos. E são raras as vezes q me atrevo.)
Não q o amor não mereça. Merece. Aliás, para o amor, toda a glória das cartas, papéis, bilhetes e cartões a encher pastas, caixas e gavetas!
Mas e esse meio termo aí no meio... o q q eu digo? Q se vá? Q esqueça?
Prefiro calar. Assim é mais provável q se faça entre nós um tom ameno. Um meio tom, como cabia à meia luz todo o grito contido.
Mas há ainda esse envelope sob os meus dedos q tanto acaricio, tanto amasso, arranho, aliso... tanto aperto...?
E eu q nem queria mais, mas ta tão difícil...
Os brios me dizem pra não fazer mais nada, q o q está feito, está feito.
A sorte me manda agir com o coração.
O coração tá calado, tá com medo... acho q não sabe mais o q dizer nessas horas...
Ah, dane-se! Já comprei o selo!
Tirei uma foto.
Nua.
Vou mandar pelo correio.
A cabeça ficou aqui, eu cortei, porém o mais importante foi.
Meio sem querer, é verdade, mas...

A verdade é q o coração não pôde sair de dentro do peito.



Snow, sem palavras.

Um comentário:

Anônimo disse...

é, tá legal o nível.