terça-feira, julho 09, 2019

O último poema que eu fiz pra você

Qual pássaro fecundando a vida num jardim sem dono,
Vibrou em uníssono sobre as pétalas de outro ser
Singelo e absoluto como quem ocupa um trono,
Paralisando o tempo num outono que ainda não era
Misturou pólen e néctar,
Foi caule, folhagem e seiva
Não criou raiz, não viu o fruto
Nasceu e viveu pra sempre numa tarde de primavera

Não quis amanhecer.


Snow, para Jonnhy, aquele B. Goode

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