Essa é a consistência das bolhas de sabão... as belas bolhas que encantaram nosso mundo infantil um dia.
O mesmo sabão que quebra a densidade superficicial da água e faz a mosquinha afundar... e quebra as moléculas de gordura e lava tudo, menos a língua.
O mesmo sabão que é metáfora pra lições de moral e algumas perversões freudais...
É tão insólito qnt esses bytes sem direção e palavras soltas ao vento como bolhas decompondo, por um espaço curto de tempo, a luz.
Como acabar coisas insólitas, se não haveria continuação?
E por que falar disso se, no mundo dos adultos, não existe...?
Será mesmo necessário dissolver uma informação errada q foi parar num ponto onde não faz diferença?
Ou isso não cabe na consistência das bolhas...?
As bolhas de sabão foram as minhas primeiras ilusões perdidas.
Snow
***
Blues da Piedade
Composição: Desconhecido 
(Essa música eu conheci na voz de Cazuza, acho muito massa.) 
 
Agora eu vou cantar pros miseráveis 
Que vagam pelo mundo derrotados 
Pra essas sementes mal plantadas 
Que já nascem com cara de abortadas 
 
Pras pessoas de alma bem pequena 
Remoendo pequenos problemas 
Querendo sempre aquilo que não têm 
 
Pra quem vê a luz 
Mas não ilumina suas minicertezas 
Vive contando dinheiro 
E não muda quando é lua cheia 
 
Pra quem não sabe amar 
Fica esperando 
Alguém que caiba no seu sonho 
Como varizes que vão aumentando 
Como insetos em volta da lâmpada 
 
Vamos pedir piedade 
Senhor, piedade 
Pra essa gente careta e covarde 
Vamos pedir piedade 
Senhor, piedade 
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem 
 
Quero cantar só para as pessoas fracas 
Que tão no mundo e perderam a viagem 
Quero cantar o blues 
Com o pastor e o bumbo na praça 
 
Vamos pedir piedade 
Pois há um incêncio sob a chuva rala 
Somos iguais em desgraça 
Vamos cantar o blues da piedade 
 
Vamos pedir piedade 
Senhor, piedade 
Pra essa gente careta e covarde 
Vamos pedir piedade 
Senhor, piedade 
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

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