O filme parece tão árduo quanto o livro. Quanto algumas vezes adversa é a vida.
É em preto e branco como o livro. Como algumas vezes passa a vida.
E Graciciano que era Ramos mais pareceu Espinhos...
Baleia morreu de tudo um pouco. Sobrou bem menos mérito pro tiro.
E o disparo seco, o cheiro seco, o uivo seco e o sangue negro demoraram quase o mesmo tempo na retina que os dias que levei pra ler o livro.
Depois de ir à geladeira e tentar abrir o vinho comprado tinto, de mesa, a constatação de que, sem saca-rolhas, seria impossível.
Ele fora escolhido pela cor do líquido, pela garrafa mais bonita e também por, dentre as que havia, ter sido a mais cara acessível.
Achei que o rótulo não precisaria ser bem lido. Na minha imaginação sobre vinhos a idéia de que ficam tanto melhores quanto mais envelhecidos era predominante. De forma que procurar pela validade me pareceu ridículo.
Mas houve o filme, o sol, a seca...
Pensei em trocar, mas depois de quase esbagaçar o lacre, entendi o quanto era tarde...
Madrugada. Esse não era bem o final desejado. Depois que todos vão embora, a cena parece pela metade.
O desejo pelo vinho, seco, morreu ali.
E eu queria apenas que tivesse sido suave...
Snow. Sobre safra, sobre cifra, sobre sofrer.
sexta-feira, março 27, 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
7 comentários:
Linda construção poética minha cara!
Deu vontade de beber uma taça de vinho agora...
Beijos, saudades.
kakkaka hello snow,kkaka parabens pa proxima espero que me convide para o proximo vinho
hehe. e vai abrir?
Continua fechado.
Vou dar pra alguém.
Eu sei q não gosto seco.
Oxe, bó tomar essa porra. A gente empurra a rolha pra dentro...
Venha! Demorô!
É nóis, parcero!
:)))
"Baleia morreu de tudo um pouco. Sobrou bem menos mérito pro tiro."
Genial! De gênio, mesmo!
Postar um comentário