sexta-feira, junho 29, 2007

Coração

(Não, esse não é pra ler.)

Comprei um par de brincos novos. Eu adoro qnd compro um brinco novo – mesmo q não seja um par, já q essa modalidade única ta meio na moda agora – mas o fato é q gosto mesmo de brincos.
Eu só tenho um furozinho em cada orelha. E sempre tive medo q ele danificasse (abrisse demais, rasgasse, fechasse), por isso sempre evitei brincos muito pesados ou q pudessem ser puxados por pessoas más ou crianças sem muita noção de q brincos são diferentes de brinquedos. Da mesma maneira evitei os q pudessem ser puxados por meus gatos, qnd os tive, cachorro – q só tive um – e ficar sem brinco também era rigorosamente evitado, pra não fechar o buraquinho.
O dito orifício já inflamou e feriu, mas foram pouquíssimas vezes na vida. Curiosamente eu sempre agradeci a Deus por não ter alergia a qlq coisa q me impedisse de usar brincos. E Ele atendeu ao meu pedido me livrando tb de certas religiões ante-adereços-femininos mas q instituem a gravata como uma peça fundamental no vestuário masculino... Mostrando assim q sabem realmente o q vem a ser o significado de vaidade. Q Deus os tenha.
Prossegui sem mais buraquinhos porta-brincos na orelha, só tendo os q herdei por ocasião do nascimento com sexo feminino em uma cultura q me permitia tal brinde. Isso me alegra.
Em algumas tribos indígenas, são os homens q usam brincos, assim me disseram, e por ocasião de guerra. Eu tive a sorte de usar por pura paz. E só não fiz mais por medo de q eles inflamassem e terminassem por infeccionar o q já existia e me bastava.
Também pela dor de ter mais um ali... não sei. (Mas é um pouco diferente da tatuagem q eu morro de inveja de quem tem coragem... e q um dia eu faço. Doa em quem doer!)
E em especial pelo medo de não saber ao certo o q fazer com os furinhos a mais... qnt mais buracos, mais preocupação.
Então resolvi deixá-los tais quais eram, mas sem descartar q se um dia me der vontade...
Eu poderia passar muito tempo falando de brincos, do qnt eu gosto deles, de como me sinto, do valor q tem pra mim uma peça artesanal, com o único intuito de enfeitar, do símbolo, e de como eu gosto daquele certo brinquinho solitário naquela orelha direita... q ora é uma pedrinha brilhante, ora um arquinho dourado, ora uma casquinha de coco, ora prata...
Mas creio q nem o melhor terapeuta do mundo ouviria tudo com o olhar clínico. Assim, como eu tb não acho q é assunto q será lido eventualmente com a cor, o brilho e a beleza de qlq coisa q transita entre o dengo e o cuidado do ser q se enfeita e sorri pra seu próprio reflexo, como se lhe tivesse caído muito bem aquele pequeno mimo.
Me dou ao luxo de comprar dois pares de brincos por ano, e hj foi a vez do primeiro deles: um par tipo aro, prateado, tamanho médio, de fecho, no formato de um coraçãozinho...
E foi assim q hj, narcisicamente, me vi demorar na frente do espelho, a balançar de um lado para o outro aqueles penduricalhos, exibindo-me contente e satisfeita q nem bicho de estimação qnd recebe um carinho.


Snow, brincalhona.
(Eu avisei.)

4 comentários:

Anônimo disse...

barbaridade...

Snow disse...

Eu tb odeio posts autobiográficos... se forem meus.

E o aviso era pra vc.

Anônimo disse...

Eu posso até ver a cara no espelho...

Snow disse...

:))))))) !