sábado, abril 12, 2008

Sobre o silêncio, sobre Neruda, sobre Leone, sobre mãos, bocas e perfumes...

Gosto quando te calas
(Pablo Neruda)

Gosto quando te calas porque estás como ausente,
e me ouves de longe, minha voz não te toca.
Parece que os olhos tivessem de ti voado
e parece que um beijo te fechara a boca.

Como todas as coisas estão cheias da minha alma
emerge das coisas, cheia da minha alma.
Borboleta de sonho, pareces com minha alma,
e te pareces com a palavra melancolia.

Gosto de ti quando calas e estás como distante.
E estás como que te queixando, borboleta em arrulho.
E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança:
Deixa-me que me cale com o silêncio teu.

Deixa-me que te fale também com o teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel.
És como a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo.

Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se tivesses morrido.
Uma palavra então, um sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade.


SnowFlake

3 comentários:

Anônimo disse...

q poema fraco...

Snow disse...

"Por outro lado
Ninguém pra abaixar o volume
Ninguém pra reclamar dos pratos sujos
Ninguém pra eu fingir que eu não amo..."

Anônimo disse...

e o q importa se não foi amor? houve o beijo e as estrelas...