segunda-feira, maio 07, 2007

Revolução líquida

Cadê a paixão q tava aqui...?
A praticidade comeu.
Ninguém chorou. A lógica desordenada das emoções se sentiria patética e não quis se expor. Ao invés, um risinho de qse dor tomava o lugar do espanto... e ninguém lamentou.
Talvez pq não fosse o momento - faz tempo q não é mais chegada a hora. Faz tanto tempo q só o tempo passa q o passado se perdeu lá com as suas razões.
Disseram q o presente tem mais graça. Admitiram e estão aí tentando provar o tempo todo.
Validar-se, encontrar-se, firmar-se.
Humanos/Homens/Mulheres.
Empregar-se, trabalhar-se, qualificar-se.
Máquinas/Viris/Múltiplas.
O afeto perdeu em qualidade. A confiança ficou pela metade. A construção virtualizou-se...
O preço da não-ansiedade não pode mais ser adiado por compromisso. E as parcelas não são suaves. E vêm acrescidas dos juros da cada vez mais estranha intimidade...
Capitalismo de guardar-se ao máximo e oferecer migalhas?
Socialização da frustração particular?
Medo antigo? Receio de arriscar?

Há o momento de decidir começar a preencher-se do outro. Permeá-lo de si. Há o momento de escolher construir...
E o contrário é encher-se de vazios.

Sem fim.
(Snow, 2007)*

*Fonte insegura.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ooou! Uma das melhores frases da História!
"Há o momento de decidir começar a preencher-se do outro. Permeá-lo de si. Há o momento de escolher construir..."

To pensando se vai pro about. Junto com o "Sou todas as pessoas que me fizeram assim...."

Snow disse...

Achei q vc notaria a refêrencia.
Abnt, atualizada.

beijo

Anônimo disse...

Esse texto está muito bom!
... tava pensando... o que é muito bom?
Acho que tenho que buscar referência na fonte!

Snow disse...

Em outros tempos eu diria pra beber da fonte, mas dados os tempos atuais, se for citar, melhor dizer q não é seu e q vc não sabe exatamente onde leu.
Deve ser plágio.