quarta-feira, janeiro 29, 2014

Pequena lição sobre diferença de potencial

Toda vez que você colocar o dedo em uma tomada levará um choque. A menos que a tomada não funcione. Mas nesse caso, ela não servirá para nada.
Pessoas são como tomadas. Não teste as pessoas. Elas sempre irão reagir. A menos que estejam mortas.

Snow, sobre essa galera que mete o dedo na ferida e depois se choca.

sábado, janeiro 18, 2014

Histórico

Não houve papel passado,
Inscreveram-se em areia de praia.
Fez chuva, não viram o sol,
Ardente como amor ao meio-dia,
Amor de noite - mordiam-se.
Não haverá lápide,
Uma onda levou seus contos de fada.
Ninguém os viu admirar o céu nublado
Na madrugada em que o dia se esqueceria de nascer...
Há neste momento apenas o mar e a terra.
Não vêem estrelas,
Nem farão pedidos ou registros em sistemas regulares.
Foram pro céu,
No breve instante da duração de um poema,
fecharam os olhos,

Constelaram-se.


Snow, ressurreta.

quarta-feira, janeiro 15, 2014

Prólogo do Prolongamento

Aviso aos mortos e feridos que voltei.
Frustrada e arrependida, tal qual fênix que não morreu ainda, apenas sacudi a poeira dos anos.
Não queimei! Que pena...
Seria mais glorioso ser póstuma. Saber que entraram aqui em minha ausência, reviraram minhas gavetas à procura de manuscritos, solicitaram minhas senhas para descobriram algum arquivo particular online, alguma carta eletrônica de amor que nunca foi entregue, publicaram minhas agendas... Mas, nem!
Não fui desta para melhor, nem muito piorei. Pouco ou quase nada mudou, além da velha e nobre esperança agora com alguns fios de cabelos brancos, não há o que ressaltar.
Talvez umas rugas na pele da escrita, talvez alguma alusão às novas tecnologias, como convém...
No mais, queridos, raríssimos, (se houver!),

Lamento, não fui além.


Snow, aquela.