sexta-feira, janeiro 12, 2007

Cadê a alegria q tava aqui?

Passar a limpo os textos pagando por hora num cyber é tarefa por demais ingtrata.
Escrever folhas e mais folhas madrugadas inteiras, sinceramente, não leva ninguém a nada.
Ter preguiça pra todas as coisas do universo de quem escreve é, como se não bastasse, mais doloroso do q pensam os outros.
Fugir do assunto nos textos como se isso levasse a outro assunto por conseqüência, não tem preço.
Sinto falta de cultura pra escrever.
Seria bom, de vez em qnd ler os clássicos... ando lendo blogs.
Ouvir música... tenho colocado meu passarinho (é uma ave q só é minha por extensão, posto q é da família - sou contra cativeiros.) pra ouvir sinfonias da Educadora/TVE/Cultura, todo final de noite... Recentemente ele gostou muito da 6ª de Tchaikovsky... e eu ando ouvindo coisinhas do verão da Bahia.
No mais, passo o dia desejando q o dia passe.
As tarde são de lei. Ultimamente o Códico Civil.
E tenho descoberto o qnt é ridículo estudar informática pra concursos em apostilas antigas. Hj à tarde mesmo, numa página sobre o Win95 me veio, de súbito, um espirro! Vírus. Só pode.
Passei um Vicky, mas acho q é coisa pra antibiótico... Já tá arranhando tudo.
Queria escrever coisas alegres, responder alegremente aos q, de alguma forma, me elogiam, aceitar as coisas boas com a mesma frieza com q a vida me olha...
Sabe o q eu queria mesmo? Escrever comédias! Ah, eu adoraria!
Melhor q crônicas, q cartas, q posts, q declarações de amor... Queria q os meus registros escritos fossem todos risos.
Outro dia, num qse sonho, imaginei q as pessoas lembravam de mim pela minha alegria. Essa coisa q, estranha e q secretamente eu sei q é a minha mais viva característica... Essa coisa q contagia e enche o ambiente q a comporta... É isso. Comportamento tb é ambiente.
Notei o delírio qnd, ao tentar encaixar as lembranças nas pessoas q as teriam, percebi, à face úmida, q elas - as pessoas - até existiam, mas não estavam lá em meus momentos de euforia...
Então eu lembrei q, naquela manhã na praia, pleno sol, mar, pessoas com roupas coloridas... eu tava sozinha.
E naquela festa massa, onde eu dancei a noite inteira, tava desacompanhada.
Aquela peça engraçadona, texto do Veríssimo, eu sentei na frente... não tinha ninguém mais naquela bancada.
A última vez no cinema, desenho animado, eu poquei na risada... e depois, chorei... ninguém notou minhas lágrimas.
A festa lá com a galera, eu sambando encima da cadeira... a festa era de brincadeira. Convidados, mesmo, só eu. E a cerveja em lata.
A música q ouvi no rádio a todo volume... Ia ligar pra comentar q achei massa, mas q número? Larguei o telefone no gancho, calada.
O livro q acabei de ler, o rascunho, pretexto pra escrever, o Show do Tom na tv, a notícia do jornal de ontem, o estrogonofe q aprendi a fazer... Monólogos. Como poderiam ter graça...?
E eu q dou risada de tudo, q em tudo acho graça, q pra tudo faço piada... ando sentindo falta.
A minha veia humorística enfartada.
Horror de pensar q serei lembrada por ter olhos tristes, cabisbaixa no final do espetáculo, pensando em algo sobre voltar pra casa...
Senão por um momento de tristeza, talvez por uma tentativa desesperada de não estar sozinha... à preço de ouro. Minhas pérolas a porcos. Sorte mesmo se não for lembrada.
E eu queria deixar o registro de minha alegria, minha companhia risonha e simpática, por ser tão sociável, tão galera, tão amigos, tão tudo massa...
É uma pena.
Os poucos q estiveram perto, de passagem, sem contexto, compromisso, cuidado, afeto, sem nem o espírito de "somos um algo"... eles não acharam muita graça.
Breve não lembrarão de nada.
E aí ficam essas páginas de caderno e eu aqui passando à limpo...
A outra opção é gastar minhas horas deste cyber nas salas da premium do Mega Jogos. Lá tem uns robôzinhos legais pra compor a mesa.


Snow, q tem ganhado incríveis partidas de buraco.
Todas contra inteligência artificial on line.

3 comentários:

Anônimo disse...

Comédias? "Eu preciso de diversão, eu sou o palhaço, o palhaço, eu sou o joker". Falar de coisas tristes é fácil, é apenas um relato, o contrário necessita de algo a mais, uma maquiagem, um toque de fantasia. Mesmo a solidão pode ser uma comédia da vida privada, se não fosse uma tragédia grega e de tudo isso que li, só me vem uma questão: é verdade q vc morde pessoas na rua?

Snow disse...

É... Esse é meu lado obscuro.
Rs!

Anônimo disse...

Sua felicidade não é ofuscada pela sua tristeza. Quem te conhece, guardará essa memória, as coisas que me vem agora não podem ser sentidas por um internauta distante de ti, que mesmo lendo todas seus textos, não sentiu sua companhia, ouviu seu riso,percebeu seu cheiro ou provou Sue gosto