Acabo de descobrir qual o papel do estudante acadêmico de Psicologia no mercado.
E é o A4.
Xerocado.
Snow, mas pode chamar de resma.
segunda-feira, abril 30, 2007
Catálogo
Penso periodicamente q eu deveria ligar pra vc conforme prometi faz tempo, mas não consigo encontrar seu telefone... e não consigo encontrar uma forma de te dizer isto.
Não fosse eu ser assim tão atada a promessas, como imagino q vc já fez, tb teria esquecido.
Outra coisa q me incomoda é q, no lugar em minha mente responsável por guardar as promessas não há espaço pros motivos. Sinceramente, não lembro pq lhe prometi isto.
É provável q nunca uma coisa seja internalizada em mim por um único motivo. Geralmente é por vários. A maior parte, subjetivos. Daí no processo de elencá-los eu vou me perdendo em um ou outro e a conta fica sempre inacabada. Nessa fase eles vão pra minha "quarentena cerebral" de onde nunca mais serão resgatados nem por vontade, nem por outra força.
Vão-se os motivos, subsistem as promessas.
Outro dia eu me peguei lendo uma letra inteira da lista telefônica... quem sabe eu pudesse me livrar daquela dívida.
Dei pra andar olhando pros lados... quem sabe mesmo morando tão distante vc não passasse num ônibus q passa por mim...!
Deixei um lembrete outro dia na agenda: telefonar. Mas nem precisava, eu não esqueço.
Outro dia, alguém passou por mim com seu perfume, qse o segui... obstinada pelo desejo de lhe mandar um recado...
Certa noite não resisti, peguei o telefone, escolhi o préfixo do seu antigo bairro, combinei com sua data de aniversário e ouvi a voz do outro lado:
-Alô.
-Oi, vc pediu pr'eu te ligar... qual era mesmo o motivo?
-Eu?!Não sei, não lembro. Quem tá falando?!
-Já esperava. Bom, então outro dia a gente se fala, tá. Té mais.
-Ei, espera! Quem?!Do q... -
-Nada, eu prometi q ligaria, fiz uma promessa... mas esqueça.
Já ia voltar pra cama, qnd o telefone toca.
-Alô?
-Olha, vc já tá bem grandinha pra passar trote, ok? Mas isso é só pra te avisar q eu tenho bina!
Tum-tum-tum...
Moral da história: sempre escreva um post antes de testar uma hipótese. Até pq, tem coisas q... só acontecem com vc!
Snow, da coletânia "Textos fictícios sobre histórias verídicas".
Não fosse eu ser assim tão atada a promessas, como imagino q vc já fez, tb teria esquecido.
Outra coisa q me incomoda é q, no lugar em minha mente responsável por guardar as promessas não há espaço pros motivos. Sinceramente, não lembro pq lhe prometi isto.
É provável q nunca uma coisa seja internalizada em mim por um único motivo. Geralmente é por vários. A maior parte, subjetivos. Daí no processo de elencá-los eu vou me perdendo em um ou outro e a conta fica sempre inacabada. Nessa fase eles vão pra minha "quarentena cerebral" de onde nunca mais serão resgatados nem por vontade, nem por outra força.
Vão-se os motivos, subsistem as promessas.
Outro dia eu me peguei lendo uma letra inteira da lista telefônica... quem sabe eu pudesse me livrar daquela dívida.
Dei pra andar olhando pros lados... quem sabe mesmo morando tão distante vc não passasse num ônibus q passa por mim...!
Deixei um lembrete outro dia na agenda: telefonar. Mas nem precisava, eu não esqueço.
Outro dia, alguém passou por mim com seu perfume, qse o segui... obstinada pelo desejo de lhe mandar um recado...
Certa noite não resisti, peguei o telefone, escolhi o préfixo do seu antigo bairro, combinei com sua data de aniversário e ouvi a voz do outro lado:
-Alô.
-Oi, vc pediu pr'eu te ligar... qual era mesmo o motivo?
-Eu?!Não sei, não lembro. Quem tá falando?!
-Já esperava. Bom, então outro dia a gente se fala, tá. Té mais.
-Ei, espera! Quem?!Do q... -
-Nada, eu prometi q ligaria, fiz uma promessa... mas esqueça.
Já ia voltar pra cama, qnd o telefone toca.
-Alô?
-Olha, vc já tá bem grandinha pra passar trote, ok? Mas isso é só pra te avisar q eu tenho bina!
Tum-tum-tum...
Moral da história: sempre escreva um post antes de testar uma hipótese. Até pq, tem coisas q... só acontecem com vc!
Snow, da coletânia "Textos fictícios sobre histórias verídicas".
Versos Inacabados de Poemas Incompletos
Era a ilegitimidade da não pertinência
Das palavras de amor não ditas
Dos telefonemas não feitos
Das cartas q não foram escritas
Era a imaterialidade do subjetivo
As datas importantes em branco
Os presentes sem caixa, sem fita
Os cartões q não existiram
Era a substancialidade das idas sucessivas
Cada encontro uma partida
Cada abraço uma despedida
E o adeus nosso de todos os dias
Não era mais uma questão de acabar
Era mais pra descontinuar
O q há muito não existia
Nem seguia seu caminho
Então ele tomou coragem
E com apenas uma passagem
A deixou ali em suas distâncias
Junto aos seus finais intermináveis
E foi assim q, sem saber,
Ele começou a acabar
Sozinho.
Snow, revisto várias vezes.
Das palavras de amor não ditas
Dos telefonemas não feitos
Das cartas q não foram escritas
Era a imaterialidade do subjetivo
As datas importantes em branco
Os presentes sem caixa, sem fita
Os cartões q não existiram
Era a substancialidade das idas sucessivas
Cada encontro uma partida
Cada abraço uma despedida
E o adeus nosso de todos os dias
Não era mais uma questão de acabar
Era mais pra descontinuar
O q há muito não existia
Nem seguia seu caminho
Então ele tomou coragem
E com apenas uma passagem
A deixou ali em suas distâncias
Junto aos seus finais intermináveis
E foi assim q, sem saber,
Ele começou a acabar
Sozinho.
Snow, revisto várias vezes.
segunda-feira, abril 23, 2007
Coincidência
100%
Duro
-seguido de uma seta apontando para baixo-
Snow, q não perguntou o preço do souvenir por imaginar q esses mimos assim, personalizados, costumam sair mais caro q a encomenda.
segunda-feira, abril 16, 2007
Promoção
"Tá duro?
Sexo grátis por um ano!"
(Propaganda de motel em João Pessoa)
P.S.(Ou conclusão preciptada).: Supondo-se q este tipo de prêmio não pode ser conquistado por mérito, tão pouco por antigüidade... resta apenas a modalidade do sorteio.
Snow, q geralmente não tem sorte no jogo.
Sexo grátis por um ano!"
(Propaganda de motel em João Pessoa)
P.S.(Ou conclusão preciptada).: Supondo-se q este tipo de prêmio não pode ser conquistado por mérito, tão pouco por antigüidade... resta apenas a modalidade do sorteio.
Snow, q geralmente não tem sorte no jogo.
Embrulhada pra Viagem
Esta semana eu quis escrever. Quis muito. Quis tanto q aqui estou, não sei como, mas sei o pq.
Este tempo, por exemplo, furtivo no laboratório, num intervalo entre as aulas de Desenvolvimento e PPB... não existe. Poiseh. Eis um tempo imaginário. Mas eu precisava desse tempo - e vou continuar precisando.
Li bastante essa semana. Coisas q vou esquecer daqui há algumas semanas... Ia dizer q "li como nunca" mas pensando bem "li como sempre" é a expressão que mais se adequa.
Marx, Malinovski, Freud, Diderot, Laplanche, Piaget... nossa! Sabe qnd se lê tanto q a gente fica sem palavras...? Deve ser. E eu q sou verborrágica e mais recentemente adquiri o título de prolixa, senti por vezes o desejo incontido de escrever. Mas contive. Até pq o Sol achou de nascer nas horas mais impróprias esta semana. E eu tive q também amanhecer.
Estou dolorida de tanto ler... Meus músculos, os últimos q ainda restam, estão todos doridos. Coxa, pescoço, canela, olhos, braços, dedos, barriga e pés. Os da cabeça tb estão doendo. Sinto-me uma massa - pouca massa - de dores musculares e, por enquanto, parece q o único remédio seria uma eventual greve... (A terrível bênção das públicas. Não é o caso.)
O fato é q a minha vida acadêmica é esmagadora e muito frustrante às vezes. Passo muito tempo em ônibus e nem sempre chego. Os textos, as faltas, as notas, os trabalhos, as provas... nossa! Estou qse chegando à conclusão q é impossível a um ser humano sobreviver ao (ou às queimaduras do) terceiro grau. E, pra q isso ocorra, restam apenas poucas opções: ou ele não faz bem a faculdade, ou ele "morre" tentando fazer algo q preste, ou ele não é um ser humano. E diante dessas prerrogativas, ainda não me enquadrei.
(E olha q eu nem trabalho! Aliás, eu me espanto muito com isso tudo.)
Não q eu ache q 9 disciplinas seja pra qlq um. Não, eu não acho. Mas q eu preciso trabalhar é uma verdade científica! E a faculdade tem conseguido atrapalhar meus planos de passar num concurso.
Queria ter lido o regimento interno do tribunal lá, ter revisto a Constituição, repassado os códigos, memorizado uns artigos... e não tive tempo pras leis... Mas eu vou lá fazer. Desistir é sempre o caminho mais fácil e eu costumo preferir os mais complicados. E vai q anulem! rs
E virão outras provas. Chesf, IBGE - o famigerado -, a Câmara, o Mapa... um dia eu arrumo as malas e deixo pra trás o desemprego. Ele e as suas portas fechadas.
(Olhando pra essa conclusão, sonho de pobre é mesmo muito f!)
E eu q queria contar da delícia q é ler Diderot... Ah! Q doce carícia q é ler tamanha perspicácia, coragem, articulação, encadeamento e graça! Senti muita vontade de contar um pouco, resumir, mas não dá. É tão bom q é irresumível. Cada frase tem um valor q não pode ser substituído por abreviações, não dá pra cortar nada.
Senhoras e senhores, leiam Diderot pelo menos uma vez na vida! Sei q estamos todos atrelados aos nossos estilos e funções nessa vida, atividades acadêmicas, funções, famílias, além da dificuldade de encontrar os clássicos, além da escassez deles em bibliotecas, além do mais da nossa vida social, mas se puderem, leiam Diderot, leiam!
( O nosso Machado de Assis lia. Mas nem por ele ou por essa reles aprendiz mas pelo indescritível prazer q dá a junção da inteligência com o humor compondo a emoção.)
Essa semana eu começaria a escrever meu pequeno ensaio sobre o não-saber, q eu pretendia q virasse um tratado sobre a ignorância.
Outra coisa q queria ter escrito era sobre a "expressão", sobre o "expressar-se". Também sobre a "sedução" e por último sobre a "inconsistência"... Velhos temas sobre os quais eu tinha coisas, nem sei se novas a acrescentar, tirar. E já nem sei se ainda tenho.
Num mundo onde tenho q amarrar tudo a fontes seguras, aqui termina sendo o único espaço seguro onde eu posso citar a mim mesma.
Mas se o tempo continuar passando desta maneira eu posso estar em outra em algumas semanas.
Ou talvez não esteja mais entre nós.
Snow, atada.
Este tempo, por exemplo, furtivo no laboratório, num intervalo entre as aulas de Desenvolvimento e PPB... não existe. Poiseh. Eis um tempo imaginário. Mas eu precisava desse tempo - e vou continuar precisando.
Li bastante essa semana. Coisas q vou esquecer daqui há algumas semanas... Ia dizer q "li como nunca" mas pensando bem "li como sempre" é a expressão que mais se adequa.
Marx, Malinovski, Freud, Diderot, Laplanche, Piaget... nossa! Sabe qnd se lê tanto q a gente fica sem palavras...? Deve ser. E eu q sou verborrágica e mais recentemente adquiri o título de prolixa, senti por vezes o desejo incontido de escrever. Mas contive. Até pq o Sol achou de nascer nas horas mais impróprias esta semana. E eu tive q também amanhecer.
Estou dolorida de tanto ler... Meus músculos, os últimos q ainda restam, estão todos doridos. Coxa, pescoço, canela, olhos, braços, dedos, barriga e pés. Os da cabeça tb estão doendo. Sinto-me uma massa - pouca massa - de dores musculares e, por enquanto, parece q o único remédio seria uma eventual greve... (A terrível bênção das públicas. Não é o caso.)
O fato é q a minha vida acadêmica é esmagadora e muito frustrante às vezes. Passo muito tempo em ônibus e nem sempre chego. Os textos, as faltas, as notas, os trabalhos, as provas... nossa! Estou qse chegando à conclusão q é impossível a um ser humano sobreviver ao (ou às queimaduras do) terceiro grau. E, pra q isso ocorra, restam apenas poucas opções: ou ele não faz bem a faculdade, ou ele "morre" tentando fazer algo q preste, ou ele não é um ser humano. E diante dessas prerrogativas, ainda não me enquadrei.
(E olha q eu nem trabalho! Aliás, eu me espanto muito com isso tudo.)
Não q eu ache q 9 disciplinas seja pra qlq um. Não, eu não acho. Mas q eu preciso trabalhar é uma verdade científica! E a faculdade tem conseguido atrapalhar meus planos de passar num concurso.
Queria ter lido o regimento interno do tribunal lá, ter revisto a Constituição, repassado os códigos, memorizado uns artigos... e não tive tempo pras leis... Mas eu vou lá fazer. Desistir é sempre o caminho mais fácil e eu costumo preferir os mais complicados. E vai q anulem! rs
E virão outras provas. Chesf, IBGE - o famigerado -, a Câmara, o Mapa... um dia eu arrumo as malas e deixo pra trás o desemprego. Ele e as suas portas fechadas.
(Olhando pra essa conclusão, sonho de pobre é mesmo muito f!)
E eu q queria contar da delícia q é ler Diderot... Ah! Q doce carícia q é ler tamanha perspicácia, coragem, articulação, encadeamento e graça! Senti muita vontade de contar um pouco, resumir, mas não dá. É tão bom q é irresumível. Cada frase tem um valor q não pode ser substituído por abreviações, não dá pra cortar nada.
Senhoras e senhores, leiam Diderot pelo menos uma vez na vida! Sei q estamos todos atrelados aos nossos estilos e funções nessa vida, atividades acadêmicas, funções, famílias, além da dificuldade de encontrar os clássicos, além da escassez deles em bibliotecas, além do mais da nossa vida social, mas se puderem, leiam Diderot, leiam!
( O nosso Machado de Assis lia. Mas nem por ele ou por essa reles aprendiz mas pelo indescritível prazer q dá a junção da inteligência com o humor compondo a emoção.)
Essa semana eu começaria a escrever meu pequeno ensaio sobre o não-saber, q eu pretendia q virasse um tratado sobre a ignorância.
Outra coisa q queria ter escrito era sobre a "expressão", sobre o "expressar-se". Também sobre a "sedução" e por último sobre a "inconsistência"... Velhos temas sobre os quais eu tinha coisas, nem sei se novas a acrescentar, tirar. E já nem sei se ainda tenho.
Num mundo onde tenho q amarrar tudo a fontes seguras, aqui termina sendo o único espaço seguro onde eu posso citar a mim mesma.
Mas se o tempo continuar passando desta maneira eu posso estar em outra em algumas semanas.
Ou talvez não esteja mais entre nós.
Snow, atada.
segunda-feira, abril 09, 2007
de lá
(By Audrey Furlaneto in Ela na janela)
"Tenho todos os desejos e um coração que ora cabe num haicai ora numa epopéia.
Todo dia eu sou muito.
Se uma nuvem me começa, viro delírio.
Gosto de adivinhar nuvens. Fico nelas um dia inteirinho.
Acho bonito grama esmeralda e prédio comprido com espelho grande que reflete nuvem.
Um céu também me começa. Pra não pegar delírio, tem hora eu ando de cabeça baixa.
Outro dia, descobri vocação pra flor. De manhã, eu era copo-de-leite e, à tarde, girassol. Uma abelha se apaixonou. Foi bonito.
Gosto de mudar o nome das coisas e de ser todas elas.
Tenho um amigo que domina um leão e uma amiga que deixou o esmalte vermelho do dedo do pé sair sozinho. Quando saiu, ela virou estrela e foi embora.
Prefiro gente que tem coração de pássaro.
Amo bem forte que até dói de bom que é.
O que eu mais gostei de fazer na vida foi pisar em ovos de madrugada.
Pra mim, mais lindo no mundo é poesia.
Não faz muito tempo, eu entrei em estado de fada."
(Audrey Furlaneto)
Snow... encantada.
"Tenho todos os desejos e um coração que ora cabe num haicai ora numa epopéia.
Todo dia eu sou muito.
Se uma nuvem me começa, viro delírio.
Gosto de adivinhar nuvens. Fico nelas um dia inteirinho.
Acho bonito grama esmeralda e prédio comprido com espelho grande que reflete nuvem.
Um céu também me começa. Pra não pegar delírio, tem hora eu ando de cabeça baixa.
Outro dia, descobri vocação pra flor. De manhã, eu era copo-de-leite e, à tarde, girassol. Uma abelha se apaixonou. Foi bonito.
Gosto de mudar o nome das coisas e de ser todas elas.
Tenho um amigo que domina um leão e uma amiga que deixou o esmalte vermelho do dedo do pé sair sozinho. Quando saiu, ela virou estrela e foi embora.
Prefiro gente que tem coração de pássaro.
Amo bem forte que até dói de bom que é.
O que eu mais gostei de fazer na vida foi pisar em ovos de madrugada.
Pra mim, mais lindo no mundo é poesia.
Não faz muito tempo, eu entrei em estado de fada."
(Audrey Furlaneto)
Snow... encantada.
domingo, abril 08, 2007
Vírus
Acabo de fazer um documento no Word, mando pro meu próprio endereço de e-mail e vou verificar a caixa.
O e-mail chega, mas o texto não abre.
Motivo: Minhas configurações de segurança atuais não permitem o download deste arquivo.
É, ninguém mais acredita em ninguém mesmo.
Snow, detected.
O e-mail chega, mas o texto não abre.
Motivo: Minhas configurações de segurança atuais não permitem o download deste arquivo.
É, ninguém mais acredita em ninguém mesmo.
Snow, detected.
sábado, abril 07, 2007
Citação da semana
"Infelizmente a gente tem q ter esperança."
(Uma amiga, me incentivando)
Snow, e a semana por acaso era santa.
(Uma amiga, me incentivando)
Snow, e a semana por acaso era santa.
domingo, abril 01, 2007
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