Nada nem ninguém acredita estar mais liberta q a ilegitimidade.
Ela não tem receios, vergonha, entende?
Envolta em sua máscara pode andar por aí, expôr-se, desfilar sorrateira e evidente como se ninguém a percebesse.
Ela olha pela janela, ergue a cabeça, cumprimenta conhecidos, sorri... Como se fosse dela, sabe? Como se pudesse, tivesse todo o direito de estar ali.
A ilegitimidade de certa forma sabe do perigo q corre. Mas é preciso mostrar q está disposta a enfrentar.
No fundo ela não gosta muito dessa sua condição e não a escolheria se, de certa forma, não tivesse 'ido parar' por lá.
Ela sorri confiante, mas tem medo.
E olha a legalidade com despeito.
Raiva onde pretendia sentir desprezo.
Indiferença é o nome q ela dá forçosamente ao tremor q lhe vem ao peito.
Fugitiva, sabe q não se pode demorar e vangloria-se das esquivas... cada vez mais sofisticadas!
Ela ri das pistas q deixa, sair e entrar sem ser notada...
E faz desse jogo de mostrar/esconder-se sua sobrevivência.
A ilegitimidade sente um frio bastardo pela manhã
E no fundo gostaria mesmo era que alguém, alguma autoridade
Na forma da lei, a enquadrasse.
E a prendesse.
Snow, sobre folhas q se desprendem da árvore e vão por onde sopra o vento sem se perceberem secas.
Sobre o acaso, a aleatoriedade e coisas outras.
Sob influências de Cassiano à luz de Foucault
E uma certa escuridão por ainda ser março...
Uma escuridão às luzes acesas.
sábado, março 31, 2007
Cacos
Aquele copo não quebrou sozinho. Não deslizou, não simplesmente escorregou, não foi dessa maneira.
Caiu pq ela tremia.
Na verdade ela o soltou. Qse arremessou contra o piso frio da cozinha...
Podia ter se cortado, sangrado, já nem sabe se preferia.
Só não queria mesmo aquela angústia, aquela dor sem lugar no corpo, sem caber, sem ter aonde, por onde sofrer... Se ao menos alguma parte em seu corpo estivesse ferida, machucada... Se ao menos cortasse, queimasse, adoecesse...!
Mas nada! Permanecia saudável. Há qnt tempo mesmo não pegava uma gripe... não tinha uma dorzinha de barriga sequer, uma dor de cabeça...? Nem lembrava.
E pq diabos mesmo havia tanta dor naqueles olhos cansados...? Tanto não entender naqueles pensamentos, tanto penar naquela alma exausta...?
Se ao menos isso tudo a enlouquecesse, a fizesse perder a razão... o norte...! Mas não! Permanecia lúcida. Aliás, aquele seu juízo forte mais parecia uma praga. Como invejava os tolos!
Podia ter metido a porra daquele copo na parede, ter apertado contra o peito, o pescoço, cortado os pulsos... Mas nem pra isso prestava. Escapuliu. Nem se pode dizer q foi de propósito.
Não foi nada. Ela própria há muito não estava inteira. Já não era transparente, já não tinha forma... vazio recipiente.
Nisto seu corpo e aquele copo estavam ligados. No fundo, ninguém é mesmo de ferro.
Juntou tudo, pôs num saco. Destinaria depois à coleta seletiva ou doaria pras criancinhas com câncer.
Por hora, não pôde disfarçar aquela inveja do objeto tão não-mais-copo agora q caíra, enqnt q ela em pé depois de tantas quedas, ainda corpo. Ainda q em pedaços, ainda gente, ainda viva...
Ele se fez afiado e ela opaca, sofrida.
Ele dispersou-se, quedou-se, espalhou-se... e o mais era uma fragilidade rígida.
Ele copo, ela corpo.
Ela escorreu dor por todos os lados.
Ele sólido, desprendido do formato, divido numa ânsia incontinente por multiplicar-se...
E ela ali, ao seu lado.
Líqüida.
Snow, e ainda é março.
P.S. "Caco" é como se chamam as emendas q os atores vão colocando às falas originais do roteiro.
Caiu pq ela tremia.
Na verdade ela o soltou. Qse arremessou contra o piso frio da cozinha...
Podia ter se cortado, sangrado, já nem sabe se preferia.
Só não queria mesmo aquela angústia, aquela dor sem lugar no corpo, sem caber, sem ter aonde, por onde sofrer... Se ao menos alguma parte em seu corpo estivesse ferida, machucada... Se ao menos cortasse, queimasse, adoecesse...!
Mas nada! Permanecia saudável. Há qnt tempo mesmo não pegava uma gripe... não tinha uma dorzinha de barriga sequer, uma dor de cabeça...? Nem lembrava.
E pq diabos mesmo havia tanta dor naqueles olhos cansados...? Tanto não entender naqueles pensamentos, tanto penar naquela alma exausta...?
Se ao menos isso tudo a enlouquecesse, a fizesse perder a razão... o norte...! Mas não! Permanecia lúcida. Aliás, aquele seu juízo forte mais parecia uma praga. Como invejava os tolos!
Podia ter metido a porra daquele copo na parede, ter apertado contra o peito, o pescoço, cortado os pulsos... Mas nem pra isso prestava. Escapuliu. Nem se pode dizer q foi de propósito.
Não foi nada. Ela própria há muito não estava inteira. Já não era transparente, já não tinha forma... vazio recipiente.
Nisto seu corpo e aquele copo estavam ligados. No fundo, ninguém é mesmo de ferro.
Juntou tudo, pôs num saco. Destinaria depois à coleta seletiva ou doaria pras criancinhas com câncer.
Por hora, não pôde disfarçar aquela inveja do objeto tão não-mais-copo agora q caíra, enqnt q ela em pé depois de tantas quedas, ainda corpo. Ainda q em pedaços, ainda gente, ainda viva...
Ele se fez afiado e ela opaca, sofrida.
Ele dispersou-se, quedou-se, espalhou-se... e o mais era uma fragilidade rígida.
Ele copo, ela corpo.
Ela escorreu dor por todos os lados.
Ele sólido, desprendido do formato, divido numa ânsia incontinente por multiplicar-se...
E ela ali, ao seu lado.
Líqüida.
Snow, e ainda é março.
P.S. "Caco" é como se chamam as emendas q os atores vão colocando às falas originais do roteiro.
sexta-feira, março 30, 2007
terça-feira, março 27, 2007
Entre Vistas
Ela deveria ser uma espécie de analista de perfis de um banco de dados de recursos humanos, ou talvez estivesse exercendo apenas provisoriamente esta função pra uma contratação específica. Só sei q estávamos num mesmo ônibus e q ela ocupava o banco da frente no mesmo lado q eu e sentido oposto, o q me permitia certa descrição ao "folhear" os papéis q ela manuseava.
Fichas. Uma série de documentos grampeados por grupos, cada um pertencente a um individuo, dentre os quais se via um curriculum com foto - só vi fotos de mulheres -,uma ficha dessas de "completar", preenchida à mão, um questionário de perguntas abertas, uma folha com um gabarito, uma folha usada como rascunho e cálculos e, o q mais me chamou àtenção, ao final, uma folha de redação com o seguinte tema/título: 'Quem sou eu?'.
Como o caminho do ônibus era longo e a moça passou diversas vezes essas páginas semelhantes, não pude deixar de me ocupar daquele pequeno e interessante detalhe dentre o maço de papel com a etiqueta: "convocar para dinâmica".
-E nesse momento me deu vontade de falar do aparente (desrespeito/desprezo) descaso com q ela analisava as fichas, sem se ater a elas, com uma notável pressa, sem ler com o cuidado q se espera da parte de quem lida com um dos mais cruciais problemas atuais da nossa sociedade: o desemprego.
Ela, certamente empregada, não deu sinais de q isto a afetava mais q se estivesse revendo um desses catálogos de cosméticos na hora de julgar quem ia pro final da fila - unico juízo aparente de sua "avaliação psico-social" do itinerário.-
Eu, do meu canto, olhava pela janela, colocava uns números num Sudoku e tentava recapitular meu papel na apresentação de Ética e Comunicação Acadêmica II q, rs, nesse caso, não vem ao caso.
Como é sabido q entre prestar atenção à minha vida e à dos outros eu, por vezes, tb prefiro ler blogs, vou compartilhar essas minhas observações por aqui.
Quem sou eu?
"Pense numa pessoa estudiosa, que gosta de ler um bom livro e..."
(Rafaelle, 20 anos)
-("Pense"?!) Minha total aversão ao uso excessivo de expressões modais raramente me enganou qnt a tipos simplórios.
Machado de Assis passou longe dessa daí, certamente. -
"Eu sou uma garota que gosta muito de fazer amigos e me relacionar com as pessoas.(...)"
(Flávia, 21 anos)
-("Garota"?!) Não, essa não foi a melhor expressão possível. Tsc,tsc,tsc.-
"Sou uma pessoa simples, dizem que sou inteligente, meus amigos me acham legal.(...)"
(Izis, 21 anos)
-(rs) Essa aqui não engana ninguém, nem a ela mesma direito. Mas parece q pode ser facilmente enganada...-
"Eu tenho 19 anos, sou simpática, gosto muito de fazer coisas alegres e me relacionar com pessoas inteligentes..."
(Essa eu li tanto q nem vi o nome)
- Me pareceu ter certa prática em redações para correios sentimentais...(rs) Só faltou completar com: "Estou a procura de um homem carinhoso, fiel e que tenha desejo de crescer." Recalque q Freud identificaria num piscar de olhos: "Crescer aonde minha filha?" Ora!-
Ao q tudo indica, todas aquelas pessoas passaram/passariam por mais uma etapa de triagem além daquela olhadela da moça no ônibus, além do meu olhar de quem está à parte, além de todas as fases pelas quais já passaram.
Por falar em fases, eu q já escrevi tantas vezes redações para candidatar-me a vagas de emprego/estágio não sei mais se as minhas respostas estão tão diferentes das q li por eu estar já tão mais acima de forma q não se possa comparar com quem está iniciando ou por estar tão abaixo em competências quantificáveis q tive q elevar cada vez mais o nível da lábia pra competir com o talento dos meus concorrentes. Não sei, não sei. Sinceramente.
Mas seja lá como for, depois dessa decidi q vou reescrever meu 'about me' profissional q deve agora começar assim: "Sou diferente." Ponto. Parágrafo.
Se isto servir pra q a atendente passe à segunda linha da minha carta de apresentação, mesmo q ela não me admita - como eu mesma, às vezes não me admito - por descobrir, ao fim, q somos todos humanamente muito parecidos, será tarde demais e ela já terá se atido à minha ficha no meio da multidão e eu já vou me dar por satisfeita.
Se ela chegar ao final de minha redação, a julgar pela forma como são as correções, já vou estar na vantagem.
Snow, setor pessoal.
P.S. Os nomes foram trocados pq minha memória de trabalho é insuficiente mesmo.
Fichas. Uma série de documentos grampeados por grupos, cada um pertencente a um individuo, dentre os quais se via um curriculum com foto - só vi fotos de mulheres -,uma ficha dessas de "completar", preenchida à mão, um questionário de perguntas abertas, uma folha com um gabarito, uma folha usada como rascunho e cálculos e, o q mais me chamou àtenção, ao final, uma folha de redação com o seguinte tema/título: 'Quem sou eu?'.
Como o caminho do ônibus era longo e a moça passou diversas vezes essas páginas semelhantes, não pude deixar de me ocupar daquele pequeno e interessante detalhe dentre o maço de papel com a etiqueta: "convocar para dinâmica".
-E nesse momento me deu vontade de falar do aparente (desrespeito/desprezo) descaso com q ela analisava as fichas, sem se ater a elas, com uma notável pressa, sem ler com o cuidado q se espera da parte de quem lida com um dos mais cruciais problemas atuais da nossa sociedade: o desemprego.
Ela, certamente empregada, não deu sinais de q isto a afetava mais q se estivesse revendo um desses catálogos de cosméticos na hora de julgar quem ia pro final da fila - unico juízo aparente de sua "avaliação psico-social" do itinerário.-
Eu, do meu canto, olhava pela janela, colocava uns números num Sudoku e tentava recapitular meu papel na apresentação de Ética e Comunicação Acadêmica II q, rs, nesse caso, não vem ao caso.
Como é sabido q entre prestar atenção à minha vida e à dos outros eu, por vezes, tb prefiro ler blogs, vou compartilhar essas minhas observações por aqui.
Quem sou eu?
"Pense numa pessoa estudiosa, que gosta de ler um bom livro e..."
(Rafaelle, 20 anos)
-("Pense"?!) Minha total aversão ao uso excessivo de expressões modais raramente me enganou qnt a tipos simplórios.
Machado de Assis passou longe dessa daí, certamente. -
"Eu sou uma garota que gosta muito de fazer amigos e me relacionar com as pessoas.(...)"
(Flávia, 21 anos)
-("Garota"?!) Não, essa não foi a melhor expressão possível. Tsc,tsc,tsc.-
"Sou uma pessoa simples, dizem que sou inteligente, meus amigos me acham legal.(...)"
(Izis, 21 anos)
-(rs) Essa aqui não engana ninguém, nem a ela mesma direito. Mas parece q pode ser facilmente enganada...-
"Eu tenho 19 anos, sou simpática, gosto muito de fazer coisas alegres e me relacionar com pessoas inteligentes..."
(Essa eu li tanto q nem vi o nome)
- Me pareceu ter certa prática em redações para correios sentimentais...(rs) Só faltou completar com: "Estou a procura de um homem carinhoso, fiel e que tenha desejo de crescer." Recalque q Freud identificaria num piscar de olhos: "Crescer aonde minha filha?" Ora!-
Ao q tudo indica, todas aquelas pessoas passaram/passariam por mais uma etapa de triagem além daquela olhadela da moça no ônibus, além do meu olhar de quem está à parte, além de todas as fases pelas quais já passaram.
Por falar em fases, eu q já escrevi tantas vezes redações para candidatar-me a vagas de emprego/estágio não sei mais se as minhas respostas estão tão diferentes das q li por eu estar já tão mais acima de forma q não se possa comparar com quem está iniciando ou por estar tão abaixo em competências quantificáveis q tive q elevar cada vez mais o nível da lábia pra competir com o talento dos meus concorrentes. Não sei, não sei. Sinceramente.
Mas seja lá como for, depois dessa decidi q vou reescrever meu 'about me' profissional q deve agora começar assim: "Sou diferente." Ponto. Parágrafo.
Se isto servir pra q a atendente passe à segunda linha da minha carta de apresentação, mesmo q ela não me admita - como eu mesma, às vezes não me admito - por descobrir, ao fim, q somos todos humanamente muito parecidos, será tarde demais e ela já terá se atido à minha ficha no meio da multidão e eu já vou me dar por satisfeita.
Se ela chegar ao final de minha redação, a julgar pela forma como são as correções, já vou estar na vantagem.
Snow, setor pessoal.
P.S. Os nomes foram trocados pq minha memória de trabalho é insuficiente mesmo.
Elementos
Choveu a noite inteira.
Os pingos da chuva acalentando a noite turva despudoradamente, ora com força, ora de mansinho, como quem está mais interessado no molhar e no romper das gotas sobre o chão q no verter-se, precipitando-se sobre tudo q existe do ar ao subterrâneo, num inevitável caminho.
Chuva q afaga, chuva q refresca, chuva q invade, chuva q fertiliza...
A chuva q dissolve os sais e os transforma em seiva e enverdece a superfície desse outono q começa... Chuva q reúne a matéria bruta e substancializa a vida.
A chuva quer mais, quer o seio da terra, quer sua pele, correr sobre seus rios, suas veias, suas entranhas, seu mar... A chuva quer fluir sobre a solidez, acariciar, abrir-lhe os poros.
Mas q chover, a chuva quer umedecer... e a terra responde.
Essa madrugada, a chuva rompeu a barreira do ar e jogou-se à terra. E ela a acolheu e bebeu toda a sua água, reteve seus flúidos. Como se dentro de si houvesse perene fogo a desejar refrescar-se.
Como se esta união fosse mutuamente concreta e cósmica e esta ânsia de saciar fosse possível e desejável feito um realimetar ciclíco e dinâmico.
E todo o jogo universal fosse, em sua estrutura mais simples e molecular, um beijo.
Ou o entrelaçar de corpos q se completam
Num encontro romântico.
Snow, março e seus imensos dias e noites, cujo refúgio é o delírio.
Os pingos da chuva acalentando a noite turva despudoradamente, ora com força, ora de mansinho, como quem está mais interessado no molhar e no romper das gotas sobre o chão q no verter-se, precipitando-se sobre tudo q existe do ar ao subterrâneo, num inevitável caminho.
Chuva q afaga, chuva q refresca, chuva q invade, chuva q fertiliza...
A chuva q dissolve os sais e os transforma em seiva e enverdece a superfície desse outono q começa... Chuva q reúne a matéria bruta e substancializa a vida.
A chuva quer mais, quer o seio da terra, quer sua pele, correr sobre seus rios, suas veias, suas entranhas, seu mar... A chuva quer fluir sobre a solidez, acariciar, abrir-lhe os poros.
Mas q chover, a chuva quer umedecer... e a terra responde.
Essa madrugada, a chuva rompeu a barreira do ar e jogou-se à terra. E ela a acolheu e bebeu toda a sua água, reteve seus flúidos. Como se dentro de si houvesse perene fogo a desejar refrescar-se.
Como se esta união fosse mutuamente concreta e cósmica e esta ânsia de saciar fosse possível e desejável feito um realimetar ciclíco e dinâmico.
E todo o jogo universal fosse, em sua estrutura mais simples e molecular, um beijo.
Ou o entrelaçar de corpos q se completam
Num encontro romântico.
Snow, março e seus imensos dias e noites, cujo refúgio é o delírio.
segunda-feira, março 26, 2007
Tácitos
Ela não o chamou... mas ele veio.
Não chamou pq prefere tê-lo assim,
Sem ter q dizer pra si mesma q pode não ter...
Sem ter q pensar q já não pode não querer.
Ele qse foi, isso é o q ela acha.
Mas na verdade, ninguém sabe mais de nada.
Snow, comentário encontrado entre os posts rascunhos.
www.fotolog.terra.com.br/elanajanela
E no Tipos é:
http://audrey.tipos.com.br/
Não chamou pq prefere tê-lo assim,
Sem ter q dizer pra si mesma q pode não ter...
Sem ter q pensar q já não pode não querer.
Ele qse foi, isso é o q ela acha.
Mas na verdade, ninguém sabe mais de nada.
Snow, comentário encontrado entre os posts rascunhos.
www.fotolog.terra.com.br/elanajanela
E no Tipos é:
http://audrey.tipos.com.br/
domingo, março 25, 2007
Momentos
Um dia, ele pegou a máquina e disse: "Hj, eu vou tirar fotos de vc." Apertou o botão e viu, desconcertado, seu sorriso se desmanchar junto com a minha cara... Havia gasto a capaciadde da câmera com as fotos da festa q tinha ido sem me convidar e a máquina não tinha nem mais bateria pra descarregá-las.
"Vai pegar o carregador, eu espero!"
"Demora um tempinho pra recarregar. Só q o carregador não tá comigo."
Eu quis apagar esse momento da memória...
Mas essa parte não foi possível.
Snow, relembrando q faz dois meses q tenta tirar fotos do seu cabelo curto e loiro... q já desbotou e perdeu o corte.
P.S.Desnecessário.: É difícil substituir uma coisa qnd não se tem nada pra colocar no lugar, né? Poiseh. Um dia, eu vou comprar uma câmera e vai ficar tudo bem.
"Vai pegar o carregador, eu espero!"
"Demora um tempinho pra recarregar. Só q o carregador não tá comigo."
Eu quis apagar esse momento da memória...
Mas essa parte não foi possível.
Snow, relembrando q faz dois meses q tenta tirar fotos do seu cabelo curto e loiro... q já desbotou e perdeu o corte.
P.S.Desnecessário.: É difícil substituir uma coisa qnd não se tem nada pra colocar no lugar, né? Poiseh. Um dia, eu vou comprar uma câmera e vai ficar tudo bem.
sexta-feira, março 23, 2007
Curtinhas
- Adorei esse teu decote.
- Ham?! Eu tô de blusão.
- O da saia.
- Ah.
- :)
Snow, num modelo econômico.
- Ham?! Eu tô de blusão.
- O da saia.
- Ah.
- :)
Snow, num modelo econômico.
quinta-feira, março 22, 2007
500!
Eu pretendia postar algum dos meus algos, mas aí vi q essa seria a postagem de número 500, achei q merecia uma pausa.
Tudo bem q qnd o Brasil fez lá seus 500 anos de "descobrimento" - como se o Brasil fosse mais novo que a Terra, como se a terra precisasse ser descoberta, mas essa discussão é velha, prossigamos -, a caravela afundou e tal, mas eu resolvi q ainda assim é uma situação que não merece passar despercebida, no meio desse emaranhado de textos que não dizem coisa com coisa que se vê por aí, por aqui, eu posso dizer q gosto de alguns dentre esse número q se arredonda hj.
Afinal, são meus. São a minha percepção, meus pontos cegos e de foco, meu jeito de não dizer, minha escrita feminina.
Por falar em escrita feminina, não é nem q eu aprove de todo esse contexto, essas minhas palavras, esses meus diminutivos, recalques, esse meu cuidado todo... É verdade, por vezes gostaria de ser mais desleixada. Mas estou atrelada até o pescoço a esta questão de gênero, essa linguagem, esse contexto de mim, fêmea, mulher, moça, menina...feminina. Até o pescoço, repito. Resta-me ainda a cabeça. E esta, vez por outra consegue escapar dessas esquinas.
A minha alma está toda espalhada por aqui.
Por vezes coberta, por vezes nua, por vezes olhando do canto, um cantinho qse imperceptível... por vezes solta. E, como eu me releio aqui, me vejo assim... com os meu pudores de escritora e não escritor, menos poeta que poetisa.
Menos genérica do que íntima.
Eu, particularmente, tenho restrições a ler blogs de mulheres. Tem q ser muito mulher pra me fazer ler alguma coisa. E isso significa não estar nitidamente gravitando em torno de mundos q não são os seus. Tarefa díficil à algumas. Fotos e letras de música tb, não é a minha. E tb não tenho lá muita tolerância com as que ficam tentando emplacar uma frase de efeito. Resta-me alguns modelos masculinos.
"É uma pena que as frases de efeito não sirvam para serem enfiadas no cu." É realmente uma pena.
É uma pena mesmo q essa frase seja minha. (Confesso q gostaria mais de citá-la se fosse de outro autor, e de preferêcia de autoria masculina. Mas fazer o q? Gosto é tb uma questão q não se discute.)
É uma pena q muitos desses 500 textos estejam lá pelo final, num calabouço labiríntico... As vezes eu gosto bem mais de um dizer mais antigo. Mas há q se dar uma ordem às coisas e a daqui, é a de chegada... Nesse caso, tb prefiro as ordens de saídas.
Qnt a isso eu tenho uma solução guardada pra quando passar um vento fresco: vou imprimir os "melhores" textos e editá-los num livro. (Alias, idéia q tive desde o dia em q mandei por e-mail o endereço do meu blog a um amigo e a resposta veio imediata, qse como aquelas respostas prontas: "Não obrigado, blogs me dão sono.". Pensei de cara em torná-lo um dia um material q pudesse ser acessível a pessoas q... enfim, essa foi uma das poucas vezes q uma resposta negativa não me desanimou. Quem sabe um dia esse dia aí não mude toda a minha vida? rs. O livro terá uma página no final, com o q eu vou chamar de contrário de agradecimentos, dedicada por este insite, a todos q não lêem blogs, nem comentam, sequer são meus conhecidos.
Mas esse post era pra ser pequeno.
Era pra lamentar minha escrita peculiar.
Era pra lembrar q quinhentos é um bom número.
Era pra dizer q eu gosto desse espaço aqui. Não de todo, mais de alguns... na vedade gosto muito.
Era pra 'ficar alegre' polianamente por esse qlq motivo.
E vai terminando assim, sem réplicas cabrálicas, sem remontagem histórica, sem fogos de artificio.
Apenas um post comemorativo.
SnowFlake, um floquinho emotivo.
Tudo bem q qnd o Brasil fez lá seus 500 anos de "descobrimento" - como se o Brasil fosse mais novo que a Terra, como se a terra precisasse ser descoberta, mas essa discussão é velha, prossigamos -, a caravela afundou e tal, mas eu resolvi q ainda assim é uma situação que não merece passar despercebida, no meio desse emaranhado de textos que não dizem coisa com coisa que se vê por aí, por aqui, eu posso dizer q gosto de alguns dentre esse número q se arredonda hj.
Afinal, são meus. São a minha percepção, meus pontos cegos e de foco, meu jeito de não dizer, minha escrita feminina.
Por falar em escrita feminina, não é nem q eu aprove de todo esse contexto, essas minhas palavras, esses meus diminutivos, recalques, esse meu cuidado todo... É verdade, por vezes gostaria de ser mais desleixada. Mas estou atrelada até o pescoço a esta questão de gênero, essa linguagem, esse contexto de mim, fêmea, mulher, moça, menina...feminina. Até o pescoço, repito. Resta-me ainda a cabeça. E esta, vez por outra consegue escapar dessas esquinas.
A minha alma está toda espalhada por aqui.
Por vezes coberta, por vezes nua, por vezes olhando do canto, um cantinho qse imperceptível... por vezes solta. E, como eu me releio aqui, me vejo assim... com os meu pudores de escritora e não escritor, menos poeta que poetisa.
Menos genérica do que íntima.
Eu, particularmente, tenho restrições a ler blogs de mulheres. Tem q ser muito mulher pra me fazer ler alguma coisa. E isso significa não estar nitidamente gravitando em torno de mundos q não são os seus. Tarefa díficil à algumas. Fotos e letras de música tb, não é a minha. E tb não tenho lá muita tolerância com as que ficam tentando emplacar uma frase de efeito. Resta-me alguns modelos masculinos.
"É uma pena que as frases de efeito não sirvam para serem enfiadas no cu." É realmente uma pena.
É uma pena mesmo q essa frase seja minha. (Confesso q gostaria mais de citá-la se fosse de outro autor, e de preferêcia de autoria masculina. Mas fazer o q? Gosto é tb uma questão q não se discute.)
É uma pena q muitos desses 500 textos estejam lá pelo final, num calabouço labiríntico... As vezes eu gosto bem mais de um dizer mais antigo. Mas há q se dar uma ordem às coisas e a daqui, é a de chegada... Nesse caso, tb prefiro as ordens de saídas.
Qnt a isso eu tenho uma solução guardada pra quando passar um vento fresco: vou imprimir os "melhores" textos e editá-los num livro. (Alias, idéia q tive desde o dia em q mandei por e-mail o endereço do meu blog a um amigo e a resposta veio imediata, qse como aquelas respostas prontas: "Não obrigado, blogs me dão sono.". Pensei de cara em torná-lo um dia um material q pudesse ser acessível a pessoas q... enfim, essa foi uma das poucas vezes q uma resposta negativa não me desanimou. Quem sabe um dia esse dia aí não mude toda a minha vida? rs. O livro terá uma página no final, com o q eu vou chamar de contrário de agradecimentos, dedicada por este insite, a todos q não lêem blogs, nem comentam, sequer são meus conhecidos.
Mas esse post era pra ser pequeno.
Era pra lamentar minha escrita peculiar.
Era pra lembrar q quinhentos é um bom número.
Era pra dizer q eu gosto desse espaço aqui. Não de todo, mais de alguns... na vedade gosto muito.
Era pra 'ficar alegre' polianamente por esse qlq motivo.
E vai terminando assim, sem réplicas cabrálicas, sem remontagem histórica, sem fogos de artificio.
Apenas um post comemorativo.
SnowFlake, um floquinho emotivo.
terça-feira, março 20, 2007
Visita
Nem deu tempo, peguei no flagra.
Ontem à noite, já tarde, ao abrir a porta, a primeira coisa q vejo é uma esperança brincando sobre meus lençóis.
Logo-logo eu riria sozinha, de mim e da coitada. Ora, é muita petulância desse frágil serzinho verde estar aqui, a uma hora dessas, passeando no lugar dos meus sonhos! É muita ousadia dessa danada!
Cheguei a tempo de vê-la dançar em verde-balé ainda, aquela mescla entre o prender das pernas e o bater de asas...
Mas quem ela pensa q é pra chegar assim, sorrateira e vir bagunçando, deitando e rolando no meu lugar de descanço? Será q não percebeu q meus dias estão pra lá de cinza? Q, apesar de eu não ter lá uma criação de grilos, minha casa anda cheia de... lagartixas?!
Pobre esperança esmaecida... eu nem gosto de fazer essas coisas, mas num instinto irreristivel me ative atrelada à realidade: Escolhi o instrumento mais à mão, e naquele ritual qse religioso, conduzi ela porta à fora, delicadamente... a vassouradas.
Mas tarde, mais gentil e cansada, ela voltaria pelo trinco... destravando a fechadura, por conhecer dos seus segredos, por ter a chave, por não se deter em ferrolhos, cadeados e travas.
É verdade q suas idas não são de todo suaves. Mas a esperança, em visitas inesperadas, serão sempre bem-vindas.
E, diga-se depassagem, muito bem amadas.
Snow, passarinhos verdes e coisas do tipo.
Ontem à noite, já tarde, ao abrir a porta, a primeira coisa q vejo é uma esperança brincando sobre meus lençóis.
Logo-logo eu riria sozinha, de mim e da coitada. Ora, é muita petulância desse frágil serzinho verde estar aqui, a uma hora dessas, passeando no lugar dos meus sonhos! É muita ousadia dessa danada!
Cheguei a tempo de vê-la dançar em verde-balé ainda, aquela mescla entre o prender das pernas e o bater de asas...
Mas quem ela pensa q é pra chegar assim, sorrateira e vir bagunçando, deitando e rolando no meu lugar de descanço? Será q não percebeu q meus dias estão pra lá de cinza? Q, apesar de eu não ter lá uma criação de grilos, minha casa anda cheia de... lagartixas?!
Pobre esperança esmaecida... eu nem gosto de fazer essas coisas, mas num instinto irreristivel me ative atrelada à realidade: Escolhi o instrumento mais à mão, e naquele ritual qse religioso, conduzi ela porta à fora, delicadamente... a vassouradas.
Mas tarde, mais gentil e cansada, ela voltaria pelo trinco... destravando a fechadura, por conhecer dos seus segredos, por ter a chave, por não se deter em ferrolhos, cadeados e travas.
É verdade q suas idas não são de todo suaves. Mas a esperança, em visitas inesperadas, serão sempre bem-vindas.
E, diga-se depassagem, muito bem amadas.
Snow, passarinhos verdes e coisas do tipo.
sábado, março 17, 2007
Dever de Casa
Na banca de acerolas:
-Titia, posso comer um?
-Não, q tá sujo!
-Mas qnd chegar em casa eu escovo os dentes!
-NÃO!!!!
No cabeçalho:
Centro Educacional Seinhora de Paula.
-Caio, pq esse "i" aqui?
-Ãhm?!
No boletim
E lá tem um négocio de nota por comportamento.
No primeiro dia ele tirou 10.
No segundo, 9 e meio.
Terceiro, 8.
É, o muleque tá progredindo. Se continuar assim, ninguém passa ele.
Snow, q passa longe de ser uma boa aluna em Desenvolvimento I.
-Titia, posso comer um?
-Não, q tá sujo!
-Mas qnd chegar em casa eu escovo os dentes!
-NÃO!!!!
No cabeçalho:
Centro Educacional Seinhora de Paula.
-Caio, pq esse "i" aqui?
-Ãhm?!
No boletim
E lá tem um négocio de nota por comportamento.
No primeiro dia ele tirou 10.
No segundo, 9 e meio.
Terceiro, 8.
É, o muleque tá progredindo. Se continuar assim, ninguém passa ele.
Snow, q passa longe de ser uma boa aluna em Desenvolvimento I.
terça-feira, março 13, 2007
Dúvida
A chuva de ontem me deixou resfriada...
Ou terá sido a diferença de temperatura entre frio das meias e o edredon de solteiro
...e o calor de um beijo tímido sob a mesma sombrinha (guarda-chuva/sombreiro)...?!
Snow, ah-ah-actchim!
(Mas quanta saúde!)
E adeus à escova da semana.
Ou terá sido a diferença de temperatura entre frio das meias e o edredon de solteiro
...e o calor de um beijo tímido sob a mesma sombrinha (guarda-chuva/sombreiro)...?!
Snow, ah-ah-actchim!
(Mas quanta saúde!)
E adeus à escova da semana.
sexta-feira, março 09, 2007
Terapia
Esse ano, março me prometeu que passaria mais rápido.
E assim, mesmo a contra-gosto, chateado e de cara feia
Não é q tá passando...!
Snow, só por hoje.
E assim, mesmo a contra-gosto, chateado e de cara feia
Não é q tá passando...!
Snow, só por hoje.
quinta-feira, março 08, 2007
Feminina
Eu queria ser mulher pra me poder estender
Ao lado dos meus amigos, nas banquettes dos cafés.
Eu queria ser mulher para poder estender
Pó de arroz pelo meu rosto, diante de todos, nos cafés.
Eu queria ser mulher pra não ter que pensar na vida
E conhecer muitos velhos a quem pedisse dinheiro -
Eu queria ser mulher para passar o dia inteiro
A falar de modas e a fazer «potins» - muito entretida.
Eu queria ser mulher para mexer nos meus seios
E aguçá-los ao espelho, antes de me deitar -
Eu queria ser mulher pra que me fossem bem estes enleios,
Que num homem, francamente, não se podem desculpar.
Eu queria ser mulher para ter muitos amantes
E enganá-los a todos - mesmo ao predilecto -
Como eu gostava de enganar o meu amante loiro, o mais esbelto,
Com um rapaz gordo e feio, de modos extravagantes...
Eu queria ser mulher para excitar quem me olhasse,
Eu queria ser mulher pra me poder recusar...
(...)
(Mário de Sá-Carneiro)
Narrado por Abujamra, em provocações, ontem.
Snow, sem quaisquer comentários.
Ao lado dos meus amigos, nas banquettes dos cafés.
Eu queria ser mulher para poder estender
Pó de arroz pelo meu rosto, diante de todos, nos cafés.
Eu queria ser mulher pra não ter que pensar na vida
E conhecer muitos velhos a quem pedisse dinheiro -
Eu queria ser mulher para passar o dia inteiro
A falar de modas e a fazer «potins» - muito entretida.
Eu queria ser mulher para mexer nos meus seios
E aguçá-los ao espelho, antes de me deitar -
Eu queria ser mulher pra que me fossem bem estes enleios,
Que num homem, francamente, não se podem desculpar.
Eu queria ser mulher para ter muitos amantes
E enganá-los a todos - mesmo ao predilecto -
Como eu gostava de enganar o meu amante loiro, o mais esbelto,
Com um rapaz gordo e feio, de modos extravagantes...
Eu queria ser mulher para excitar quem me olhasse,
Eu queria ser mulher pra me poder recusar...
(...)
(Mário de Sá-Carneiro)
Narrado por Abujamra, em provocações, ontem.
Snow, sem quaisquer comentários.
segunda-feira, março 05, 2007
Coisas q eu não te disse
Antes, respire. Esse é o seu instinto mais primitivo.
Agora bora lá.
Filmes de sexo não ensinam a fazer sexo.
É, são só movimentos.
Legal movimento, mas movimento é o meio. Qnd muito o fim. E fim por fim, enfim, aqueles movimentos ali, no fundo, a gente já nasce sabendo.
É uma pena q não se façam filmes de sexo para as mulheres. É realmente uma pena. No dia em q a indústria produtora deste tipo de cinema se der conta disso esse mercado terá muito mais movimentação.
Outra coisa, preliminar não é a boca lá.
A boca é mais q meio, é mais q fim. A boca já é. E o q é mesmo não é bem assim.
E tem mais, a boca na boca também não é.
Beijo é começo e preliminar é o q vem antes, né?
Poiseh.
Mas se vc me perguntar o q vem a ser essa tal de preliminar eu confesso q não saberei discriminar.
Talvez o olhar.
Talvez uma palavra, uma meia palavra, um silêncio.
Talvez o leve roçar dos dedos no rosto tentando afastar os cabelos movidos pelo vento em direção aos lábios...
Mas eu só tô te falando isso pq o mundo agora é um verdadeiro espetáculo de luzes e sons sinestésicos q convulsivamente não nos deixa tempo entre as cenas e seqüências espasmáticas para podermos distinguir entre as performances e os efeitos especiais.
Na maioria das vezes os protagonistas desses filmes são tb super-mulheres/super-homens em seus super-poderes, onde o mundo é a tela, e o real perde para os dublês.
Assim sendo, entre uma e outra, vai haver sempre a mesma vontade de impressionar.
O mesmo vácuo, a mesma ânsia de ser matéria - só q agora com uma pressão muito mais coercitiva, até pela força q tem q fazer para disfarçar. Vontade de prender a ela, de reter tudo q a adentrar.
E nesse bombardeio de quantidade, tempo, posição/disposição, vigor, ação, cada ato é um número, um show.
No fundo são sempre corpos e têm, senão suas aberturas, suas passagens secretas.
Mas entre o bis e as palmas, qnd as cortinas se abrem e as luzes se apagam, tudo o q querem mesmo não é conhecer das tuas técnicas e métodos infalíveis e eficazes, e passa longe do q vc conhece como gozar.
Há algo sobre esse mercado nervoso, amplo e qse inesgotável e sua relação de troca q eu gostaria q vc ouvisse e ponderasse com bastante calma.
Fazer sexo não ensina a fazer sexo.
E se vc quer saber o q elas desejam, agora eu posso falar.
Elas querem sua alma.
Snow, sincera como não se pode ser.
Agora bora lá.
Filmes de sexo não ensinam a fazer sexo.
É, são só movimentos.
Legal movimento, mas movimento é o meio. Qnd muito o fim. E fim por fim, enfim, aqueles movimentos ali, no fundo, a gente já nasce sabendo.
É uma pena q não se façam filmes de sexo para as mulheres. É realmente uma pena. No dia em q a indústria produtora deste tipo de cinema se der conta disso esse mercado terá muito mais movimentação.
Outra coisa, preliminar não é a boca lá.
A boca é mais q meio, é mais q fim. A boca já é. E o q é mesmo não é bem assim.
E tem mais, a boca na boca também não é.
Beijo é começo e preliminar é o q vem antes, né?
Poiseh.
Mas se vc me perguntar o q vem a ser essa tal de preliminar eu confesso q não saberei discriminar.
Talvez o olhar.
Talvez uma palavra, uma meia palavra, um silêncio.
Talvez o leve roçar dos dedos no rosto tentando afastar os cabelos movidos pelo vento em direção aos lábios...
Mas eu só tô te falando isso pq o mundo agora é um verdadeiro espetáculo de luzes e sons sinestésicos q convulsivamente não nos deixa tempo entre as cenas e seqüências espasmáticas para podermos distinguir entre as performances e os efeitos especiais.
Na maioria das vezes os protagonistas desses filmes são tb super-mulheres/super-homens em seus super-poderes, onde o mundo é a tela, e o real perde para os dublês.
Assim sendo, entre uma e outra, vai haver sempre a mesma vontade de impressionar.
O mesmo vácuo, a mesma ânsia de ser matéria - só q agora com uma pressão muito mais coercitiva, até pela força q tem q fazer para disfarçar. Vontade de prender a ela, de reter tudo q a adentrar.
E nesse bombardeio de quantidade, tempo, posição/disposição, vigor, ação, cada ato é um número, um show.
No fundo são sempre corpos e têm, senão suas aberturas, suas passagens secretas.
Mas entre o bis e as palmas, qnd as cortinas se abrem e as luzes se apagam, tudo o q querem mesmo não é conhecer das tuas técnicas e métodos infalíveis e eficazes, e passa longe do q vc conhece como gozar.
Há algo sobre esse mercado nervoso, amplo e qse inesgotável e sua relação de troca q eu gostaria q vc ouvisse e ponderasse com bastante calma.
Fazer sexo não ensina a fazer sexo.
E se vc quer saber o q elas desejam, agora eu posso falar.
Elas querem sua alma.
Snow, sincera como não se pode ser.
sexta-feira, março 02, 2007
Cinzas
Quando amanheceu tinha o mar da Ondina.
E o sal da água lavou junto com a chuvinha fina o biquine colorido...
Tal qual a alma da menina.
Snow, queimada.
E o sal da água lavou junto com a chuvinha fina o biquine colorido...
Tal qual a alma da menina.
Snow, queimada.
Campanhas
No trânsito:
"Todo poste beija mal"
Poste de eletricidade na seqüência:
"Tem coisa melhor pra se beijar nesse Carnaval"
Se beber, não dirija.
Uma q me comoveu:
"O trabalho infantil vai dançar no Carnaval de Salvador"
Um repórter sensacionalista daqui narrou um episódio em q viu uma turista bater na cabeça de uma criança com a latinha q esta veio lhe pedir...
...Pra juntar com as outras latinhas catadas, amassadas, entre lixos e empurrões, pra colocar num saco sujo, pra levar num carrinho cheio de outros sacos cheios, pra vender num ferro velho, por $3,00 o quilo do alumínio... aproximadamente o preço da lata com o líquido.
Entenderam pq me comoveu?
Esse tipo de trabalho, deveria dançar mesmo.
A do preservativo, não foi das mais criativas, mas criatividade é o q não falta nessas horas:
"Com camisinha, a alegria continua durante e depois da festa".
Vista-se!
Uma para identificar crianças perdidas:
"Nesse Carnaval, seja qual for a fantasia, não pode faltar a pulseira: Identifique seu filho. Ele ficará muito mais seguro e vc muito mais tranqüilo."
Excetuando-se o negão q eu encontrei com uma camisa branca e uma tarja preta escrita: "Estou perdido, leve-me para casa.", não vi crianças sozinhas, nem chorando... todas estavam acompanhadas.
E a q eu daria um prêmio pela criatividade e humanidade: a campanha da doação de alimentos das Voluntárias Sociais:
"Como fome não se brinca"
Legal, né?
Snow, cidadã.
"Todo poste beija mal"
Poste de eletricidade na seqüência:
"Tem coisa melhor pra se beijar nesse Carnaval"
Se beber, não dirija.
Uma q me comoveu:
"O trabalho infantil vai dançar no Carnaval de Salvador"
Um repórter sensacionalista daqui narrou um episódio em q viu uma turista bater na cabeça de uma criança com a latinha q esta veio lhe pedir...
...Pra juntar com as outras latinhas catadas, amassadas, entre lixos e empurrões, pra colocar num saco sujo, pra levar num carrinho cheio de outros sacos cheios, pra vender num ferro velho, por $3,00 o quilo do alumínio... aproximadamente o preço da lata com o líquido.
Entenderam pq me comoveu?
Esse tipo de trabalho, deveria dançar mesmo.
A do preservativo, não foi das mais criativas, mas criatividade é o q não falta nessas horas:
"Com camisinha, a alegria continua durante e depois da festa".
Vista-se!
Uma para identificar crianças perdidas:
"Nesse Carnaval, seja qual for a fantasia, não pode faltar a pulseira: Identifique seu filho. Ele ficará muito mais seguro e vc muito mais tranqüilo."
Excetuando-se o negão q eu encontrei com uma camisa branca e uma tarja preta escrita: "Estou perdido, leve-me para casa.", não vi crianças sozinhas, nem chorando... todas estavam acompanhadas.
E a q eu daria um prêmio pela criatividade e humanidade: a campanha da doação de alimentos das Voluntárias Sociais:
"Como fome não se brinca"
Legal, né?
Snow, cidadã.
Baixas
Voz zero. Escova zero. Solado do tênis, zero.
Dor nas pernas a começar da junção do tremer as cadeiras até o miudinho lá na última falangeta! rs
Menos dois prendedores de cabelo, se é q isso conta já q, dizem, eu os perco desde antes mesmo de ter cabelos.
E bolhas, trocentas bolhas. A maior parte entre os dedos.
E ainda um inusitado sampoo anti-capas q... creiam, foi preciso.
Snow, no bloco da limpeza.
Dor nas pernas a começar da junção do tremer as cadeiras até o miudinho lá na última falangeta! rs
Menos dois prendedores de cabelo, se é q isso conta já q, dizem, eu os perco desde antes mesmo de ter cabelos.
E bolhas, trocentas bolhas. A maior parte entre os dedos.
E ainda um inusitado sampoo anti-capas q... creiam, foi preciso.
Snow, no bloco da limpeza.
Quinta
Faz já alguns anos q o Carnaval de Salvador tem tema, coisa do Marque-tingue, mas vá lá.
O desse ano foi o samba e o principal homenageado especial foi o cantor Riachão. Vivo, graças a Deus! Não cabia em si de contentamento. E não é pra menos.
Sei q agora já tá mais q na cara q tõ fazendo dissaqui meu programa de tv, mas como não tenho tanto ibope assim, sei da minha amplitude de ondas curtas como aquelas radiozinhas de AM e, por isso mesmo, quero deixar um salve aqui, ao samba!
Pra galera do Alerta Geral, do Amor e Paixão, da Mudança do Garcia...q eu imaginei q ecreveria outros tantos post sobre tudo o q rolou por lá na segunda feira mas, sinceramente, não tava mais na onda da "primeira vez", posto q já havia passado o domingo e as bolhas e o corpo dorido como se houvesse passado por mim um rolo compressor, enfim... ao samba da quinta feira!!!! (Ouve-se um grito no meio dos escritos q há muito ninguém mais tá lendo).
Pra toda galera do sambão, do miudinho, do pagode, do povo de Cachoeira... e pra tudo de bom q tem na minha terra na ponta do pé e na palma da mão!
"O importante é ser feveriro e ter Carnaval pra gente sambar...!"
Snow, bba.
O desse ano foi o samba e o principal homenageado especial foi o cantor Riachão. Vivo, graças a Deus! Não cabia em si de contentamento. E não é pra menos.
Sei q agora já tá mais q na cara q tõ fazendo dissaqui meu programa de tv, mas como não tenho tanto ibope assim, sei da minha amplitude de ondas curtas como aquelas radiozinhas de AM e, por isso mesmo, quero deixar um salve aqui, ao samba!
Pra galera do Alerta Geral, do Amor e Paixão, da Mudança do Garcia...q eu imaginei q ecreveria outros tantos post sobre tudo o q rolou por lá na segunda feira mas, sinceramente, não tava mais na onda da "primeira vez", posto q já havia passado o domingo e as bolhas e o corpo dorido como se houvesse passado por mim um rolo compressor, enfim... ao samba da quinta feira!!!! (Ouve-se um grito no meio dos escritos q há muito ninguém mais tá lendo).
Pra toda galera do sambão, do miudinho, do pagode, do povo de Cachoeira... e pra tudo de bom q tem na minha terra na ponta do pé e na palma da mão!
"O importante é ser feveriro e ter Carnaval pra gente sambar...!"
Snow, bba.
Alegóricos
Cláudia Leite tava de noiva, dizendo "aceita casar comigo?"
Durval Lélis de Caramulino, uma mistura de Caramuru com Durvalino, meu rei. Não sei de onde ele tira tudo isso.
Ivete de... de q mesmo? Deusa, de certo! Não sei o q era não mas Ivete é coisa de Deus!
Cid Guerreiro de metaleiro?!
Sandra de Sá de Sandra de Sá mesmo.
Xandy de short, Xandy de pernas de fora, Xandy de peito aberto, Xandy de prata... Nessa hora só tinha Xandy ofuscando a massa.
Sebastian da C&A jogou uma garrafinha na minha direção... ele tava de dourado, mas eu não peguei. Sou péssima nesses lances de agarrar.
Bel do Chiclete pra grudar no seu juízo com seu cabelo enrolado, fazendo a paz, fazendo amor fazendo o som.
O Terra Samba... aí de mim, aí de mim... tudo me lembra vc... É o dendê, só pode ser!
O Santo Márcio Vitor q já nasceu abençoado de... batboy?!
Ricardo Chaves desceu no elevador do trio e ficou qse no mesmo nível da galera! - A propósito, um solzinho ali caia bem.
O trio de Daniela com seus três andares, o da Skol em forma de super latinha latinha, o do Camaleão era o Tiranossauro Rex, o mais potente, aliás.
E o maior trio do planeta...
Snow, na ala das baianas.
Durval Lélis de Caramulino, uma mistura de Caramuru com Durvalino, meu rei. Não sei de onde ele tira tudo isso.
Ivete de... de q mesmo? Deusa, de certo! Não sei o q era não mas Ivete é coisa de Deus!
Cid Guerreiro de metaleiro?!
Sandra de Sá de Sandra de Sá mesmo.
Xandy de short, Xandy de pernas de fora, Xandy de peito aberto, Xandy de prata... Nessa hora só tinha Xandy ofuscando a massa.
Sebastian da C&A jogou uma garrafinha na minha direção... ele tava de dourado, mas eu não peguei. Sou péssima nesses lances de agarrar.
Bel do Chiclete pra grudar no seu juízo com seu cabelo enrolado, fazendo a paz, fazendo amor fazendo o som.
O Terra Samba... aí de mim, aí de mim... tudo me lembra vc... É o dendê, só pode ser!
O Santo Márcio Vitor q já nasceu abençoado de... batboy?!
Ricardo Chaves desceu no elevador do trio e ficou qse no mesmo nível da galera! - A propósito, um solzinho ali caia bem.
O trio de Daniela com seus três andares, o da Skol em forma de super latinha latinha, o do Camaleão era o Tiranossauro Rex, o mais potente, aliás.
E o maior trio do planeta...
Snow, na ala das baianas.
Balaio de Gato
Uma das muquiranas mexeu os bigodes pra mim. rs
Mas aí veio outra e agarrou ela por trás e a levou... sorrateiramente.
Passou uma rechonchuda dizendo q tava grávida.
Arte do Batman, só pode.
Apesar da fantasia desse ano ter tido um tom escuro, Muquiranas é um bloco engraçado e alegre por tradição.
Taí, Muquiranas é um dos blocos q eu sairia - isto, é claro, se eu fosse macho.
Snow, qse ronronando.
P.S.
Por falar em Muquiranas, umas piadinhas de gaúchos q me mandaram:
Dois gaúchos num hotel dormindo no mesmo quarto. De madrugada, um deles arriscou:
-Preciso dar uma trepadinha, senão não durmo.
-É mesmo... eu também!
Então eles fizeram um acordo:
-Eu te faço uma pergunta. Se tu errares, te como; se acertar, me comes.
-Pode mandar....
-O que é peludo, anda no telhado e faz miau??
-Jacaré!
-Acertou, acertou, acertou!
Você sabe qual a diferença entre um gaúcho e uma roseira?
Molhe o pé dos dois, o que der o botão primeiro é o gaúcho.
Os dois gaúchos acabaram de chegar ao restaurante, quando um deles comentou:
-Estou com tanta fome que seria capaz de comer um boi.
E o outro:
-Muuuuuuuuuuuuu!
Dois gaúchos estavam transando, quando um começa a gemer:
-Por que gemes?
-Porque dói.
-Mas bah, e por que não choras?
-Porque eu sou é MACHO the!
P.S. Como eu ia dizendo, poiseh...
Mas aí veio outra e agarrou ela por trás e a levou... sorrateiramente.
Passou uma rechonchuda dizendo q tava grávida.
Arte do Batman, só pode.
Apesar da fantasia desse ano ter tido um tom escuro, Muquiranas é um bloco engraçado e alegre por tradição.
Taí, Muquiranas é um dos blocos q eu sairia - isto, é claro, se eu fosse macho.
Snow, qse ronronando.
P.S.
Por falar em Muquiranas, umas piadinhas de gaúchos q me mandaram:
Dois gaúchos num hotel dormindo no mesmo quarto. De madrugada, um deles arriscou:
-Preciso dar uma trepadinha, senão não durmo.
-É mesmo... eu também!
Então eles fizeram um acordo:
-Eu te faço uma pergunta. Se tu errares, te como; se acertar, me comes.
-Pode mandar....
-O que é peludo, anda no telhado e faz miau??
-Jacaré!
-Acertou, acertou, acertou!
Você sabe qual a diferença entre um gaúcho e uma roseira?
Molhe o pé dos dois, o que der o botão primeiro é o gaúcho.
Os dois gaúchos acabaram de chegar ao restaurante, quando um deles comentou:
-Estou com tanta fome que seria capaz de comer um boi.
E o outro:
-Muuuuuuuuuuuuu!
Dois gaúchos estavam transando, quando um começa a gemer:
-Por que gemes?
-Porque dói.
-Mas bah, e por que não choras?
-Porque eu sou é MACHO the!
P.S. Como eu ia dizendo, poiseh...
Ficha Técnica
Jorge
Lourival
Mara
Fabrício
André
Ângelo
Valney
Gleidson
A vcs, meus sinceros agradecimentos.
Vcs foram o maior e mais verdadeiro espetáculo dessa festa.
Snow, num compacto.
Lourival
Mara
Fabrício
André
Ângelo
Valney
Gleidson
A vcs, meus sinceros agradecimentos.
Vcs foram o maior e mais verdadeiro espetáculo dessa festa.
Snow, num compacto.
Fantasia
Seria impossível, ainda q tivesse toda a pauta do mundo, como me parece, elencar mesmo os mais visíveis aprendizados nessa minha experiência primária.
Até pq houve toda uma preparação, uma reclusão, uma privação q me permitiu ver os fatos sob ótica tão peculiar. O perceber, o internalizar conceitos, vivências, expectativas e sentimentos anteriores tornaram a experiência única e significativamente impressa em minha memória.
Mas, por isso mesmo, tudo q eu vier a escrever, futuramente, pode ter reminiscências desses dias.
Agora eu sei o q se quer dizer qnd se diz q o ano deveria ter 5 dias o Carnaval os outros 360.
Com uma pontinha de orgulho e uma tristeza íntima por não poder conhecer mais da minha terra é q digo, ainda pela boca dos q sabem, mas agora tb com a boca de quem sentiu um pouco o gosto: na Bahia, o ano tem essa proporção mesmo. Até o New Your Times sabe.
Aqui, o ano tem uns 5, 10 dias no máximo.
O resto é festa!
Aos eventuais q só viram pela tv e têm alguma vontade de, como eu, ver como é q é, a vcs todo swing, todo axé, toda ginga e toda batucada.
Façam um preparo físico antes, tá?
E bebam muita água.
Snow, tirando o pé do chão.
Até pq houve toda uma preparação, uma reclusão, uma privação q me permitiu ver os fatos sob ótica tão peculiar. O perceber, o internalizar conceitos, vivências, expectativas e sentimentos anteriores tornaram a experiência única e significativamente impressa em minha memória.
Mas, por isso mesmo, tudo q eu vier a escrever, futuramente, pode ter reminiscências desses dias.
Agora eu sei o q se quer dizer qnd se diz q o ano deveria ter 5 dias o Carnaval os outros 360.
Com uma pontinha de orgulho e uma tristeza íntima por não poder conhecer mais da minha terra é q digo, ainda pela boca dos q sabem, mas agora tb com a boca de quem sentiu um pouco o gosto: na Bahia, o ano tem essa proporção mesmo. Até o New Your Times sabe.
Aqui, o ano tem uns 5, 10 dias no máximo.
O resto é festa!
Aos eventuais q só viram pela tv e têm alguma vontade de, como eu, ver como é q é, a vcs todo swing, todo axé, toda ginga e toda batucada.
Façam um preparo físico antes, tá?
E bebam muita água.
Snow, tirando o pé do chão.
Comigo mesmo não!
Eu não entendi bem o q aquele camarote da Contigo estava fazendo lá no farol.
Pela expressão deles deu pra notar q estavam, no mínimo, a trabalho.
Na moral, mesmo, ninguém merece!
Aliás, o carnaval da Bahia é um acontecimento de proporções tão grandes q eu penso q já tá na hora de se tomar algumas preocupações a nível nacional, antes q algo mais elaborado nos aconteça.
Sei lá, andei pensando sobre o q tá acontecendo lá em Morro de São Paulo, aquele paraíso baiano aqui do lado, brasileiro, nosso... e tão estranhamente explorado.
Lá, os estrangeiros são os donos do pedaço, dos comércios, dos restaurantes da ilha e vendem "seus" produtos, nascidos em nossa terra, pescados em nosso mares, a preço de euro.
Aos nativos, resta carregar malas e amontoarem-se em casas pequenas pra alugar suas próprias casas... a fim de continuar morando no lugar onde nasceram... (palavras dos próprios moradores).
E aí eles roubam nosso espaço e depois destroem nosso jardim.
Snow, abaixo do camarote enorme e vazio de gente, de vida, de vontade...
Pela expressão deles deu pra notar q estavam, no mínimo, a trabalho.
Na moral, mesmo, ninguém merece!
Aliás, o carnaval da Bahia é um acontecimento de proporções tão grandes q eu penso q já tá na hora de se tomar algumas preocupações a nível nacional, antes q algo mais elaborado nos aconteça.
Sei lá, andei pensando sobre o q tá acontecendo lá em Morro de São Paulo, aquele paraíso baiano aqui do lado, brasileiro, nosso... e tão estranhamente explorado.
Lá, os estrangeiros são os donos do pedaço, dos comércios, dos restaurantes da ilha e vendem "seus" produtos, nascidos em nossa terra, pescados em nosso mares, a preço de euro.
Aos nativos, resta carregar malas e amontoarem-se em casas pequenas pra alugar suas próprias casas... a fim de continuar morando no lugar onde nasceram... (palavras dos próprios moradores).
E aí eles roubam nosso espaço e depois destroem nosso jardim.
Snow, abaixo do camarote enorme e vazio de gente, de vida, de vontade...
Violência
As cenas de sangue acontecem rápido demais.
De repente, abre-se um vão pq algo aconteceu em alguma direção muito, mais muito rápido e com muita força. E por alguns instantes observa-se o fato, ou a golfada, ou o escorrer, o esguinchar.
É nesse momento q o cérebro começa a formar a idéia do q pode estar acontecendo...
As pessoas, um pouco menos velozes, vão voltando ao "normal", a polícia chega (ou já está), dá procedimento (ou conduz a ocorrência), o círculo (ou o corredor) se fecha, passa outra música e a gente "esquece"... nesta seqüência.
Num cantinho, olhando a poça vermelha, pensando na fragilidade da vida humana, com pena, com indignação, com mais medo do raiva e alguma ternura pela dor alheia, alguém segura o coraçãozinho com as duas mãos contra o peito.
E tenta segurar as lágrimas com os olhos bem abertos...
Podia ter pego em mim, podia, podia sim.
Alguém podia ter batido em mim, se batido em mim, podia, podia q eu vi...
Podia não, pode! O pior é q pode.
Melhor sair daqui.
Snow, e as cenas fortes.
De repente, abre-se um vão pq algo aconteceu em alguma direção muito, mais muito rápido e com muita força. E por alguns instantes observa-se o fato, ou a golfada, ou o escorrer, o esguinchar.
É nesse momento q o cérebro começa a formar a idéia do q pode estar acontecendo...
As pessoas, um pouco menos velozes, vão voltando ao "normal", a polícia chega (ou já está), dá procedimento (ou conduz a ocorrência), o círculo (ou o corredor) se fecha, passa outra música e a gente "esquece"... nesta seqüência.
Num cantinho, olhando a poça vermelha, pensando na fragilidade da vida humana, com pena, com indignação, com mais medo do raiva e alguma ternura pela dor alheia, alguém segura o coraçãozinho com as duas mãos contra o peito.
E tenta segurar as lágrimas com os olhos bem abertos...
Podia ter pego em mim, podia, podia sim.
Alguém podia ter batido em mim, se batido em mim, podia, podia q eu vi...
Podia não, pode! O pior é q pode.
Melhor sair daqui.
Snow, e as cenas fortes.
Passarela
Aquela beleza toda q a gente vê na tv, lá na real, a gente não vê.
Até pq, se vc fica no bloco, vc só vê o seu bloco, e se vc sai na pipoca, qnd o bloco passa, esmaga a gente nas paredes das ruas q se tornam apertadas e a gente vai escorregando pra dentro das valas de escoar água e foge pra baixo das bancadas das barreiras policias e escapa pelos becos q encontra no meio do caminho.
Festa mesmo é só depois q o bloco passa!
(E enqnt o outro não vem, é claro!)
Aí a gente se esbalda! Aí todo mundo é uma coisa só. Aí a gente dança, a gente brinca, a gente ri, a gente canta, a gente grita... a gente cai na gandaia!
Mas já não se vê o cantor, ninguém joga mais fitinhas coloridas pra enfeitar a cabeça, nem garrafinhas de brinde, bandanas, mochilas, chapéus... mas, quer saber, a gente nem liga! É Carnaval!!!
E tem q ser rápido pq q já vem vindo um outro bloco e qnd a voz de um começa a mistrura-se à voz do outro, não dá mais pra dançar. É outro trio, é outra corda...
E a gente tem q liberar a "rua"... pro bloco passar.
Snow, q decidiu q ano q vem, vai na cordinha, ah se vai!
E vai atrás do Ilê, menina! Do Ilê Ayê, amor, amor!
Até pq, se vc fica no bloco, vc só vê o seu bloco, e se vc sai na pipoca, qnd o bloco passa, esmaga a gente nas paredes das ruas q se tornam apertadas e a gente vai escorregando pra dentro das valas de escoar água e foge pra baixo das bancadas das barreiras policias e escapa pelos becos q encontra no meio do caminho.
Festa mesmo é só depois q o bloco passa!
(E enqnt o outro não vem, é claro!)
Aí a gente se esbalda! Aí todo mundo é uma coisa só. Aí a gente dança, a gente brinca, a gente ri, a gente canta, a gente grita... a gente cai na gandaia!
Mas já não se vê o cantor, ninguém joga mais fitinhas coloridas pra enfeitar a cabeça, nem garrafinhas de brinde, bandanas, mochilas, chapéus... mas, quer saber, a gente nem liga! É Carnaval!!!
E tem q ser rápido pq q já vem vindo um outro bloco e qnd a voz de um começa a mistrura-se à voz do outro, não dá mais pra dançar. É outro trio, é outra corda...
E a gente tem q liberar a "rua"... pro bloco passar.
Snow, q decidiu q ano q vem, vai na cordinha, ah se vai!
E vai atrás do Ilê, menina! Do Ilê Ayê, amor, amor!
Tiete
Benditos sejam os filhos de ghandy q trocam colares por beijos!
E os gatinhos das Muquiranas fantasiados de mulher-gato.
Bem-aventurada aquela água q é jogada sobre a galera no meio do circuito e q parece chuva... Creiam, por aspectos biológicos e por mais q se tenha feito escova, nunca diga dessa água não me molharei.
Bendito seja Tony Garrido, Xandy, o cara do Terra Samba cheio de dendê, o santo Márcio Vitor (ave!) e a Cláudia Leite, Ivete, Tomate - Ai-lo-viu-bei-ber! Ai! - Gils, a Timbalada, Tatau, o Ilê, o Cortejo Afro e todos os outros q eu vi, q ainda assim são apenas uma amostra do nosso tão amplo volume musical.
Benditas sejam todas as notas dos ritmos de tirar o pé do chão, botar as mãozinhas pra cima e... tocar o céu.
Benditos sejam os becos.
Bendito seja o ser humano à medida q for se liberando dos seus preconceitos.
"Bendito seja o alemão, q inventou a cerveja!"
Snow, em cantada.
P.S. Esse foi escrito no meio da avenida mesmo, sob todas as bênçãos da Bahia.
E os gatinhos das Muquiranas fantasiados de mulher-gato.
Bem-aventurada aquela água q é jogada sobre a galera no meio do circuito e q parece chuva... Creiam, por aspectos biológicos e por mais q se tenha feito escova, nunca diga dessa água não me molharei.
Bendito seja Tony Garrido, Xandy, o cara do Terra Samba cheio de dendê, o santo Márcio Vitor (ave!) e a Cláudia Leite, Ivete, Tomate - Ai-lo-viu-bei-ber! Ai! - Gils, a Timbalada, Tatau, o Ilê, o Cortejo Afro e todos os outros q eu vi, q ainda assim são apenas uma amostra do nosso tão amplo volume musical.
Benditas sejam todas as notas dos ritmos de tirar o pé do chão, botar as mãozinhas pra cima e... tocar o céu.
Benditos sejam os becos.
Bendito seja o ser humano à medida q for se liberando dos seus preconceitos.
"Bendito seja o alemão, q inventou a cerveja!"
Snow, em cantada.
P.S. Esse foi escrito no meio da avenida mesmo, sob todas as bênçãos da Bahia.
Choque
Policia sim. Para quem precisa de polícia.
E quem não precisa de policia com um milhão e meio de gente na rua?
Esse ano foram 19.000 para fazer a cobertura do evento. Mais da metade da nossa irrisória tropa!
Como resultado colateral, os bairros ficaram um pouco "desprotegidos".
O Carnaval foi muito bem, obrigada.
Mas a cidade ficou o caos.
Snow, escudos transparentes, cacetetes, capacetes... e a esperteza q só tem quem tá cansado de apanhar.
E quem não precisa de policia com um milhão e meio de gente na rua?
Esse ano foram 19.000 para fazer a cobertura do evento. Mais da metade da nossa irrisória tropa!
Como resultado colateral, os bairros ficaram um pouco "desprotegidos".
O Carnaval foi muito bem, obrigada.
Mas a cidade ficou o caos.
Snow, escudos transparentes, cacetetes, capacetes... e a esperteza q só tem quem tá cansado de apanhar.
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