Limiar
Existe uma insistência humana em saber o que vem depois do depois que, qse sempre pode ser verificada, embora, qse nunca possa ser comprovada.
È assim com o prazer.
Como qnd a pele coça e o dedo toca e o corpo gosta.
O corpo gosta, o corpo gosta, o corpo gosta, a unha toca, um objeto mais pontiagudo esfrega, fricciona, fura, fere, dói, sangra... E pára!
A pele reage e se rompe à tentativa do corpo de extrapolar o seu limite.
O corpo não conhece o limite da pele. O corpo não conhece o limite do corpo.
O corpo quer mais, o corpo dá mais, a pele não agüenta mais....
A pele parte por ser celulada, epiderme, matéria. E sede espaço pro seu cerne...
O contrário também é verdade, qnd a dor vira prazer. E vira?
Ora, se o tumor existe e a espinha dói e o tocar o estimula e a mão o procura e toca, e aperta e futuca e espreme e a dor aumenta e cresce e arde e lateja e aperta e apóia com força e ... ahm!
O dedo força e deseja romper. Quer mais e já nem quer saber. E chora e grita e pressiona e a pele reage e explode e expele, e sede e fere... E sara!
A dor é sanada com a ferida ainda aberta... Anestesiada.
E o corpo fica querendo não ser corpo, e sim alma.
E fica a pele não querendo ser pele, e sim coração.
E a alma tem seus limites. E o coração também os tem.
E o corpo que coça, que sente cócegas, o corpo que espreme, esfrega é o mesmo corpo que ama... o mesmo que queda...
E depois dos limites do prazer, vem o sofrer.
E depois da dor, vem o conforto.
E nessa busca do corpo pelo limite do corpo, este descobre, muitas vezes friamente, que o limite do que está vivo, infelizmente, é o que está morto.
Snow, no verso de um texto de filosofia, pensando sobre certos furacões com nome masculino.
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