segunda-feira, maio 07, 2007

Créditos

Ok, estou com as emoções à flor da pele.
A lua. Talvez a lua ter estado tão redondinha ontem à noite tenha a ver com isso lá no fundo... no fundo negro do céu q faz um tempão q eu não via.
Tem chovido em Salvador por esses dias. E eu tenho passado tanto tempo em salas, dentro de ônibus e sobre os livros q nem lembrava mais q o céu existia.
Ainda ontem entreguei um artigo sobre sexualidade feminina no século XVIII. Sete laudas. Parece mentira. Mas ficou muito bom. Sei lá, eu gostei.
(Também, li 3 artigos, 1 livro, 4 textos e assisti a um filme para produzi-lo! A discussão em grupo com os meus colegas também foi bastante produtiva... Sobre isso amadureci alguns dias e escrevi em uma madrugada o q, só depois, com a digitação ditada e a revisão imprescindível de alguns componentes do grupo, posso dizer, finalmente, q ficou lindíssimo.)
É uma pena q eu não queira mostrar a vcs aqui pq, apesar de tudo, eu reconheço q o q tá escrito ali é algo q não interessa a quem não vive num mesmo contexto. É uma pena q um trabalho acadêmico, por mais expansivo q seja, verse ainda sobre temas q não possam alcançar além das paredes da biblioteca a q se destina ( E se, com sorte, se destina!). É uma pena q a beleza q eu vi no escrito, tanto pela sua construção, pela idéia e formato, seja por isso mesmo, tão inacessível. É realmente uma pena q este universo universitário tenha objetos e objetivos tão restritos.
Meu corpo anda trêmulo por ter dormido pouco.
Minha cabeça anda doendo por ter me alimentado mal.
Meus olhos andam irritados pelas coisas q eu tenho/não tenho visto.
O rapaz do mercadinho foi gentil comigo.
O motorista do ônibus foi gentil comigo.
O garçon do restaurante chic dos pais de minha amiga... foi tão gentil comigo...
Deve haver algo errado, eu pensei comigo.
Qnd eu disse q não tinha mais uma gota de força, ele deitou a cabeça no meu colo pra descansar... e eu achei aquilo tudo muito lindo. Mas excluí a fotografia tirada com o celular. Com uma dor in...cognocível.
O melhor psicólogo do mundo, com o seu olhar clínico número 32, abriria um largo sorriso.
Mas essas coisas eu não conto assim sobre tantos escombros. A não ser qnd eu preciso ver algo q me faça sentir bem qnd eu acho q já não há mais muito o q se queira ver... É só nesse momento q eu consigo.
De manhã, lá pelas oito eu chego na aula com os olhos inchados, os cabelos lá em cima e menos pelo menos dois centímetros. Avaliação sobre emoções, memória, inteligência, esquecimento, velhice...
Agora mais essa! A faculdade conseguindo a proeza de me deixar insatisfeita comigo - como se fosse preciso!
Olhei no espelho e estava me sentindo ridícula, um lixo.
E aquele trabalho ali... tão perfeitinho...!
Pra completar ainda tive q reassistir "Closer - Perto demais" essa semana, por ocasião de uma resenha q terei q entregar na semana seguinte... E eu q pensei q nunca mais fosse rever aquele filme! Mas nem isso.
"-Qnd tudo isso acabar eu provavelmente irei sentir muita falta de não ter passado mais tempo com vc. E talvez já seja tarde demais. Eu peciso ir.
-Acabar o q? Espera! O q é 'tudo isso'? Fica...
-Não pede por favor. Eu tô muito cansada, tenho coisas pra estudar, já tá tarde... preciso ir indo..."
Tô pensando em chamar a resenha de "estranha intimidade".
Ou de "momento líqüido".


Snow (esgotada), Skiner, Freud, minha prova de Neurociências, a de PPB, o trabalho de Ética, os textos da CienteFico, a carona, esse frio q tô sentindo, Desenvolvimento, Piaget, Vigotsky e o vínculo afetivo, Max Weber, um desapaixonamento, Rollo May, meu grupo de Antropologia, a turma... e mais um monte de gente.

2 comentários:

Anônimo disse...

O ostracismo acadêmico não é uma pena, não deve ser lamentado, deve ser mudado. Diariamente.

Ah, me manda esse trabalho ai. Serei sua platéia.

Snow disse...

Segue, em anexo, forward.

;)