quarta-feira, setembro 06, 2006

Socialmente (03/11/04)



Matini. Eis uma coisa boa de se provar antes.
E que bom q o significado do amor está alem do conteúdo dos copos e dos corpos, pra que a gente ainda possa destingir gostos de rostos... tônicos de átonos. Átomos que ata-nos, mata-nos... e eu nem lembro mais em que linha comecei a escrever torto.
Garçom, por favor, me trás um copo de amor.
Talvez eu tenha náuseas, talvez coloque tudo pra fora, talvez minha cabeça rode, talvez perca o chão, talvez me descontrole, talvez, camarada, eu até chore. Outra vez...
Outro copo,outras doses marcadas de batom,outros beijos. Quantos? Nem lembro... quantas ele irá provar até me escolher? Quantos virão depois do primeiro gole? Quanto tempo teremos antes de perder a lucidez e amar de novo? E porque mesmo que o amor verdadeiro tem que ser aquele que não nos ama mais...?
Amor verdadeiro deve ser Campari. Perfumado... amargo... de cor intensa. Só ele é assim.
E não vai embora. Fica ali, nos olhando, do fundo do copo. É aquele restinho de sanidade antes de pedir o próximo... O amor verdadeiro acorda antes da gente e fica nos olhando... perguntando o porque.
Ele pode tudo.
Pode ter outra relação, não gostar da gente, nos maltratar... mas vai estar ali nos perguntando se mais aquele foi preciso... se aquela escolha foi precisa...
Amigo, trás a conta. Que eu já estou muito indecisa.
E vc, doce Martini, não tenha tempo de me machucar. Entenda que a vida é curta, não brigue por qualquer motivo, me ouça, me faça esquecer ou, pelo menos, seja suave... e me faça rir...


A canção de hoje


Tudo que vai
(Capital Inicial)

Hoje é o dia
Eu quase posso tocar o silêncio
A casa vazia
Só as coisas que você não quis
Me fazem companhia
Eu fico à vontade com a sua ausência...
Eu já me acostumei a esquecer

Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória

Eu nem me lembro
Salas e quartos
Somem sem deixar vestígio
Seu rosto em pedaços
Misturado com o que não sobrou
Do que eu sentia
Eu lembro dos filmes que eu nunca vi...
Passando sem parar em algum lugar

Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória

Eu nem me lembro mais
Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais
Quanto tempo, eu já nem sei mais o que é meu
Nem quando, nem onde

Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória

Eu nem me lembro mais
Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais
Eu nem me lembro mais
Eu nem me lembro mais
Eu nem me lembro mais
Eu nem me lembro mais

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