sexta-feira, novembro 03, 2006

O que vc aprendeu no seu último relacionamento - (09/03/06)

O que vc aprendeu no seu último relacionamento


Bem, vamos à listinha:
Aprendi q algumas relações param no primeiro momento, o do fascínio, o do vislumbre, o da poção mágica do encantamento...
Aprendi q eu prefiro as coisas do segundo momento.
Aprendi q eu gosto mesmo é da estria, do arroto, e do erro. Q prefiro o real à qlq outro modelo.
Aprendi q uma relação perde as chances de progredir no instante inicial em q uma das partes acredita q “conhece” a outra. É aí q começa o fim.
Aprendi q qnd a gente entra numa relação buscando uma âncora, um gancho para nos alçar, isto é um grande indício de mal tempo... E é provável q, já nas primeiras tempestades, a gente naufrague junto com nossas perspectivas. Aprendi q mesmo nesse afundar, ou ficar à deriva, pode haver aprendizado. Tanto do q vai, qnt do q fica.
Aprendi q eu gosto da verdade e q a mentira é uma tentativa frustrada de adiar o inevitável. É perder tempo, pois a confiança vem da verdade e isso demanda tempo. No caso, o tempo ganho.
Aprendi q eu sou analógica e gosto disso.
Aprendi q eu gosto mais de mim q eu imaginava.
Q eu gosto do meu jeito de sorrir.
Aprendi, e de uma maneira muito dura, a diferença entre insegurança e situação insegura.
Aprendi q uma relação é pra os outros, os q estão fora, do tamanho do respeito q os envolvidos, os q estão dentro, conferem a ela e, q é pra estes do tamanho do q eles esperam dela. E aprendi q nesse ponto as coisas estão costuradas por uma linha qse invisível, mas q, através do toque, pode ser sentida.
Aprendi q à cada idade é dada os seus próprios anseios e q se estes não forem vividos, haverá sempre um atraso ou uma supressão dos mesmos. Aprendi q, apesar disso parecer nítido, o ser humano é um bicho em dissincronia com o tempo. Assim, há garotinhas q passarão a vida inteira coletando ‘provas’ de q já amadureceram. Há homens feitos, q envelhecerão sonhando em dançar com a rainha do milho, e mulheres q chegaram à idade adulta sonhando com meninos q lhes dêem bonecas e ursinhos de pelúcia.
Aprendi q ser a outra das conjeturações de alguém é pior q ser traída, trocada, q estar numa situação de segundo plano, programa, diversão, step ou plano B. Até pq, nesse caso, não há planos. Nem pode haver.
Aprendi q as coisas sempre podem mudar e q não existe ‘não ter saída’. No caso da saída ser a própria saída ela pode ser confundida, até por parecer óbvio. Bom, sempre dá pra mudar. Tudo.
Aprendi q, por melhor q tenha sido o passado, o melhor mesmo é o futuro e este, é construído no presente.
Aprendi q uma relação tem q ser leve, espontânea, natural. E q as relações de conquista, mantidas a ferro e fogo, trazidas a rédeas curtas, não servem pra mim. Aprendi q eu não gosto nem de passar perto, mesmo como expectadora, de um relacionamento assim.
Aprendi q eu gosto das coisas q existem. E q as coisas q não existem só devem durar o tempo q as permita continuar sendo irreal, tal qual os sonhos bons ao acordar...
Aprendi q, se uma coisas q não existe tentar ultrapassar a fina película q a separa do acreditável, alguma coisa tem q mudar. Nem q seja a realidade.
Aprendi q eu não gosto de ficar. Não mais do q o tempo em q começam as perguntas sobre q tipo de relação se leva.
Aprendi q as coisas q começam indo, acabam ficando, ou melhor, ficam acabando.

Snow, 3.287 caracteres.


Continuando a tal lista...

Aprendi q as projeções, além de serem o q se vê em quem tá longe, são tb o q não se vê em quem tá perto. E isso não significa q existam no primeiro caso, ou q não existam no segundo.
Aprendi q eu não gosto do medo, no seu sentido de timidez, insegurança, e da postura reclusiva.
Aprendi q assumir uma relação significa estar disposto a impor-se por esta. E qnd uma coisa dá errado neste quesito aqui, é bom q ambos estejam cientes do q cada coisa pesa.
Aprendi q importa pouco o q se apresenta a mim ou aos outros, diante do qnt importa o q eu percebo do q se apresenta.
Aprendi q eu gosto mesmo é de puxar pro peito e chamar de meu.
Aprendi q qnd não dá pra fazer isso é pq já ta na hora de sentar pra fazer uma lista como essa.
Aprendi q os meus aprendizados são meus e q estes são verificados apenas dentro do eu q eu conheço. E q qlq coisa q eu não lembro ou q parece q não se esclareceu, eu não quero saber mais. Basta. Já deu.
Aprendi q eu sou alegre, inteligente e bonita.
Aos 27 anos e, como na música dos Racionais, "contrariando a estatística", aprendi q a época da capa, já passou e q a do sumário, tb já teve sua vez. Agora, independente da quantidade das obras q já foram reunidas, é tempo do corpo do trabalho e, embora não me preocupe ainda sobre q caminhos trilhará até a época das conclusões, está na hora da história começar a ser escrita.
Aprendi q, por mais q possa durar um relacionamento, esse tempo é pequeno diante do tempo q dura a vida das pessoas envolvidas. E isso se aplica tanto às vivências anteriores qnt às histórias q ainda não foram acontecidas.
Aprendi q nas próximas, ainda haverão outros aprendizados, outras descobertas, e outras tantas coisas outras.
Aprendi q as coisas feitas pelo acaso são mesmo as mais lindas.
Aprendi q não se exáuri a vida.
E aprendi q, daqui a algum tempo, é provável q pra cada palavra ou idéia aqui, eu tenha uma nova escrita.

Snow, sintética e analítica.


P.S.Esse texto nasceu de uma pergunta de um dos questionários do Orkut q, ao invés de fazer um resumo, preferi fazer uma pesquisa.
Tb pq aqui, sinto-me ligeiramente mais protegida pelo lay out imaginário da ficção e pelo olhar poético dos q eventualmente lêem.
E além disso agora tenho um olhar diferente do q tinha antes sobres essas perguntas e resposta. Penso na sabedoria de milênios atrás q já dizia, “TUDO É VAIDADE”.

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