sexta-feira, setembro 15, 2006

Insólita (31/01/05)



Essa é a consistência das bolhas de sabão... as belas bolhas que encantaram nosso mundo infantil um dia.
O mesmo sabão que quebra a densidade superficicial da água e faz a mosquinha afundar... e quebra as moléculas de gordura e lava tudo, menos a língua.
O mesmo sabão que é metáfora pra lições de moral e algumas perversões freudais...
É tão insólito qnt esses bytes sem direção e palavras soltas ao vento como bolhas decompondo, por um espaço curto de tempo, a luz.
Como acabar coisas insólitas, se não haveria continuação?
E por que falar disso se, no mundo dos adultos, não existe...?
Será mesmo necessário dissolver uma informação errada q foi parar num ponto onde não faz diferença?
Ou isso não cabe na consistência das bolhas...?
As bolhas de sabão foram as minhas primeiras ilusões perdidas.

Snow



***



Blues da Piedade


Composição: Desconhecido
(Essa música eu conheci na voz de Cazuza, acho muito massa.)

Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas

Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm

Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia

Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça

Vamos pedir piedade
Pois há um incêncio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem


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