terça-feira, fevereiro 20, 2007

Vidas Opostas

Tenho assistido novelas.
E já não sei mais o q pode acontecer.
Antes desta, a última q eu quis assistir foi por volta de 94... há pelo menos 12 anos. De lá pra cá abandonei a Globo e demais canais. Meu repertório televisivo é curtíssimo. Mesmo com relação a filmes, q eu gosto (ou gostava).
Agora a novela tem sido, digamos, necessária, pra preencher a lacuna de final de noite da falta q me faz o telefone... o computador, qnd fecha a lan ou, no nível mais simples, o contato humano.
Passo o dia com papéis e livros e, não há confissão maior de solidão q a reclusão individual da leitura.
E eu ando lendo na aula.
Ando lendo extra-classe.
Ando lendo pelas madrugadas. Ando lendo no ponto de ônibus, no caminho pra casa, na biblioteca, ando lendo na internet...
O q leio?
Na maioria das vezes, leis.
Na minoria, blogs.
Mas tem rolado de tudo: folhetos religiosos, dicionários, folhas soltas com textos incompletos, encartes de cds q não ouço, botões de ajuda do Windons, além, é claro, dos textos da faculdade, cujas aulas comeram a duas semanas.
Deve ser por isto q tenho visto a novela ultimamente. Uma maneira de prestar atenção a uma coisa, um objeto, q não precisa de minha leitura, de minha interpretação, de minha internalização... É mais simples q um filme, q desenho animado, q entrevista, programa humorístico, além de não cair em prova, não precisa fazer relatório, não tem avaliação...
E ainda me permite olhar pela janela e ver a alma refrescar... Como qnd nos nascem bolhas depois da queimadura.
Ontem eu reli a legislação aplicada ao Ministério Público.
Depois reli uma carta datada do ano passado, ainda sem resposta.
Reli a bula do último remédio sintético.
Reli a sinópse de um filme q tava em cartaz há dois anos atrás.(Lembrei q vc prometeu q reassistiria comigo e q o final seria diferente.)
Geralmente qnd releio, regrifo, qse sempre nos mesmos lugares.
Das minhas releituras, percebo q algumas coisas mudaram, é verdade. Os títulos, os autores...
No mais, são como novelas, com uma cena apreensiva ou emocionante entre um capítulo e uma outra descoberta seguindo a sua linha contínua e cheia de cortes até q, finalmente, não passa mais.
Houveram flores, é certo.
(E muitos beijos e abraços.)

Mas finais, são sempre iguais.


Snow, meia dúzia de vilões, um mocinho, um cargo de provimento efetivo... e as referências bibliográficas.

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