Era a ilegitimidade da não pertinência
Das palavras de amor não ditas
Dos telefonemas não feitos
Das cartas q não foram escritas
Era a imaterialidade do subjetivo
As datas importantes em branco
Os presentes sem caixa, sem fita
Os cartões q não existiram
Era a substancialidade das idas sucessivas
Cada encontro uma partida
Cada abraço uma despedida
E o adeus nosso de todos os dias
Não era mais uma questão de acabar
Era mais pra descontinuar
O q há muito não existia
Nem seguia seu caminho
Então ele tomou coragem
E com apenas uma passagem
A deixou ali em suas distâncias
Junto aos seus finais intermináveis
E foi assim q, sem saber,
Ele começou a acabar
Sozinho.
Snow, revisto várias vezes.
segunda-feira, abril 30, 2007
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Um comentário:
o sono era uma ilha
cercada de um muro de regras
tão alto quanto um batente
que ninguém quer atravesar
nem pra ilha, nem pra outro lugar
não há respostas no mundo lá fora
então resta o sonho somente
tão leve quanto um suspiro
de um pesadelo remetente
do qual não se pode acordar
não há multa ou desculpa
não há culpa nem há crime
só cuidado, como sempre
e lágrimas que não molham
e histórias que não calam
e vítimas, que não se rendem
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